FUNERAL DE UMA MARIONETE
http://youtu.be/3TM-jpysTOA
O funeral de uma marionete O velho Plinio,agrisalhado pelos banhos de estrelas,ao voltar para sua casa,após mais uma exibição de seu teatrinho de bonecos,sentou-se,pensativo... Por certo,viajou para um local bem distante,onde sua querida Alcina mudara-se para nunca mais voltar.Sabia ele que ela morava às margens do lago de Tuonela. Evocou o belíssimo canto do cisne solitário que deslizava sobre as águas tranqüilas e por mais que resistisse,deitou lágrimas que desciam,seguindo as sinuosidades de suas rugas.Porem,logo retornou e se viu encurvado,quando terrível sinal acordou o manipulador de seu devaneio.Um pozinho fino,branco estava sobre sua calça e de pronto,deduziu a origem daquele fato:cupim! Ah!que Plínio revirou sua bolsa de couro ressecada pelo tempo na procura da vitima daquela doença mortal.A tristeza dominou-lhe,abafando o peito quando observou que Gisele a bailarina que,graciosa,conduzida por finos cordéis ,bailava ,rodopiava ao som da musica de Adams.Um exame mais minucioso e o tiro mortal:o coraçãozinho de madeira estava corroído e nada mais poderia ser feito.! Plinio,lembrou as lindas atuações,a corte que o príncipe lhe fazia,arrumou o pequeno leito de pinho com a colcha de rendas ,onde Gisele dormia no final da peça.Tudo estava consumado! Imaginava,pois,como viajaria a meiga Gisele?flutuando sobre uma concha azul rumo ao horizonte?ou numa cesta de flores? Dormiu para fugir dos lamentos que ainda,por certo sofreria ao longo das horas mortas da madrugada e sonhou!... A musica deixara a leveza da dança de Adams e se tornara um lacrimoso réquiem ,pranteando a alma da artista que jazia num cesto de vime.Lentamente,os bonecos,livres de suas cordas,caminhavam e traziam enfeites para adornar Gisele.Numa longa fila cada amigo desabafava pequeno poema à querida bailarina defunta. “Deixai-me contemplar aquela que encantou o mundo” E que,agora,parte para glorioso destino,enfim ! Choro uma dor intensa que me corrói ,lá no fundo Quem aliviará a infinita tristeza que há em mim? Finalmente,debruçado sobre o cesto,o príncipe depositou um longo beijo,no que os lábios de Gisele entreabriram para receber o carinho final de seu amado... Um cortejo caminhou ,vagamente, em direção ao lago de Tuonela ,iluminado pelos vagalumes que orientavam o caminho... A manha começou com tímidos pios de passarinhos que buscavam sementes soltas pelo solo e gravetos para construir ninhos.As borboletas,estranhamente,sobrevoavam o centro do lago,onde se podia avistar pequenina embarcação... O velho manipulador de marionetes acordou e observou a presença do príncipe ,do lenhador,do camponês,dos cachorrinhos,coelhos,do urso negro,do casal de velhinhos.Aproximou-se da cama de Gisele e viu que estava vazia. Naquele dia o teatrinho de marionetes não se apresentou...
http://youtu.be/3TM-jpysTOA
O funeral de uma marionete O velho Plinio,agrisalhado pelos banhos de estrelas,ao voltar para sua casa,após mais uma exibição de seu teatrinho de bonecos,sentou-se,pensativo... Por certo,viajou para um local bem distante,onde sua querida Alcina mudara-se para nunca mais voltar.Sabia ele que ela morava às margens do lago de Tuonela. Evocou o belíssimo canto do cisne solitário que deslizava sobre as águas tranqüilas e por mais que resistisse,deitou lágrimas que desciam,seguindo as sinuosidades de suas rugas.Porem,logo retornou e se viu encurvado,quando terrível sinal acordou o manipulador de seu devaneio.Um pozinho fino,branco estava sobre sua calça e de pronto,deduziu a origem daquele fato:cupim! Ah!que Plínio revirou sua bolsa de couro ressecada pelo tempo na procura da vitima daquela doença mortal.A tristeza dominou-lhe,abafando o peito quando observou que Gisele a bailarina que,graciosa,conduzida por finos cordéis ,bailava ,rodopiava ao som da musica de Adams.Um exame mais minucioso e o tiro mortal:o coraçãozinho de madeira estava corroído e nada mais poderia ser feito.! Plinio,lembrou as lindas atuações,a corte que o príncipe lhe fazia,arrumou o pequeno leito de pinho com a colcha de rendas ,onde Gisele dormia no final da peça.Tudo estava consumado! Imaginava,pois,como viajaria a meiga Gisele?flutuando sobre uma concha azul rumo ao horizonte?ou numa cesta de flores? Dormiu para fugir dos lamentos que ainda,por certo sofreria ao longo das horas mortas da madrugada e sonhou!... A musica deixara a leveza da dança de Adams e se tornara um lacrimoso réquiem ,pranteando a alma da artista que jazia num cesto de vime.Lentamente,os bonecos,livres de suas cordas,caminhavam e traziam enfeites para adornar Gisele.Numa longa fila cada amigo desabafava pequeno poema à querida bailarina defunta. “Deixai-me contemplar aquela que encantou o mundo” E que,agora,parte para glorioso destino,enfim ! Choro uma dor intensa que me corrói ,lá no fundo Quem aliviará a infinita tristeza que há em mim? Finalmente,debruçado sobre o cesto,o príncipe depositou um longo beijo,no que os lábios de Gisele entreabriram para receber o carinho final de seu amado... Um cortejo caminhou ,vagamente, em direção ao lago de Tuonela ,iluminado pelos vagalumes que orientavam o caminho... A manha começou com tímidos pios de passarinhos que buscavam sementes soltas pelo solo e gravetos para construir ninhos.As borboletas,estranhamente,sobrevoavam o centro do lago,onde se podia avistar pequenina embarcação... O velho manipulador de marionetes acordou e observou a presença do príncipe ,do lenhador,do camponês,dos cachorrinhos,coelhos,do urso negro,do casal de velhinhos.Aproximou-se da cama de Gisele e viu que estava vazia. Naquele dia o teatrinho de marionetes não se apresentou...