VIDAS ENTRELAÇADAS - Cap. I

O dia amanheceu ensolarado, despertei com a luz do sol em meu rosto, a primeira coisa que fiz ao abrir os olhos foi levantar para fechar a cortina e ficar mais alguns minutos curtindo aquele meu edredom aquecido pelo calor do meu corpo e que ainda cheirava amaciante. Me cobri inteira dos pés a cabeça querendo aproveitar aquela preguicinha matinal. De repente meu subconsciente, desperta-me para a realidade, e me tira totalmente o sono. Automaticamente dou um pulo da cama, vou até o banheiro para jogar uma água no rosto e escovar os dentes. Já acordo faminta, vou direto para a cozinha procurar uma guloseima para comer. Descendo as escadas devagar, suavemente; bem humorada, passo as mãos nos meus fios longos para alinha-los ao meu rosto, descendo as escadas sinto um aroma de café delicioso perfumando o ambiente; deve está vindo do apartamento vizinho! Dou uma parada no último degrau da escada, já estou na sala e ouço um barulho na cozinha, Penso...bom! Deve ser Gabrielle, a minha gata. Vou até as janelas para abrir as cortinas para a luz do Sol entrar e iluminar a mobilha envernizada. Está tudo tão calmo, chego até estranhar!...a casa é só minha esse final de semana. Minha irmã Jenny viajou com seu namorado, Rômulo. Quando lembro dele não tem como eu não recordar do jeito que ele me olha: é claro que é quando Jenny não está por perto! é de uma maneira...que não tem como não sentir nada, tenho muitas sensações...e boas! me sobe um arrepio que chego até suspirar, mas só quando estou sozinha, é claro nê! também pudera...aquele corpo másculo...aquela boca desejável, aquele sorriso perfeito. Ele é dentista,vaidoso. E como não ter um corpo daquele! adorava malhar, corria todas as manhãs pelo calçadão, tinha umas pernas grossas, musculosas...corria sempre com um shorts pequeno e uma blusa regata soltinha. fazia musculação quatro vezes por semana, nada é a toa!...bom, deixa eu para r de pensar nele; afinal eu não posso ficar admirando o namorado da Jenny, ou será que posso? Se bem que ela não leva ele muito a sério viu! Ela vive paquerando nosso vizinho casado que mora em frente ao nosso apartamento, Tadeu. Casado há dois anos, personal trainer, 35 anos de idade, dono da academia mais frequentada do bairro, o homem era um furacão. Imagine, cabelos negros e meio ondulados, boca carnuda uns olhos que lembram um oceano de águas claras é azul e ao mesmo tempo verdes, alto com um corpo masculino bem definido e o melhor de tudo, simpático! Sempre que o encontrava, mesmo com a esposa fazia questão de cumprimenta-me e com direito a beijo no rosto, cheiroso! Uuuu. Pena que demostrava ser apaixonado pela mulher, Tamara. Cobiçado por todas as anitas da região, eu não queria está na pele dela, se bem que ela também fazia jus a ele; a mulher é linda. Bom, mais não quero falar dela. Mas voltando a falar de mim, quando estou sozinha em casa, gosto de ficar a vontade, de calcinha e blusinha, afinal não é sempre que me dou ao luxo de andar em casa assim, nosso apartamento sempre está cheio de amigos nosso. Por um momento tenho a sensação que não estou sozinha; bom, mais deve ser coisa da minha cabeça, Isa sempre liga avisando quando está para chegar. O dia está lindo! Eu tenho sempre a mania de acordar e ficar encostada na janela olhando para as pessoas andando, atravessando o farol correndo, os casais de mãos dadas e os namorados se pegando nas esquinas, já vi tantas coisas por está janela. Certa vez, houve uma queda de energia...e como não dá para fazer quase nada quando as luzes se apagam, a não ser dormi...é ficar olhando para o nada, ou melhor para o céu, contemplando as estrelas, bom eu resolvi ficar de bruços na minha janela, fiquei ali pensando na vida, naquele momento só meu, momentos raros de silêncio, mais foi muito engraçada a cena, acho que ficamos sem energia durante meia hora...tão pouco tempo, mas tem pessoas que sabem aproveitar todos os minutos da vida, percebi que havia um casal parados em frente ao condomínio. Estava um pouco escuro mais era lua cheia, o céu estava sem nuvens e lindo...estava claro, apesar de não haver nenhuma luz acesa na rua, eu comecei a ficar excitada com o jeito que aquele casal agia, eles começaram a se beijar no ponto de ônibus que tinha na esquina, a rua cheia de arbustos, árvores grandes frutíferas, e florais, um ambiente acolhedor, bonito...

A continuação Cap. II aqui no RL. Aprecie também.