andanças de uma menina II
A menina era questionadora e ...
Após algum tempo, começou a perceber que as palavras e os sons, utilizados na festa, haviam sido criados, para identificar tudo que se podia ver ou tocar.
Mas... E os sentimentos? Como representa-los? Estes eram invisíveis, intocáveis e imutáveis (legado do dono da festa).
Palavras que expressassem sentimentos deveriam ser verdadeiras, e por isso mesmo: Respeitadas.
Tentou transformar em palavras o que seu coração identificava como sentimento.... Como era difícil expressar sentimentos em palavras!
Não havia como descrever a dimensão do que morava em sua alma.
Descobriu que para tal proeza era preciso ser poeta. E ela não era.
Triste e solitária prosseguiu a busca.
Encontrou participante que cuidavam para que a festa ficasse mais bonita e fosse mais bem aproveitada. Admirou-os!
Encontrou os que, desorientados, pisavam em todos e perturbavam a dança. Pobres! Perdiam uma grande oportunidade de melhorar a performance.
Deparou com os que só choravam, e não dançavam.
Perguntou:
Por que choram?
Por nossa dor. Eles responderam.
Entretanto:
Havia os que, mesmo machucados, não paravam de dançar; embora mantivessem os olhos marejados.
A menina compreendeu que alguns participantes, por não entenderem que tudo era ilusão: Desejavam mais do que a festa podia lhes oferecer, e paravam de dançar; chorando a própria dor.
Teve pena!
Retornou a procura dos que sabiam, em palavras, expressar sentimento.
Encontrou músicos, que transformavam sentimentos em notas musicais. Ficou em êxtase. Mas ela pouco entendia de musica e afastou-se.
Descobriu pintores, que demonstravam sentimentos em matizes. Atraída pelas cores: juntou-se a eles.
Mas... Ela buscava poetas. Só eles eram capazes de expressar sentimentos em palavras.
Cansada ela parou.
Olhou para o céu e vislumbrou ao longe aqueles que: no extremo da sensibilidade conseguiam, em devaneio, transformar em palavras: A dor que fingiam não sentir, mas que deveras sentem!
A menina era questionadora e ...
Após algum tempo, começou a perceber que as palavras e os sons, utilizados na festa, haviam sido criados, para identificar tudo que se podia ver ou tocar.
Mas... E os sentimentos? Como representa-los? Estes eram invisíveis, intocáveis e imutáveis (legado do dono da festa).
Palavras que expressassem sentimentos deveriam ser verdadeiras, e por isso mesmo: Respeitadas.
Tentou transformar em palavras o que seu coração identificava como sentimento.... Como era difícil expressar sentimentos em palavras!
Não havia como descrever a dimensão do que morava em sua alma.
Descobriu que para tal proeza era preciso ser poeta. E ela não era.
Triste e solitária prosseguiu a busca.
Encontrou participante que cuidavam para que a festa ficasse mais bonita e fosse mais bem aproveitada. Admirou-os!
Encontrou os que, desorientados, pisavam em todos e perturbavam a dança. Pobres! Perdiam uma grande oportunidade de melhorar a performance.
Deparou com os que só choravam, e não dançavam.
Perguntou:
Por que choram?
Por nossa dor. Eles responderam.
Entretanto:
Havia os que, mesmo machucados, não paravam de dançar; embora mantivessem os olhos marejados.
A menina compreendeu que alguns participantes, por não entenderem que tudo era ilusão: Desejavam mais do que a festa podia lhes oferecer, e paravam de dançar; chorando a própria dor.
Teve pena!
Retornou a procura dos que sabiam, em palavras, expressar sentimento.
Encontrou músicos, que transformavam sentimentos em notas musicais. Ficou em êxtase. Mas ela pouco entendia de musica e afastou-se.
Descobriu pintores, que demonstravam sentimentos em matizes. Atraída pelas cores: juntou-se a eles.
Mas... Ela buscava poetas. Só eles eram capazes de expressar sentimentos em palavras.
Cansada ela parou.
Olhou para o céu e vislumbrou ao longe aqueles que: no extremo da sensibilidade conseguiam, em devaneio, transformar em palavras: A dor que fingiam não sentir, mas que deveras sentem!