Cama de gato

O que parecia febril esquentou ainda mais, Alexandre é fotógrafo, um homem viajado, cheio de recordações visuais, conhece muitos países, lugares exóticos, um apaixonado pela natureza cultural.

A primeira cena aconteceu na entrada do cinema. Com troca de olhares, sorrisos, nomes, essas coisas...

Foram apresentados por um casal de amigos em comum.

Depois de conversarem um pouco, entram na sala de número seis.

Cecília é médica, especializada em ginecologia, e fascinada por numerologia, de cara já queria interpretar o número seis, mas antes que tivesse tempo o filme teve início.

Era uma história de sedução, um convite ao jogo da atração.

No decorrer da sessão os dois foram chegando mais perto um do outro. A noite fria acabou unindo um mais um. Começaram pelas mãos, depois os rostos. Sentem o cheiro da pele, deixam crescer a sensação boa de querer tocar outras partes...

Olham-se fixamente, o clima escuro colabora, a trilha sonora também, as vozes sussurradas dos personagens são um convite à segunda cena.

Acontece o primeiro beijo, o desejo aumenta. Fazem caricias nos cabelos, as mãos mais soltas deslizam naturalmente aqui e ali, os corpos atraídos esquecem o filme e passam a sentir o calor, que vem à vontade, mais e mais... Sem limites.

Ali, ao som de cama de gato, título do filme, Alexandre diz: inevitavelmente me vejo tentando ter você. Quero descobrir todos os teus desejos, e você?

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 03/06/2009
Reeditado em 04/06/2009
Código do texto: T1629837