As crônicas da luz e das trevas - As guerras celestiais - Capitulo 2

Primeiro céu - Reino de Miguel

O grande castelo de gelo erguia-se sobre a montanha mais alta do primeiro céu, a entrada era protegida por fortes anjos que vestiam armaduras de bronze e em suas cinturas descansavam espadas em suas respectivas bainhas, Lúcifer se aproximou dos guardas e sorriu veio acompanhado de seu general Satã que ficou do lado de fora observando seu orgulhoso mestre se afastar, Lúcifer adentrou no grande salão e observou que fora o ultimo achegar, o salão tinha um teto de gelo transparente por onde entrava o brilho do sol que refletia nas paredes e no piso de mármore branco deixando o ambiente com uma claridade natural que ofuscava os olhos de quem entrasse, no centro da sala ao redor da mesa de ouro aguardavam os outros quatro arcanjos, Miguel, Gabriel, Uriel e Rafael.

- Sempre pontual - zombou Miguel.

- Desculpe-me pela demora, mas tinha alguns assuntos a resolver antes de poder me reunir a meus adoráveis irmãos - desculpou-se Lúcifer.

-Podemos começar? - perguntou o impaciente Uriel.

- Irmãos, convidei vocês a virem aqui hoje para conversarmos sobre o destino de nossos irmãos mais novos que habitam o planeta preferido de nosso pai. - começou Miguel.

- Já que tocou no assunto, como esta nosso pai Miguel? - Questionou Gabriel

- Ainda descansando irmão, como estava dizendo, apos a morte brutal de Abel pelas mãos de seus irmão Caim, os humanos começaram a cair em desgraça e estao se tornando seres cruéis, temos que fazer algo para impedir, que os demônios de Erebos corrompam ainda mais a humanidade.

- Mas como podemos deter o inevitável? Os humanos agora estão se perdendo por si mesmo. - indagou Lúcifer.

- Os anjos que o pai deixou para protegê-los não podem se envolver no livre-arbítrio, assim como os demônios também não, mas os anjos são mais limitados, só podem aconselhá-los enquanto os demônios usam artifícios que faria ate mesmo um arcanjo sucumbir aos seus desejos. - Defendeu Uriel.

- Acho que deveríamos castiga-los para lembra-los há quem devem algo. - sugeriu Lúcifer.

- Já fizemos isso com o diluvio, a destruição de Sodoma e com as pragas do Egito, não temos o direito de fazer isso novamente já fomos cruéis demais com nossos irmãos.

- Então o que sugere? – Questionou Lúcifer tentando disfarçar sua irritação.

- Eu irei a terra, para avaliar e julgarei se os humanos ainda tem chance de serem salvos ou se já estão completamente corrompidos. - Disse Gabriel

Todos concordaram com Gabriel, que deixou o castelo de gelo e se dirigiu ao castelo de fogo no segundo céu para fazer os preparativos para a viagem. Levou dois dias para que ele estivesse preparado para sua empreitada. Chegando a terra ficou realmente maravilhado com a criação de seu pai. Tudo era tão perfeito, as arvores os pássaros os rios e os humanos, realmente o pai os fizera a sua imagem e semelhança, claro que os anos os deixaram com algumas características diferentes, mas ainda da para ver o pai em cada rosto.

Durante sua jornada presenciou coisas que só havia visto durante a guerra primeva, a guerra do bigbang, viu que o homem quando engando por demônios e capaz de fazer coisas horríveis, mas também viu coisas lindas que jamais conseguirá explicar para seus irmãos. Certo dia decidiu ir ate a cidade de Nazaré como parte de sua campanha, chegou à noite procurou um lugar onde pudesse ficar achou uma taverna aberta pediu um quarto e descansou não que precisasse descansar, mas não estava acostumado com seu avatar. No dia seguinte saiu e começou sua pesquisa tentando observar atentamente cada pessoa que passava por ele, com seu poder de ler a mente e o coração das pessoas sua tarefa parecia simples ate o momento que passou por ele uma mulher que lhe chamou atenção, percebeu que sua mente e seu coração eram tão puros, só de ler os pensamentos dela era como se não houvesse maldade alguma no mundo, como se o trabalhado dos demônios houvesse falhado, decidiu se aproximar para conhecê-la melhor.

-Bom dia - tentou Gabriel.

- Bom dia - respondeu a bela jovem que carregava um cesto com roupas limpas.

- Sou novo na cidade e acho que estou perdido, você poderia me ajudar?

- E por que ajudaria um estranho?

- Desculpe a indelicadeza, me chamo Miguel e venho das terras de Canaã.

- Prazer, Maria.

(CONTINUA)

Adilson Roldão
Enviado por Adilson Roldão em 11/02/2013
Código do texto: T4135156
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