CONVERSA NA VARANDA

CONVERSA NA VARANDACONVERSA NA VARANDA

Era já noite escura, chovia fino, mas constante, pessoas reunidas na varanda, apreciando a brisa que vinha refrescar toda casa.

Lá dentro a criançada fazia uma grande algazarra, gritos e risadas a todo vapor gastando toda energia acumulada por não poder brincar lá fora devido a chuva.

Mas, parecia que ninguém se importava, pois a conversa na varanda continuava muito animada. As mulheres falavam dos afazeres da casa, de seus bordados, das unhas e do cabelo, do vestido novo e da festa que estava para acontecer; falava dos preparativos, e até já se esboçava um cardápio, dos frangos, das leitoas e pensavam até em sacarificar alguns perus; para a sobremesa, doce de leite, pudim de pão, queijo bem fresquinho, sem dispensar os doces de figo, marmelo, goiaba, etc.

No outro canto estavam os homens também com uma conversa bem animada, falava da lavoura, dos preços do café, da arrouba do boi, mas o que mais se discutia era o preço dos insumos que estavam pelas alturas.

Em dado momento, sentiram que estava fazendo muito silencio no interior da casa quando até a pouco a algazarra estava formada e agora estava tudo muito calmo.

Resolveram da uma olhada, e foi bem devagarzinho espiar a garotada.

Encontrou uma casa toda revirada, os travesseiros que servira de arma, todos destruídos e havia penas por todos os lados.

Uma cena de euforia, de realização da folia dos garotos e que agora começavam a pensar: o que fazer? Como esconder tudo aquilo, e como encher os travesseiros novamente? Agora o reverso dos primeiros momentos de brincadeiras e alegria, agora pó sentimento de culpa por ter estragado e sujado a cada toda; e como limpa-la?

Neste momento de tortura e agonia, entra no quarto onde a folia se estabeleceu os donos da casa seguidos dos amigos.

Estabelece uma cena dramática para as crianças que nem imaginava o que poderia acontecer, mas os donos da casa entram na brincadeira e jogando penas para o alto, quebra o gelo das crianças e todos começam a brincar, crianças, adolescentes e adultos voltam a ser crianças. Depois de se restabelecer a ordem e voltarem a calma, começam a juntar as penas e guardando-as nas fronhas e limparem a casa,. Tudo terminou em paz, alegria e diversão entre todos.

Todos se dirigem agora para a cozinha, onde o cheirinho de um bom pão de queijo e cafezinho fresco selou a noite que iniciou com uma boa conversa na varanda.

JARBAS M. POVOA 18-11-07

MARQS
Enviado por MARQS em 15/10/2010
Código do texto: T2559210