O menino perdido e seu Livro Velho

Naquela linda cidade, fazia muito sol. Mais um dia de escola para as crianças da bela cidade. Os cidadãos costumavam dizer que esta cidade costumava ser “A CIDADE DA EDUCAÇÃO”. Podia ser, mas tinha um menino levado lá no meio. Um menino que não suportava nem chegar ao portão da escola. Era Caio, sentado em sua carteira, todo torto, desenhando na aula de matemática. O professor? Esse já estava sem esperanças do menino, e ainda no meio do ano. Desenhava aqui, ali, saía carros lindos, mas carros que ele sempre desenhava e sempre rasgava np final, inconformado com a própria crítica. No final da aula, ele animado, despedia-se dos amigos. Eis que um coleguinha, o chamado “CDF” da turma, chega nele, e oferece um livro:

- Toma, Caio, é presente. Esse livro passou de geração em geração, minha mãe disse. Ele se chama “A vila Sagrada”. Lê, é muito bom.

Mas Caio, esse menino não tem jeito! Empurra o colega que lhe oferecia o livro, derrubando ele e o livro. Chegando em sua humilde casa, pronto pra jantar, Caio nem cumprimenta seus pais, o que os deixavam muito tristes.

- Filho! - Diz a mãe, continuando - Amanhã você e sua turma vão no acampamento, não é mesmo?

- Sim, mãe, que chatice! - Diz o menino, com um mal-humor de dar medo.

A mãe, pensa e pensa mais. Percebe que o filho não ia ter nenhuma diversão nesse acampamento. Chegando em seu quarto, abre a gaveta e pega uma coisa especial:

- Sei que ele não gosta de ler, mas ele vai ficar encantado. É um lindo livro.

Sabendo que o filho não aceitaria o livro, ela abre a mochila do garoto e coloca o livro bem lá no fundo, escondido, para quem sabe, ele achar quando precisar.

No dia seguinte, o ônibus saindo, e lá é visível Caio sentado ao lado dum garoto que disparava conhecimentos sobre ele.

- E é assim que se faz, entendeu, Caio?

- Não entendi, Paulo, e nem quero entender. Eu quero jogar vídeo-game.

- Eu sei que você recusou meu livro ontem, mas se você quiser, na saída eu pego pra você.

- Não! Já disse, deixa de ser CDF, cara!

Chegando na floresta, a professora já manda as regras:

- Pessoal, fiquem juntos pra não se perderem, tá? Principalmente você, Caio, que é desligadíssimo.

E não é que era verdade? Não escutou nada do que a professora falou. Caminhando um tempo, a professora precisa entrar no trailler pra pegar o material necessário. É aí que Caio começa a se interessar.

- Paulo, vamos sair por aí? EU adoro aventura! Vamos, cara!

- Não, Caio. Se nos perdermos, o que faremos? Não, eu fico!

- Então fica, mas vai levar zero, porque eu vou falar pra professora que você me incentivou a sair da floresta.

- Tá bom. Mas vamos escondido, e pertinho.

Os dois saem escondidos da turma, e andando por ali mesmo. Frutas, árvores, alguns animais inofensivos. Tudo isso começa a encantar Caio, que já havia encantado Paulo. Andando mais a frente, os dois percebem que já estavam longe da turma.

- Paulo, onde estamos?

- Eu vou saber. Se eu tivesse um mapa, uma bússola...

- Pára de ser CDF, cara, nós vamos voltar sim.

Uma árvore tampava uma linda paisagem. Andaram mais três passos e se depararam com aquela belezura. Aquele mundo todo colorido, parecia educativo, com letras mágicas por todo lado. Quem imagina que até aquele menino Caio, ficaria encantado.

- Uau! Que bonito aqui, Paulo.

E Paulo já estava lendo toda aquela belezura. Mas Paulo percebe que tem alguma coisa errada. Lê uma vez... lê outra vez...

- Entrou aqui, não sai mais...

Quando ele diz isso, os dois se assustam e começam a gritar, o que não adiantaria. Assustados, eles começam a explorar o lugar, e nada.

Quase à noite e os dois sentados num canto, sem fazer nada, entediados.

- Puxa, obrigado, Caio, por me trazer a essa belezura... Belezura perigosa. Não tem passagens, as árvores são falsas.

- Tá! Eu assumo, a culpa é minha, tá bom assim? Agora a gente vai morrer de fome, sede.

- Na minha mochila não tem nada além de cadernos.

- Eu vou ver a minha.

Revirando sua mochila, Caio tem uma supresa ao ver lá embaixo, um livro todo velho, parece ser muito antigo.

- Uau... _ Diz ele- Esse livro é da minha mãe, mas eu nunca li ele. Parece ser velho e...

- Mágico - Diz o amigo, encantado com a capa.

- “A floresta encantada”. Nem havia dito o nome direito, e já começava a folhear o livro, ansioso. Os dois lendo em voz alta, ansiosos pela próxima parte.

Leram mais de 60 páginas, foi quando aparecia uma palavra que os deixaram chateados “CONTINUA”... Essa palavra deixou os dois chateados demais.

- Peraí... - E Caio olha em sua bolsa, quando pega outro livro, no mesmo estado, todo velho. - “A floresta encantada parte dois”. Legal, achei!

E já liam ansiosamente, esperando pelo final feliz que faltou dos personagens. Mas na vida real, alguém os avistavam, parecia uma... Uma Cuca? Um saci? Quem? CONTINUA...

Leitores, espero que tenham gostado dessa narrativa. Comentem deixando a opinião de vocês. Obrigado.

Link da continuação: http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/3340524

Lucas Vinícius
Enviado por Lucas Vinícius em 16/11/2011
Reeditado em 17/11/2011
Código do texto: T3338683
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