O CASTELO DESENCANTADO DE CADA UM

Os castelos encantados são sempre assim:

cor de rosa por dentro e por fora, pisos de

mármores brilhantes e os dias sempre radiantes.

Pedras preciosas, ametistas, águas marinhas,

rubis, esmeraldas, diamantes encrustradas em

espadas, molduras, corrimões de escadarias

gigantes. Os jardins de todos os tipos de

flores exóticas e de variedades, até trazidas

dos reinos mais distantes.

Ah e a princesa...Ela é parte integrante à espera de

seu príncipe galante e outros pretendentes errantes,

muitos de outros reinos também distantes.

Tem um fosso com jacarés e uma

torre bem alta de onde se avista os vales bem verdes

com bosques misteriosos com bruxas, duendes, gnomos

e fadas do bem.

Pobre princesa não tem ninguém.

Nessa torre a olhar o horizonte está a princesa solitária

e sonhadora esperando pelos galantes e corajosos

pretendentes a se degladiarem para merecerem sua mão.

O rei é um pai bondoso com seus soldados a protegê-la

juntamente com sua mãe, linda mulher, cheia de encantos.

Nesse castelo não existe pranto só festas e bailes

com música alegre e muita dança, mesas fartas e toda

a realeza desfilando só a beleza.

A vida perfeita e feliz, pois é um conto de fadas afinal,

nada poderia ser fatal, mas aonde fica a bruxa do mal?

Ela é amiga íntima das madrastas malvadas e todos os

contos de fadas para serem perfeitos tem sua presença

e ela é letal.

Infelizmente adoeceu a rainha bondosa, de um mal

irrecuperável e deixa a princesinha só e inconsolável.

Um rei não pode ficar viúvo e alvoroça-se todo o reino

e as mulheres disponíveis de todo o mundo.

Pronto! Trabalho para a bruxa do mal que é pocurada

pela doce, venenosa e possível pretedente que

depois do feitiço procura o rei carente.

Rapidamente e vestida de anjo vai ao altar a madrasta

que na verdade era toda do mal somente.

A princesinha conheceu finalmente a clausura da torre, dos

castigos até físicos e para não magoar seu pai, aceitava

caladamente.

Passados os anos no desespero da liberdade a princesa

aceitou casar com um sapo e nem o beijou para testar

se viraria príncipe.

E então...Ele não virou príncipe mesmo, era sapo e dos ruins.

Ela concluiu que a culpa era de sua origem oriental, mas não

foi de todo mal.

Nasceu uma princesinha linda e ela jogou o

sapo numa lagoa bem distante além do horizonte.

A bruxa do mal e a madrasta foram queimadas numa fogueira

do esquecimento...láááááá no passado e foi condenada pela fada

madrinha da princesa a ser madrasta até dos netos dos

filhos que teve com o desavisado e iludido rei já inexistente.

Moral dessa história: cada um tem os bens e os males que a vida

manda sem perguntar, basta selecioná-los e levar uma certeza

que a vida é como nos contos de fada, sempre segue a lei do retorno e sempre vence no ser a leveza.

Claire Fernandes
Enviado por Claire Fernandes em 02/02/2011
Reeditado em 23/10/2011
Código do texto: T2767596
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