Dadidum e o diabo.

Dadidum,o moço, na eguinha baia, descendo a ladeira do córrego. A água barrenta, do fim das águas, Dadidum, desce da eguinha na raserinha do córrego para lavá-la. Joga a água na eguinha com as mãos, esfrega o pelo com sabão-de-coada. De repente Dadidum pisa num mandim-branco.O ferrãozinho fura-lhe o solado do pé. Dadidum se mija todo, sai pulando d'água que nem saci, chorando e gritando aqueles nomes feios e sujos. Chamando a desgraça. Quando puxou o peixinho, saiu um tiquinho de carne agarrado no ferrão. Ele chora e xinga de novo. Quando ele para e dá de si, ele olha no barranco, do outro lado do córrego e vê um sujeito pretinho, de olhos bem vermelhos sorrindo para ele, chamando com as mãos, sem nada dizer. A eguinha sarapantou e soverteu no mundo, Dadidum não conseguia se mexer, queria abaixar as vistas, mas tinha medo do diabinho roubar-lhe a alma. Começou a puxar um 'creio-em-Deus-pai' e nada do capetinha ir embora, puxou um 'Pai-nosso' e conseguiu fechar os olhos. Quando abriu, o coisinha ruim tinha ido embora,mas, Dadidum tinha se borrado todo...

Geraldo Rodrix
Enviado por Geraldo Rodrix em 14/07/2013
Reeditado em 09/08/2023
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