ASAS DA IMAGINAÇÃO

ASAS DA IMAGINAÇÃO

O ferroviário Zelu, questionado por um garoto de grande vivacidade apelidado de Juquinha, freqüentador da roda de amiguinhos que se postavam em seu redor para ouvir suas lendas da carochinha, questionou do porquê ele saber contar tantas histórias?

Permita-me reproduzir mais uma sua história, contudo, fugindo do seu linguajar peculiar.

O bondoso Zelu, sentado sob um velho banco de madeira, que condicionou à sua altura de idoso, olhou para o céu bordado de estrelas naquela noite e ficou quedando em direção à Constelação Cruzeira do Sul, de olhos fitos por longos cinco minutos. Depois os fechou como se estivesse cochilando. O Juquinha sorrindo, comentou com os colegas: Parece que ele pegou no sono!

- O Zelu voltou-se para a criançada e disse: Eu não estava dormindo. Estava simplesmente colocando as Asas da Imaginação para percorrer o firmamento em busca de uma resposta. Todos podem contar historias desde que ponham as Asas da Imaginação para alcançá-las. Com o dedo apontador em riste em direção ao céu, disse, fazendo graça, este dedo além de vocês se servirem dele para “tirar catotas”, serve para muitas outras coisas; virou-o em direção ao firmamento e disse-lhes: Observem aquele conjunto de estrelas de 5 estrelas formando uma cruz semelhante àquela em frente a igreja Matriz; que vocês brincam em redor dela e conhecem como Cruzeiro! O seu nome foi uma homenagem às estrelas postas ali por Deus para marcar o local no continente chamado Cruzeiro do Sul, berço escolhido por sua Mãe Deusa, para Ele nascer. Não existe no mundo conformação total e igual de estrelas formando uma cruz.

- Então o Juquinha novamente indagou: E onde Deus nasceu?

- Respondeu-lhe inicialmente Zelu com o verso:

Um poeta declamou ufano,

Deus cidadão brasileiro,

Escolheu o país continente,

Com matas de pau-brasil,

E com a marca do Cruzeiro.

O Brasil é um território livre

De cataclismos naturais,

Tem grandes rios e matas,

Espécies de diversidade mil,

Costa ornada de belas praias,

Como protegida por murais.

E depois continuou, indagando: Onde existe a nação mais bela do mundo? A que tem os mais caudalosos rios e as florestas mais densas? Vocês sabem que região amazônica, que originou o nome do estado Amazonas, é considerada o coração do mundo? Na sua floresta existe uma diversidade imensa de espécies de aves e animais. Onde existem as mais belas e canoras aves? As borboletas mais maravilhosas que a natureza produz? Onde a água do oceano tem o azul do Céu e é tão morna como o amor do coração de Deus? Naquele momento, um colibri esvoaçou sobre o jardim e ele chamou a atenção para os garotos. O beija-flor que vocês vêm, é uma ave exclusiva do continente sul-americano. A professora de vocês já deve ter lhes recitado o verso Canção do Exílio do poeta Gonçalves Dias, onde ele exalta seu torrão natal:

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossas flores têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Falando de beija-flor, aquela pequenina ave que vocês vêm, seu nome é realmente Colibri. Foi chamada de beija-flor porque vive beijando as flores dos jardins colhendo dos seus néctares, o pólen para ele cumprir a missão de Distribuidor de Pólen. Embora o poeta Gonçalves Dias estivesse com saudade do seu próprio torrão natal, quem sabe se não foi Deus que o ensinou a poetar? Quem sabe se não foi Deus que gerou no povo brasileiro desfrutar o viver, seja na alegria ou na tristeza? Quem sabe se não foi Deus que condicionou ao brasileiro o sentimento de Saudade, quando Ele teve que voltar para o lar de sua Mãe Deusa? Prometo a vocês, na próxima semana contar mais histórias sobre as estrelas. Para despertar a imaginação da garotada disse-lhes: A vida ou destino de vocês, é dirigido por uma estrela. É bom procurarem localizar as suas! Boa Noite e bons sonhos!

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Desde dos primórdios da humanidade,

Homens e mulheres entoam entre si, suas paixões.

Amam e odeiam por pensamento, palavras e obras,

Mas o amor de Deus não penetrou nos seus corações.

ATT. Amigos leitores, saúde e paz

Para o escritor ou poeta amador, a crítica construtiva é como o professor de literatura. Por favor, não me negue um sintético comentário sobre esta e outras peças. Retribuirei na mesma moeda. Ação gera Reação. Gto.

Iran Di Valencia
Enviado por Iran Di Valencia em 25/04/2007
Código do texto: T463999