LER E ESCREVER COM PRAZER, BASTA IMAGINAR!
Olá amiguinhos, vou contar para vocês a grande importância de ler e escrever; uma viagem no mundo dos sonhos e fantasias.
Ler não é somente decifrar letras, palavras e frases de um livro, mas é estar preparado. Preparado para viajar, sonhar e realizar seus mais secretos sonhos.
Escrever também é maravilhosamente encantador! Vocês não pagam nada, não necessitam de nada, somente de suas imaginações.
Peguem papel e caneta, escolham um local sossegado, deitem-se em um lugarzinho bem aconchegante e comecem a pensar, se quiserem, deitem-se numas almofadas, fechem os olhos e comecem a pensar, pensar, pensar e pensar...
Pensem em tudo o que vier à mente, todas as possibilidades, tudo o que quiserem e, depois, organizem essas ideias.
Imaginem estas suas fantásticas histórias, como será o início, chamando a atenção, deixando surpresas ao desenrolar da história, cada parágrafo, acontecimentos interessantes, despertando interesses e deixando as descobertas só para o final.
No meio, inventem problemas, dificuldades, confusões e muitos mistérios que mexam com a curiosidade de quem estiver lendo e, no tão esperado final, revelem seus mistérios, organizem as confusões e conflitos ou se preferirem, deixem para que cada leitor imagine como seria o final; triste, macabro, assustador, tenebroso, que dará vontade de rir, compadecer, chorar ou sentir tanto medo, a ponto de sair correndo.
É isso mesmo, amiguinhos, quando entramos a fundo no mundo da leitura e da escrita, nos tornamos pessoas mais conscientes e humanas, com mais sensibilidade e esperança, que acreditam na realização do que se espera, e também com uma imaginação poderosa, isso mesmo, poderosa!
Em minhas viagens, já mergulhei no Oceano Pacífico e fui até lá no fundinho, bem onde está parado para sempre o monstruoso Titanic, naufragado por causa daquela gigantesca baleia que o afundou.
Vocês devem estar pensando que não foi baleia nenhuma que levou o grande transatlântico para o fundo do mar, mas lhes afirmo que na minha imaginação foi sim e a baleia era eu.
Nadando violentamente rápido, não por instinto de destruição, mas por distração, bati também violentamente naquele casco colossal, rompendo sua estrutura e provocando o naufrágio.
Já fiquei horas em ilhas desertas, no meio do Oceano, quando queria ficar sozinho e foi uma tranqüilidade deliciosa.
Viajei pelos sete mares daquelas tartarugas gigantes, até conheci o pai do Nemo, o peixe-palhaço.
Faltando-me o ar, dei um salto tão alto que fui parar no pico da montanha mais alta. Quando olhei para mim, era uma águia corajosa, com asas enormes, bico forte, garras poderosas e olhos que perscrutavam até a menor presa lá do alto, até o chão, e que sabia o momento exato para agarrá-la.
Num piscar de olhos era um peixinho dourado, frágil e totalmente dependente de seu dono para comer, e que me sentia muito preso; nem conseguia nadar naquele aquário tão pequeno. Fugi.
Fui parar em uma gaiola suja e minúscula, era um pássaro.
Também preso, meu canto saía engasgado, como se pedisse compaixão ao meu dono para me libertar.
Saí voando o mais rápido que pude e não quis mais ser passarinho de gaiola, aliás, é muita crueldade enjaular essas criaturinhas que tanto embelezam e enriquecem a natureza. São muito mais felizes e cheias de vida quando soltas e também vivem mais.
Fiquei tão triste e sufocado numa gaiola que não quis mais. Fui parar numa floresta, agora, era uma árvore linda, cheia de folhagem, que parecia dançar ao vento, mas em pouco tempo, ouvia o barulho ensurdecedor da serra elétrica, que me cortava sem nenhum remorso.
Que revolta. Senti na pele o sofrimento da fauna e flora, da falta de compaixão e humanidade com a natureza.
Que tristeza! Não quis mais brincar de imaginar. Voltei a ser professor. Quando percebi, estava com os meus alunos em roda, sentados no chão, cada qual contando suas histórias e imaginações que surpreendiam, cada uma mais bonita que a outra.
Então, meus queridos amiguinhos, escrever não é difícil, é só pensar, imaginar, deixar encher sua “cachola” de ideias fabulosas, reorganizá-las, pensando num início, meio e fim. Apanhe um papel e caneta, vão registrando as ideias e imaginações na sequência.
Ler ainda é mais fácil, pois vocês vão viajar de carona nas histórias do autor.
Imaginem rios, beira de uma linda represa, lago tranqüilo, areia da praia, aquelas ondinhas que vêm e vão, num vai e vem de muita calmaria.
Deitados, olhando para o céu, podemos imaginar os desenhos que as nuvens vão se formando: príncipes, princesas, dragões e montanhas, cada monstro! Haja imaginação.
Voando nos ares, bem pertinho das nuvens, de puro algodão, branquinho e macio, e para ficar ainda mais gostoso, nuvens de algodão doce.
Viram como não é difícil escrever?
Não tenham medo! Soltem toda suas imaginações e escrevam tudo o que pensam. Não tenham medo de errar, ao contrário, não há problema, seu professor ajudará cada vez mais a aperfeiçoar e enriquecer seus textos.
Agora, se me dão licença, preciso ir ao pólo norte, estou fazendo aulas de sapateado com meu amiguinho Happy Feet. Ele é muito legal e divertido.
Se quiserem, podem ir para lá também, eles o receberão muito bem e, se preferirem, podem ficar hospedados em meu confortável iglu. Mas tenho que voltar logo, pois ainda vou conhecer as crateras da Lua e não posso me demorar, pois o jantar está quase pronto.
Um grande abraço a todos e até a próxima aventura.
Professor Willian Gilio