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(RECRIANDO MARTE 01)

 
     Os quinze dias seguintes, foram de intensa busca promovidas pelos poetas que queriam decifrar todas as crateras e reentrância da área protegida. Já havia casas espalhadas em todos os recantos da grande gleba, no entanto sem estarem habitado, o comando não permitiu por razões de segurança até que as águas começassem a correr no leito escavado e programado pelo departamento de engenharia e o comando do incansável Paulo Jeser que além de estar acompanhando e orientando o desenvolvimento das instalações para a grande gleba, estava também desenvolvendo a esfera termo atômica que iria ser colocada no interior do planeta seguindo à caverna encontrada pelos poetas no primeiro dia de exploração da grande gleba, Brasil Dois. A caverna já tinha sido explorada em toda sua extensão e estava apenas a mil e duzentos quilômetros do centro do planeta, as grandes perfuratrizes já tinham aberto grande parte desta distância e a cada dia avançava mais, os cálculos davam como mais seis dias de perfuração para alcançarem o gelo novamente e que ocupava uma área medida pelos raios ultrassônicos disparados de vários pontos do planeta, como sendo de duzentos quilômetros de raio.

     O comandante convidou a todos para assistirem ao vivo cavalgando suas motos ou quem o optasse dentro das naves RP que estariam monitorando o evento em voos acompanhando o deslocamento da água assim que a grande represa estivesse cheia e transbordasse liberando grande volume de água que formaria o grande rio já denominado de Amazonas de Marte. No dia seguinte quando os poetas e quase todos os tripulantes estavam a postos em volta da grande área da represa de cinquenta quilômetros de raio e uma profundidade de cento e cinquenta metros onde havia sido instalado o novo campo de força solidificado e inspecionado catalogando cada centímetro cúbico do local, seria algo permanente, mesmo depois que a cúpula fosse desfeita, isto, quando o planeta estivesse com as condições de desenvolvimento geral.

     A grande receptora de água estava pairando sobre o centro da represa e mostrada nos painéis dos veículos usados no evento, à água viria da grande caverna que era alvo da exploração para o centro do planeta. A nave que exportaria as moléculas de oxigênio e hidrogênio já estava a postos e ao comando do General Antonio começou a enviar o material para a receptora. No mesmo instante a água começou a jorrar dentro da represa com fundo de aço solidificado e de cor muito clara, isto daria uma transparência fantástica e quem olhasse de longe nem perceberia que ali existia água. Em pontos estratégicos o fundo tinha outras tonalidades exatamente para que a superfície fosse mais escura e apropriada para todos os tipos de peixes que seriam criados ali. Esta era a primeira tarefa depois das águas se acalmarem, povoar o mar doce de peixes e animais aquáticos que fariam a própria cadeia alimentar.

     Ouviu-se a voz do engenheiro Paulo explicando que a água jorraria por vários dias mesmo depois de encher o reservatório e o leito do grande rio, isto porque haveria a evaporação natural e grandes tempestades se formariam, até que tudo se normalizasse ninguém poderia residir nas moradias externas, o calculo seria de no mínimo dez dias para terem uma ideia do comportamento do ciclo de evaporação e retorno ao solo. Os cálculos previram uma grande sucção da água pelo solo ressecado e sedento, por isto talvez depois de um tempo desligadas, as teletransportadoras moleculares fossem religadas até completar a quantidade correta de água para o bom funcionamento do sistema.

     Foi uma festa para os poetas brincando sobre as águas vestidos com roupas especiais e pilotando suas motos voadoras enquanto acompanhavam a formação dos rios que tinha o leito seguindo em forma elíptica com largura de duzentos metros e percorrendo todos os mil quilômetros afunilando para uma distância de três quilômetros e fazendo novamente o percurso passando por grandes ravinas abertas com as máquinas poderosas que funcionavam com raios retirando solo de um local e depositando em outro no mesmo sistema do transporte molecular.

     Para os poetas tudo estava se transformando em um poema gigantesco cheio de beleza e expectativa, onde o romantismo aflorava com a visão do que seria criado em matas e campos floridos enfeitando aquele lugar, seria mais do que um sonho para eles e estariam escrevendo para sempre seus nomes nas páginas dos grandes feitos da humanidade.

 
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 10/04/2013
Reeditado em 10/04/2013
Código do texto: T4234270
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