Escaramuça Andreense (MiniConto)

Certo dia de calor infernal em Santo André, eu procurava desesperadamente, um lugar para aplacar meu tórrido corpo. Fui até o terreno do fundo de minha casa, onde passa os dutos de óleo, lá existe uma arvores de cepas aparentes e protuberâncias em forma de cama, onde eu poderia me deliciar com a sombra de sua enorme copa.

Caí numa modorra gostosa, quando subitamente ouvi um silvo no céu, esfreguei meus olhos, cuidando que eu estava tendo uma alucinação por causa do Sol forte, mas não era.

Duas espaçonaves se atacavam, sendo uma prateada e outra negra. A nave negra albaroou a prateada, causando-lhe uma avaria e forçando-a a pousar, justamente no terreno onde eu estava, entretanto, a nave negra estava recalcitra em seu ataque e num ziguezague estonteante se desmaterializou.

A nave prateada fez o pouso forçado e estava arrefecendo, quando um homem de baixa estatura, queijo pontudo e de aspecto pertuso, fala de forma plangente:

-Desgraçado! Esta felonia terá desforra!

Percebendo que a situação não era periclitante, me aproximei e saudei para o tão súbito visitante que gentilmente retribuiu meu cumprimente, lhe ofereci água, no qual ele sorveu com muito gosto e me disse:

- Obrigado, nativo!

- Quem é você?

- Sou Roberto Ignácio, sargento do exercito brasileiro. – Respondeu com empáfia.

-Desculpe. – Comecei a dar risadas.

- Do que está rindo?

- Pensei que fosse um alienígena, vi duas naves ogivais no céu...

- Bah... – O sargento me interrompeu. – Era apenas um exercício militar, temos dois grupos no qual estamos competindo. – Explicou o sargento peremptoriamente.

Mal o sargento terminara de falar, vários veículos do exercito surgiram, recolhendo a nave prateada, não me deram mais nenhuma explicação e me largaram lá como se eu não existisse.

Nem comentei com ninguém, afinal, quem acreditaria na minha história? O que eu concluo é:

“As forças armadas brasileiras têm segredos, além da nossa vã filosofia!”

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