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As vozes incessantes deixavam a cabeça de Lucia fora de controle, tudo parecia estranho e diferente, as cores mudavam constantemente e seu senso de direção se perdia a cada metro percorrido, a queda era iminente.

– cuidado menina. - Uma voz grossa lhe chamava a atenção, lançando um susto sem esperar

– quem é, responde e não estou pra brincadeiras hoje. – a voz se manteve no silencio.

- já disse, diga logo QUEM É?
- vim te ajudar. Dizia uma voz melódica.
– eu não preciso de ajuda.
– estou vendo mal consegues ficar em pé, e não precisa de minha ajuda? – questionava a voz.
– nunca precisei de ajuda de ninguém.

- Lucia viveu todo sua vida na rua, sem rumo sem direção, sempre a espera do dia seguinte, vivendo com o seu fardo, sempre deseja que a dor passa-se logo, lutando ate perder as forças e desfalecer sem saber o mal que a acompanhava

- não vai ser hoje que vou aceitar - enquanto procurava com os olhos da onde a voz vinha, uma luz esverdeada começava a surgir do chão que formava uma passagem, um portal, que acabava de surgir e a luz tomava a forma de uma senhora com vestimentas rasgadas e encardidas, acompanhado de um cajado negro, corvos saiam de sua aura escura formado uma ambiente soturno.

– apareça Kalisto, ela e minha. - dizia a senhora que acaba de sair do portal esverdeado olhando em volta de si.

– Lucia vá, fuja vá embora. - dia a voz que ate o momento se matinha em um tom sereno

– sem saber o que fazer e com a cabeça em dores fortíssimas ali lucia ficou e continuou desnorteada. - não deixarei que faça mal a esta criança. – dizia a voz misteriosa que agora era chamada de Kalisto pela senhora e que tomava forma de um jovem rapaz.

- você sabe, ela e minha por direto kalisto. - dizia a senhora
- Ela não tem culpas pelos erros que não cometeu. retrucava kalisto em um to agressivo

- a lei e clara portador, dizia a velha ao jovem rapaz.
- portador, a muito não me chamavam pro esse titulo.
- se sou o portador como deve saber devo assegura a existência de meu sucessor correto?. - indagava o rapaz. – o olhar de espanto tomava conta da senhora.

- impossível, a chave só pode servir a um – berrava a senhora aos quatro cantos. - ela não faz parte da tua escolha, ela não faz parte de nenhum meio que existe, ela e uma lei de equilíbrio quer por direto dessa vez faz parte de minhas vontades, assim e dito no decreto - insistia a senhora.

- eu destruir toda a ordem, eu desfiz o concilio das leis que já não mais regem esse mundo e como portador eu posso fazer o que eu quiser.

– impossível, a lei e eterna, dizia a senhora. – mas os que fazem cumprir a lei não existem mais. - Retrucava o rapaz.

– se assim pagara por tal ato injusto, desfazer a lei que rege nossa esfera. – alavras em um dialeto esquecido saiam da boca de Senhora, um vortex vermelho começava a surgir do céu, uma forma começava a se manifestar, tinha azas, e caudas, era grande e vermelho, seus chifres lhe devam um ar de poder, suas garras aparentavam corta o mais denso metal.

– e agora portador, isso e o bastante para me passar tal bem?.
– olhos claros do portador começavam a mudar, de um tom claro para o escuro absoluto e aonde deveria existir o branco dos olhos o escuro tambem havia tomado, uma voz gutural arrancava a melodia de sua voz

– Ouça bruxa, eu sou aquele que guarda os segredos do infinito, eu sou aquele que mantém o destino, eu sou o portador. - em um piscar de olhos a lamina da espada do rapz rasgava a carne da fera vermelha que urrava de dor, a lamina de cor prata e brilhante agora tinha um tom vermelho rubro.

– Essa e sua vantagem velha bruxa, e desse ser que tentara tirar a inocente?. – retrucava com ar confiante o portador.

– tolo, da sua ignorância fiz minha vitoria. – dizia senhora, com um ar superior. – confuso o portador tentava entender o motivo de tal confiança.

– olhe, veja as gotas do sangue derramado. - O olhar do portado era de surpresa ao ver varias feras idênticas estavam se formando das duzias de gotas que fora derramado pela sua espada. Um exercito de infinitas bestas tomavam a visão do portador.

– Bruxa maldita, esse teu ato será condenado com o teu fim.
– portador, nada supera o poder ancião finalmente tua hora chegou e o equilíbrio será meu.

– sem hesitar o exercito das feras vermelhas cruzavam o campo em direção do portador.

– droga se esse for meu fim que seja pela gloria dos dias. O portado começa a conjurar a força dos grandes círculos e seu corpo começava a mudar pra uma forma mais agressiva. - que assim seja que assim se faça, um turbilhão de pequenas esferas começava a surgi de todas as direções que rapidamente tomava conta do ambiente – as feras em dúzia soltavam baforadas de fogo em direção do portador, um ataque massivo e critico, mas o portador as esquivava-se com maestria, as feras rubras cada vez mais aumentavam sua força de destruição e assim o portador não tinha mais aonde ir pois o fogo tomava conta, mesmo com sua proteção o fogo começava a se torna insuportável cercado o portado suava e as gotas de sua evaporavam antes mesmo de tocar o solo, o fim era previsto.

Eis que os olhos de Lucia brilhavam, e um grito de sua voz, ecoava. – PAREM!!! – tudo se congelou em um instante, o portador estava coberto pelas chamas e as feras gloriosas em sua destruição.

– seu poder não me afeta criança, eu sou mais antiga do que o teu estigma. - somente a senhora estava se movendo, o fogo estava estatico no ar via-se varias labaredas preste a incinerar o portador. lucia sentia uma angustia nitida ao ver o pobre rapaz preste a deixar de exisistir.

-venha comigo, que a vida dele estará à salva, já que você se importa com ele, mas se você não vier o fogo das minhas feras o consumirão e a você também.

- Pensativa Lucia não sabia o que fazer o que era aquelas pessoas, e o que eram, o que queria com ela, pensava consigo.

- Tudo bem, mas nada deve acontecer a ele.
- Esse e seu desejo?. indagava a senhora. - Que seja feito.

Uma luz negra e intensa tomava conta de todo o ambiente, e quando a luz se foi somente o portador ali estava. Muito ferido, mas ainda com a vida em seus olhos, não entedia o fato de estar vivo, afinal havia sido atingindo pelo fogo das feras.