A carta do Juquinha

Juquinha conta sua triste história a alguém:

- Como faço todo dia, acordo quando minha mãe bate na porta do meu quarto de manhã dizendo que está na hora de levantar. Eu levanto da cama, faço minha oração, vou até o banheiro lavo o meu rosto, escovo os dentes, arrumo meu cabelo e vou para cozinha tomar meu café matinal, após isso tiro meu pijama e coloco meu uniforme e pego minha mochila e vou à escola, estando próximo da escola atravesso a pracinha que diminui meu caminho até ela. Só que hoje atravessando a pracinha, eu encontrei uma carta, fiquei curioso peguei-a e sentei no banco para ler, depois que terminei fiquei refletindo sobre o que estava escrito na carta e isso fez com que perdesse a noção do tempo e se atrasasse para ir à escola, guardei a carta no bolso e sai correndo para a sala de aula, pedi licença para a professora e entrei na sala. Quão foi a surpresa da professora não acreditando no meu atraso, já que nunca tinha chegado atrasado à sala, contei minha história a ela:

Juquinha conta sua história a professora:

- Como faço todo dia professora, acordo quando minha mãe bate na porta do quarto de manhã dizendo que está na hora de levantar. Eu levanto da cama, faço minha oração, vou até o banheiro lavo o meu rosto, escovo os dentes, arrumo meu cabelo e vou para cozinha tomar meu café matinal, após isso tiro meu pijama e coloco meu uniforme e pego minha mochila e vou à escola, estando próximo da escola atravesso a pracinha que diminui meu caminho até ela. Só que hoje atravessando a pracinha, eu encontrei uma carta, fiquei curioso a peguei e sentei no banco para ler, depois que terminei fiquei refletindo sobre o que estava escrito na carta e com isso fazendo com que perdesse a noção do tempo e se atrasasse para ir à escola, guardei a carta no bolso e sai correndo para a sala de aula, pedi licença para a senhora e entrei na sala. Quão foi a tua surpresa não acreditando no meu atraso, já que nunca tinha me atrasado. - Tudo bem Juquinha. Disse a professora: - Mas o que está escrito na carta? - Leia à senhora mesmo professora o que está escrito nessa bendita carta. Lendo-a professora manda o Juquinha para diretoria...

A diretora se admira da presença do Juquinha na direção, dizendo o que um menino tão comportado como ele faz ali e pede para que ele conte sua história.

- Como faço todo dia senhora diretora...

- Mas o que está escrito nessa carta Juquinha, preciso saber!

- Tá a carta, leia!

Lendo a carta à diretora o manda pegar sua bolsa na sala e o expulsa da escola.

- Peguei minha bolsa e fiz meu destino de volta a minha casa, aonde mais iria senão ao meu lar, chegando a casa, minha mãe me perguntou o que estava fazendo tão cedo em casa, disse a minha mãe:

- Como faço todo dia mãe...

- Me daqui essa carta de uma vez, quero também ler o que está escrito! Disse a mãe de Juquinha.

- Vai já conversar com seu pai, agora mesmo, isso não é coisa que se faz! Exclamou a mãe.

- Peguei minha carta e fui conversar com meu pai, que tinha sido despedido do serviço e estava meio nervoso nesse dia, quando ele me viu já se assustou e perguntou se eu estava matando aula e me pediu que contasse o motivo de estar em casa no horário de aula. Eu disse ao meu pai:

- Como faço todo dia meu pai...

Ele me disse:

- Dá essa carta aqui de uma vez, quero ler o que tá escrito.

- Pode pegar suas coisas e ir embora de casa, tá pensando o quê moleque, vamos suma já de casa! Disse nervoso o pai.

- Peguei a carta e coloquei no bolso, também peguei minha mochila e fui com destino para pracinha, local onde ia jogar futebol com meu pai e amigos, chegando lá sentei no mesmo banco que li a carta pela primeira vez e comecei a reler, quando senti que alguém tocou na minha costa, quando vi me assustei, pois era o guarda e ele me perguntou o que estava fazendo ali se eu devia estar na escola, daí contei a minha história a ele.

- Senhor guarda como faço todo dia...

- Deixe-me ler está carta e vejo o que faço por ti, já que sei que você é um menino de família e conheço seus pais. Disse o guarda.

- Tá essa maldita carta, leia o senhor mesmo! Falou de forma estressada o Juquinha.

- Vou te levar agora para delegacia, isto é um desrespeito.

O guarda pegou o Juquinha pelo braço e o levou a delegacia, chegando lá o delegado perguntou ao menino o que houve para estar ali em sua presença.

- Senhor delegado como faço todo dia...

- Me dá logo essa carta, quero saber o que está escrito duma vez. Disse o delegado.

- já para a cadeia seu menino mal educado, guarda, leve-o para a cela provisória.

E o guarda o levou para a cela, Juquinha pegou a carta de novo e começou a ler novamente, quando o guarda o buscou e levou até o advogado, que o delegado tinha chamado em defesa do Juquinha, já que teve compaixão dele.

O Juquinha esboçou um sorriso e disse:

- O senhor advogado vai me tirar dessa, tenho certeza.

- Vou, mas preciso saber sua história, o porquê de estar aqui? Disse o advogado.

- Senhor advogado como faço todo dia...

- Deixe-me ler carta, o motivo de sua prisão... Não acredito! Por mim que fique preso para sempre, isso não é coisa que se faça! Exclamou o advogado!

E o Juquinha volta para a cela. Passado uns minutos o delegado o chama novamente.

E diz:

- É o seguinte, tive pena de você de novo e o juiz está ai para te condenar, ou libertar.

O Juquinha nesta hora estava até tremendo, estava muito preocupado com a sua situação.

Como das outras vezes, o Juquinha contou seus acontecimentos ao juiz, mas bem mais nervoso dessa vez.

- Senhor juiz como faço todo dia...

- Me dê à prova de sua acusação, deixe-me ler essa carta, saiba que tenho o poder de te soltar, ou te condenar. Disse o juiz.

- Réu culpado, que mofe na cadeia, guardas prendam-no. Disse com autoridade.

Levaram Juquinha na cela, mas não na temporária, mas sim para a cela permanente.

Juquinha sentou ao chão e ficou pensando na vida, passaram uns minutos e o guarda o buscou e entregou ao delegado, que havia o chamado.

- Sabe Juquinha, o presidente estava passeando por aqui e eu resolvi o chama-lo para ver se ele te tira dessa emboscada que você se meteu, portanto conte sua história.

- Excelentíssimo presidente como faço todo dia...

- Posso ler sua carta meu jovem brasileiro... Isso é um desacato, que fique preso mesmo, que insulto contra minha pessoa, apodreça na cadeia! Levem-no.

Já na cela Juquinha deitou no chão e começou a descansar do dia tumultuado e agitado que teve, assim que estava cochilando o carcerário o acordou e perguntou:

- O que leva um garoto da sua idade estar preso, conte-me a sua história?

- Eu conto se você prometer que vai me ajudar!

- Sabe Juquinha que eu conheço tua família, sei que você é um bom menino, vou te ajudar, saibas que conheço todo o segredo dessa delegacia, portanto me conte agora.

- Caro carcerário como faço todo dia...

- Deixe me ler essa carta, o motivo da sua prisão.

- Tome essa maldita carta e leia-a com seus próprios olhos. Disse Juquinha com raiva.

- O que é isso, não é a toa que está preso, por mim que morra nessa cela seu moleque sem educação. E saiu o carcerário.

Juquinha voltou a deitar e agora sem esperança nenhuma, quando tinha pegado no sono, apareceu uma luz clareando a cela, tão forte que mal conseguia ver o que era que fazia até seus olhos doer, ele perguntou?

- Quem está ai?

- Sou sua fada! Exclamou a voz!

- Eu sabia que você viria! Que não ia me abandonar.

- Diga-me Juquinha o que houve?

- Querida fada como faço todo dia... Sendo interrompido pela fada.

- Juquinha sou uma fada e sei tudo o que te aconteceu, tenha certeza que vou te ajudar.

- Eu vou fazer assim, todo mundo que participou desta história cairá no esquecimento, inclusive você.

Ela pegou sua varinha mágica e fez com que todos se esquecem os acontecidos e colocou Juquinha para dormir.

Passado um tempinho o carcerário viu Juquinha na cela e perguntou o que estava fazendo ali, disse que não sabia e acordou assustado de estar em uma cela, ele levou o Juquinha ao delegado que mandou que o soltasse sem saber o porquê dele estar preso. Juquinha voltou para casa como se nada tivesse acontecido.

No outro dia a mãe do Juquinha o chamou cedo, ele levantou, fez sua oração, foi ao banheiro lavou o rosto, escovou os dentes, arrumou seu cabelo e foi para cozinha tomar seu café, depois tirou seu pijama e colocou seu uniforme, pegou sua mochila e foi para escola, quando estava atravessando a pracinha, caminho que usa para cortar caminho, encontrou uma carta, pegou-a e sentou no banco para ler... Essa história nós já conhecemos, o que desconhecemos é que a fada esqueceu de sumir com a carta, ou ter avisado ele para não mexer nela.

O que estava escrito nessa carta:

Não vale a pena viver, para que se vou morrer!

Não compensa estudar, muito menos trabalhar, se a vida um dia vai acabar!

A escola ensina errado, os(as) professores(as) não ensinam, só enganam os alunos!

A diretor(a) só sabe mandar e enrolar a todos!

Os pais não entendem os filhos, só querem castigá-los!

Os policiais são os piores ladrões que existem, só querem ser autoritários!

Os delegados são uns folgados, só querem prender inocentes!

Os advogados são injustos e desonestos, todos não prestam!

Os juízes são todos sem juízos, não sabem julgar!

Os políticos são todos corruptos, mentirosos só roubam o dinheiro do povo!

Os carcerários são pessoas ruins, que não valem nada!

As fadas existem, eu acredito nelas!

Moral da história...

Quando se ler algo que é ruim, que generaliza as coisas, que traz pensamentos levianos que baixa a auto-estima, não o leve para frente, rasgue, queime, consuma com ele. Também se você estiver em qualquer uma dessas posições, não leve o mal para frente, conserte-o, e jogue fora o que prejudica, seja a pessoa que leva esperança, que termina o circulo vicioso da maldade, essa é uma história fictícia, mas ela traz uma lição muito boa, talvez se a professora tivesse resolvido na sala, cortado a corrente do mal, o Juquinha não teria passado o que passou, todos nos temos nossa responsabilidade perante a maldade que está imperando nesse mundo, que a partir de agora você contribua para cortar todos os males pela raiz. Pense nisso!

Obs. História que contei na escola que trabalho em Julho de 2009

Texto digitado no dia 22-10-2209

Maico Oliveira
Enviado por Maico Oliveira em 23/10/2009
Reeditado em 23/10/2009
Código do texto: T1882003
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