A personagem – Terceiro ato –

*Havana

Num outro canto do mundo, agora na cidade de Havana, em Cuba. Outra cidade de rica tradição histórica e cultural, de caracteristica eclética e monumental ao mesmo tempo. Cujo o ritmo do povo é completamente diferente do Brasil, onde Beta sente-se pouco a vontade, e mesmo correndo o risco de ter que encarar seu lado oculto, devido a familiaridade com a língua epanhola, mesmo assim ela visita a cidade que inspira o sensual e o exótico, que tem muito a ver com sua personalidade e com sua maneira de viver.

Havana (em espanhol: La Habana) é a maior cidade de Cuba e encontra-se na província Ciudad de La Habana. Cidade de rica tradição histórica e cultural, caracteriza-se por ser eclética e monumental ao mesmo tempo.

Após duas semanas na cidade, Beta encontra Lucíla uma antiga conhecida brasileira, vivendo em Havana há mais de cinco anos. Ela foi para estudar e acabou ficando.

Esse inseperado encontro abriu espaço para uma relação de fúria, que Beta não imagina viver ali. Lucíla sempre demostrou admiração por ela, mas no clima de Havana, junto aquele povo que respira sensualidade oriundas do clima tropical, de ritmos sonoros e percurssões que mexem com energia das pessoas, Lucíla se mostra possessiva.

Tudo aconteceu depois de Lucíla indicar um trabalho a Beta, num ambiente onde ela já atuava, e também onde Lucíla se mostrou predadora, delimitando Beta de fazer amizades, impedindo que os colegas de trabalho se aproximassem dela. Ali o ego, o ciúme, a falta de ética, foi minando o que Beta imaginava ser uma relação de amizade.

Sem muita facilidade de se mostrar, Beta foi ficando ainda mais introspectiva e isso passou a incomodá-la. Pois, como usar seu magnetismo para satisfazer a si mesma, suas necessidades íntimas e pessoais sendo podada. Aos poucos ela foi percebendo o mecanismo de Lucíla, que insegura, controladora e ciumenta, foi demonstrando receio de Beta sobresair naquele ambiente profissional, onde ela pensava ter algum poder sobre os outros colegas de trabalho.

Lucíla passou a envenená-la e vampirizá-la, Beta era vigiada execessivamente, até quando ia ao banheiro o olhar controlador a acompanhava. Todo tempo ela sentia sua energia sucumbir. E antes que a situação piorasse retirou-se do ambiente, dizendo que voltaria para o Brasil.

Ainda em Hanvana, semanas depois reencontrou Lucíla num café. Ela enfurecida foi tirar satisfações com Beta, como uma amante ferida, queria saber por que Beta a tinha deixado.

Nesse clima, Beta percebeu que havia algo além de insegurança, ciúme, controle... Viu que Lucíla tinha por ela uma relação de paixão passional, um sentimento que talvez nem a própria Lucíla tivesse consciência.

Num impulso explosivo, furiosa Lucíla a agrediu, a feriu e humilhou Beta com palavras duras. Tentou agarra-la, queria beijar sua boca, descontrolada declarou seu desejo agressivamente, imaginado intimidar Beta perante as pessoas que estavam no café. Mas ao contrário, Beta sem demonstrar reação alguma, saiu do local e tratou de voltar para o Brasil imediatamente.

Essa situação nunca havia acontecido antes. E Beta preferiu não pensar nessa possibilidade, de se envolver com alguém do mesmo sexo, não nessas circunstâncias de agressividade, de pressão, com imposição, não!

PS.: Para melhor compreensão de A personagem, leia também Primeiro e Segundo Atos.

*O conto continua ... C@s*

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 25/09/2011
Código do texto: T3239634