As crônicas da Luz e das Trevas – As Guerras Celestiais - Capitulo 5

Com a adrenalina ainda fuzilando a mente de Carlinhos que quase não conseguiu dormir a noite e as poucas vezes em que conseguiu adormecer ouvia a voz do cão em sua mente dizendo:

- Matamos sua mãe agora chegou sua vez.

Por que sua mãe foi morta afinal era uma ex-freira, uma pessoa boa, nunca fizera mal nem a uma mosca e por que ele tinha que morrer, o que estava acontecendo, por que isso tudo estava acontecendo, pensava Carlinhos enquanto Caminhava.

- Como você está inteiro, vi o cão te atacar e você voar em meio ao matagal? – Perguntou Carlinhos a Zé.

- Como vou saber, quando o cão me acertou senti minha pele rasgando, o sangue escorrendo, mas quando acordei estava inteiro de novo, não sei como explicar.

- E de onde surgiu esse Pedro?

- Quando acordei, ele também já estava lá. Carlinhos desculpe ter colocado você e seus amigos nesta furada.

- Zé, estamos vivos não estamos então acho que alguém lá em cima gosta muito da gente e acha que o que estamos fazendo é o correto a ser feito.

- Obrigado.

Carlinhos ainda com a mente atordoada se vira e olha o grupo que esta caminhando atrás dele e acabou ficando mais atordoado ainda o que viu o deixou intrigado, viu um garoto de aproximadamente 15 anos, vestindo uma camiseta regata, bermudas e sandálias, conversando com três velhos como se já os conhecesse a muito tempo e os velhos riam felizes, mas o que achou mais estranho foi o que o garoto carregava no pescoço, um cordão com algo que parecia ser um cristal, do cristal saia uma leve luz azul como se tivesse luminescência própria, Carlinhos ficou fascinado pois algo com aquela beleza deveria valer alguma coisa então Carlinhos se aproximou do grupo para ver se descobria algo sobre o garoto e a noite estranha que tivera.

- Então seu nome é Pedro? Você mora em Santa Maria? – Perguntou Carlinhos.

- Sim moro, ou melhor, morava em Santa Maria, afinal agora faço parte do grupo não é?

- Você sabe o que aconteceu depois que apaguei ontem a noite?

- Carlinhos meu irmão, quando chegar a hora tudo será revelado e você saberá exatamente o que aconteceu e o que acontecerá.

- Por que ninguém me da uma resposta, só falam que depois, depois e depois não aguento mais quero saber por que minha mãe morreu, quero saber por que estamos sendo perseguidos por cães assassinos, as coisas não se encaixam.

- Carlinhos tudo a seu tempo, agora se acalme e vamos continuar a peregrinação. – Disse Zacarias colocando a mão em seu ombro e olhando firme em seus olhos.

Carlinhos sentiu como se aqueles olhos grandes tivesse scaneando sua alma, mas Carlinhos se acalmou balançou a cabeça para se livrar da sensação que claro não podia estar acontecendo e alcançou Zé que estava alguns passos a sua frente, mas Carlinhos ainda pensava no por que de tudo isso quando chegara a outra cidadezinha do interior onde passariam a noite, Santiago, ao entrarem em Santiago Carlinhos sentiu algo estranho como se tivesse atravessado um fino tecido, mas achou que estava começando a ficar paranoico e esqueceu.

Aquela noite todos dormiram nos bancos da Praça Moisés Viana o que Carlinhos sentiu quando entrou na cidade, foi uma camada de proteção que protegia a cidade e ele agora dormia próximo ao marco da proteção o monumento a Nossa Senhora da Conceição fora construído por anjos logo que a cidade foi fundada, para que protegesse seus filhos das forças de Erebos. Carlinhos dormiu como não fazia há muito tempo, uma noite sem sonhos ruins sem pensamentos ruins apenas uma noite tranquila.

Quando acordaram seguiram caminho de volta na estrada, quando estavam nos limites da cidade os três velhos convidaram os jovens a assistir à missa em uma pequena capela a beira da estrada de chão batido que haviam tomado por atalho. Após a missa ter acabado eles foram chamados por um dos coroinhas que veio avisá-los que o padre queria ter uma palavrinha com os visitantes, todos esperaram até que o coroinha os levou por uma escada que ficava atrás do altar desceram ao que parecia ser um porão, mas ao invés de caixas e entulhos tudo estava impecavelmente arrumado ali era a casa onde o velho padre resolvera viver seus dias servindo ao senhor que ele tanto amava, quando chegaram viram o senhor sentado a mesa olhando curioso os visitantes que se aproximavam.

- Bem vindos a esta humilde casa, como diz a bíblia, não sou digno de que entreis em minha morada. – Falou o padre com um leve sorriso nos lábios.

- Mas diga uma palavra e será salvo. – Rebateu Moisés.

- Bem vindos e quanto a quanto tempo.

- Vocês se conhecem? – Perguntou Carlinhos.

- Sim há muito tempo atrás servimos no mesmo batalhão. – Respondeu Zacarias.

- E ainda se lembram disso? – Todos riram da sinceridade de Zé.

- Crianças vocês podem acompanhar o Marcos e brincar um pouco la fora preciso conversar com estes três velho amigos. – Pediu o padre.

O grupo saiu a contragosto, mas foram aproveitar o pouco tempo que tinham antes de seguirem viagem.

- Então essas crianças são quem penso que são?

- Sim Emannuel , são eles mesmos. – respondeu Adão.

- Mas pelo visto eles não fazem idéia de quem são ou do que os espera. – concluiu o padre Emannuel, enquanto observava as crianças brincando com o cão de Marcos.

- O único que já acordou foi o mais novo Pedro.

- Entendo, e vocês sentiram que Marcos é o ultimo que faltava para completar o time, não é?

- Sim antes mesmo de chegarmos a igreja sentimos a presença dele.

- Então sabem o que tem que fazer, levem ele junto e façam o mesmo que estão fazendo com os demais. E saibam que terão um longo caminho pela frente. Agora vão e façam o que tem de ser feito e que Deus esteja sempre no coração de vocês.

- Sempre está e agora mais presente que nunca.

<continua>

Adilson Roldão
Enviado por Adilson Roldão em 28/02/2013
Código do texto: T4165023
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