Em nossas relações.
Numa pequena cidade do Espírito Santo morava Lívia, uma adolescente que era
apaixonada por seu maior amigo - Pedro.
Um dia, num encontro inesperado, Lívia perguntou a Pedro se ele gostaria de
namorá-la. Pedro ficou meio confuso e começou a pensar na situação em que
poderia estar se metendo e nada disse no momento. Pensava, ainda, se daquela
vez ia dar certo, pois a primeira tentativa não dera bom resultado.
Lívia, cabisbaixa, murmurou que era apaixonada por Pedro; não se conformava
com a atitude parada de Pedro, pois já imaginava a resposta de Pedro. Não
esperando mais resposta - diante da demora de Pedro, deixou-o só.
Em sua casa planejou novo encontro e, agora, em sua casa. Às vinte e uma
horas Lívia liga para Pedro, mas este logo diz que está ocupado e desliga o
telefone; Lívia, na segunda tentativa, então diz que está passando mal e
pede ajuda, pois argumenta que está sozinha em casa; Pedro rapidamente
dirige-se à casa de Lívia - dez minutos depois o rapaz bastante nervoso e
preocupado, achando que estava acontecendo algo de grave, já foi entrando na
casa de Lívia e ela gritava do seu quarto chamando por ele; ao entrar no
quarto Pedro faz uma cara de assustado, fica paralisado e sem reação.
Passados alguns instantes, Pedro em tom áspero pergunta se ela estava louca,
pois ela estava nua em cima da cama; ela, loucamente apaixonada, diz a ele
que não havia outro homem para deixá-la tão louca quanto ele.
Pedro discordando da situação - e não querendo perder tempo, sai do quarto
muito assustado e sem saber o que fazer; Lívia percebendo a ação de Pedro
corre atrás dele, segura-o; Pedro tenta escapar dos braços de Lívia, mas
esta usa de astúcia e - logo em seguida - tranca a porta. Os dois ficam a
sós.
Lívia, já totalmente descontrolada, pega a arma que seu pai tinha em seu
quarto e diz:
- Você será somente meu e, se não for meu, não será de mais ninguém!
Pedro fica mais nervoso ainda e tenta conversar passivamente com ela para
que desse a arma pra ele. Depois de tantas conversas e tantas ironias Pedro
tomou uma atitude: desarmá-la, mas houve algo de errado nisso tudo - uma
desgraça! Lívia foi ferida com um tiro na testa. Com tanto sangue em suas
mãos Pedro já não tinha cabeça para pensar no que fazer, pois a única coisa
que veio em mente era sair do estado, sair do país.
Saiu sorrateiramente da casa de Lívia e dirigiu-se para sua casa - com nada
tivesse acontecido. Ficou a noite toda pensando em como despistar e tirar a
culpa de sobre si.
No outro dia, às dez horas da manhã, Pedro já estava na rodoviária da cidade
vizinha, Vitória, tentando escapar do ocorrido. Percebe que havia muito
movimento de policiais na rodoviária: a policia estava atrás dele, não tinha
como fugir; então ele se entrega à Policia Federal do estado.
Passou-se um longo tempo e Pedro foi julgado por Kelber Corte, um famoso
juiz do estado. Sabendo que não tinha tantas esperanças de penas leves,
Pedro pergunta ao Juiz 'quem era ele para julgá-lo' - e, com um tom de voz
bastante irônico e arrogante, Kelber Corte se levanta e responde:
- Eu sou a lei.