Dois corações...

Palavras não bastam para expressar aquilo que está além de minhas garras e presas.

O sussurro que o vento trás aos meus ouvidos faz meu corpo congelar, era inverno quando ele se foi, sua voz ecoa em minha mente, era um acalento dócil aos meus desejos, ele se foi em quanto à neve caia cobrindo suas pegadas suaves.

Ele olhou para trás apenas por segundos, me fazendo tremer, ele sabia que o tempo era nosso inimigo, que dias cinzentos rompiam através do horizonte escuro de nosso futuro, dois mundos, dois corpos, dois corações e almas que lutavam incansavelmente para se tornarem um só. A dor não impedia nossos corações de cantarem a noite, de orarem durante o dia implorando que ao menos mais uma vez nossas vidas se cruzassem e que as velhas correntes se partissem em quanto nossos sonhos buscavam o ar.

Em certas noites quando a lua está cheia no céu, ainda podemos ouvir nossos corações chamando um ao outro com tamanho desespero que até os mais antigos em nossas tribos sentem seus corações a dor e o pesar de dois amantes que jamais esqueceram o prazer intenso em se amar sob a lua cheia...

Bêlit
Enviado por Bêlit em 01/06/2009
Código do texto: T1626391
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