"A MISTURA DE TODOS OS SABORES"

"Ele saiu determinado que a encontraria, nem que para isso penetrasse no sagrado momento da missa. Se não obtivesse sucesso, caminharia junto aos demais, na procissão, e quando a visse de longe, se aproximaria, de mansinho, e a puxaria pelo braço, retirando-a da fila caminhante.

Jogou as cartas da sorte numa mensagem, no celular, e ficou, ansiosamente esperando a resposta, quando sentiu um tremor num dos bolsos da calça. Notou que uma cartinha havia chegado. Rapidamente leu, e não gostou da recusa.

Não desistiu. Rapidamente retornou outra mensagem. Nesse ínterim, ela chegou, e ele sentiu a paz invadir o seu ego, deixando-o alegremente feliz.

Só soube mais tarde que ela não tinha visto a segunda mensagem. Ficou muito fascinado com as palavras que saiam da boca daquela espécie de mulher e fada, ao mesmo tempo.

Cada gole consumido, fazia valer a pena cada segundo sentado, e cada frase dita, entre justificativas e goles daquela bebida gelada e tão saborosa, podendo não ser mais gostosa do que a manga, mas, com certeza, é mais importante, pois é o símbolo que os une. É a água que bebem quando sentem sede, e o licor de qualquer ceia.

Afinal, quando eles estão de bem, consomem o que o outro tem de melhor, mas, quando brigam, sacodem o que eles têm de pior...

Vamos torcer para que eles sejam coniventes e pacientes, um com o outro!...

Ah! Bendita procissão... que serve de penitência e álibi, para ela, e Bendita seja aquela que ajuda nas escapadas dele...

São dois fenômenos que não se explicam e se complicam, mas também se gostam como A MISTURA DE TODOS OS SABORES!"

"COAUTORIA"

Geneci Almeida

2008

Obs. "As aspas são minha defesa ou minha condenação".

Geneci Almeida
Enviado por Geneci Almeida em 11/12/2009
Código do texto: T1972723
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