O menino perdido e seu Livro Velho (parte II)

Lá estavam, Caio e Paulo sentados, se deliciando com aquele livro velho, herdado da mãe. Já acima, tinha alguém os espiando. Tem cara de... Cara de... Cuca? Peraí! A Cuca? E a Cuca os observava, maldosa e com aquela cara feia, pronta pra fazer o terror. Ela pula do nada onde os meninos estão, e dá um grito. Mas e a reação deles? Nada! Eles estavam viajando já no livro e nem perceberam que a Cuca estava ali.

- Ei, dá pra olhar pra cá? Eu vou comer os dois! - Diz a Cuca, já mal-humorada.

Mas os dois meninos acordam, e quando veem a Cuca toda feia, começam... rir?

- (rindo) HA! HA! HA! Que máscara feia, professora. - Diz Caio rindo da cara do bicho.

- Caio, não ri. Eu acho que é a Cuca do folclore. Eu tô com medo - Diz o amigo Paulo e já guardando o Livro Velho pra protegê-lo de qualquer mal.

- Isso mesmo, medo. Eu gosto das pessoas medrosas, que se rendem à minha cauda. Eu vou comer os dois. E pra isso, eu vou precisar dos meus amigos... - Quando estala os dedos, surgem amigos folclóricos poderosos. Saci, Curupira, até o boitatá...

Todos contra os dois menininhos indefesos.

- E agora, Paulo, como vamos fazer? - Aflito.

- Eu que sei! Eu quero minha mãe...!

- Pera... Pera, eu tenho uma solução! - Diz esperançoso, e os "monstros" já se aproximavam mais. - Espera, Paulo, vamos pensar. O livro... O livro estávamos lendo, a menina deteve os monstros com a força do pensamento...

- Não dá, Caio, livro é livro. Estamos na vida real.

- Não estamos. Olha em volta, o mundo é um mundo dois. Você e minha mãe me ensinaram que os livros são mágicos. Pensa, pensa...

E os monstros folclóricos já se aproximavam, quando os dois meninos pensavam, pensavam... Aos poucos, os personagens folclóricos sumiam.

- Conseguimos, Caio, nós detemos aqueles monstros feios.

- Legal! A força do pensamento pode tudo nesse mundo. E agora, como vamos sair daqui?

- Simples. Se pensamos pra deter os monstros, vamos pensar pra sair daqui.

Depois de sair daquele local, os meninos voltam para o local das barracas e pra surpresa dos dois, souberam pelos amigos, que só ficaram fora dois minutos. Impressionados, pois descobriram que uma hora lá, é dois minutos aqui. Passado dois dias, Caio e Paulo, já muito unidos, voltam pra suas casas. A felicidade do pai e da mãe ao ouvir o filho chegar e dizer "Bênção, mãe, pai!". No jantar, o menino diz logo à mesa.

- Mãe, obrigado por aquele Livro. Adorei! Com ele eu viajei num mundo mágico e até deti monstros.

A mãe pisca ao menino, sabendo de tudo, já o pai fica olhando por todo lado sem saber direito do que o menino falou.

Obrigado, leitores, não sei se gostaram da continuação, mas escrevi de acordo com as ideias que tive. Comentem, obrigado!