Vilarejo

Eram casas localizadas num local esquecido por tudo e por todos. Havia uma única rua, no meio de duas fileiras de casas antigas e feitas de madeira. O leiteiro não deixava mais leite lá, por se tratar de uma cidade distante. Não havia delegacia, muito menos assaltantes. Nem mesmo o correio deixava cartas nas casas, pois ninguém escrevia para aquele vilarejo. Era uma cidade deserta, tanto que não havia mais moradores. No entanto, viajantes que por lá passavam, de dia, percebiam um movimento estranho no lugar. Algo que era impossível de descrever. Um rumor de atividade incessante, varrer de vassouras, cascos de cavalos, barulho de água sendo jogada na rua ou sendo tirada de poços. Muitos se assustavam, e constataram ser aquela uma cidade fantasma. Não se atreviam a passar por ali. Os que o faziam sempre chegavam contando casos absurdos. Pior acontecia com os que faziam a travessia da cidade fantasma à noite: diziam que viam luzes acesas nas casas, fumaça saindo da chaminé, e vultos que se moviam lá dentro, como se fossem famílias que se reuniam para jantar...

Bruno B Silva
Enviado por Bruno B Silva em 11/06/2007
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