Um conto do nada

Era uma vez uma cidade que se chamava nada, não tinha nada e ninguém fazia nada.

Essa cidade tinha uma lenda bem antiga, dizia que um dia aparecia um guerreiro cheio de magia e poder que transformaria aquela cidade.

Era escura cheia de seres mágicos e fadas que só sabiam dormir e duendes que só comiam.

Poucos eram os humanos que só fumavam charutos e balançavam nas redes.

O tempo passava e de tanto fazer nada morriam, gordos e sem ninguém.

Havia uma princesa chamada Catarina Nada da Silva que queria mudar sua cidade, mas nada conseguia. Por que ela nada sabia fazer.

Em outra cidade bem distante dali aonde era habitada por apenas monstros que pareciam feitos de barro.

Tinha um jovem monstro que se chamava Severino Tudo dos Santos que fazia de tudo nessa cidade, era pedreiro, pintor, carpinteiro e assombrava algumas casas no final de semana para garantir a comida da família.

Severino já estava cansado de sua vida e queria fazer algo á mais, ele queria mudar o mundo, ser um monstro famoso, queria ser mais assustador e ficar rico por isso.

Ele saiu pelo mundo andando por varias cidades sem destino e sem trabalho, ele chegou a desistir de ser um monstro mal e pensou em tentar fazer o bem, pois assim quem sabe ganharia algum dinheiro.

Porem ele era muito feio e quando ele chegava perto de alguém, todos saiam correndo dele.

Mas num certo dia andando pela floresta viu uma cidade bem aonde tinha postes de luz e muita gente ao redor, mas tudo estava escuro, ninguém via nada, assim ele se aproximou o mais rápido possível para ver o que estava acontecendo.

Ele usava uma capa protegendo seu corpo.

Chegando à cidade a princesa pediu para ele acender as luzes.

Severino perguntou quem ela era e porque ninguém arrumava a luz, mas ela disse que lá ninguém fazia nada.

Mesmo sem vontade Severino se propôs a arrumar tudo lá, mas deixaria a luz por ultimo.

A princesa não tinha entendido porque, mas aceitou.

Severino começou a varrer a cidade, juntar os lixos, levar crianças para a escola até chegar o grande dia de arrumar as luzes da cidade.

Ele não queria arrumar a luz porque iriam ver quem ele era, mas não teve medo e foi consertar.

O povo da cidade se aglomerou na praça.

As luzes se acenderam e um garotinho puxou a capa de Severino.

As pessoas começaram a correr até que uma voz nos bem alta mandou parar de correr.

Era a princesa Catarina fazendo algo, isso já era uma mudança boa, e se analisar algo até pelo fato da população correr também era uma mudança.

A princesa pediu para a população respeitar Severino porque não devíamos julgar pela aparência, mas sim pelos que são e se não fosse ele ainda estariam sem fazer nada.

A princesa Catarina se aproximou de Severino e deu um enorme abraço.

A princesa pediu para ele viver com eles e fazer tudo.

Então o monstro Severino se transformou novamente no senhor faz tudo, mas agora ele era reconhecido e ao invés de assustar as pessoas nas horas vagas agora ele as protegia sendo o grande guardião da cidade do Nada.

Washington Luis Lanfredi Dias dos Santos
Enviado por Washington Luis Lanfredi Dias dos Santos em 29/06/2012
Reeditado em 21/09/2012
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