Minha Primeira Rima

O vento vai, como se fosse pra algum lugar bem longe. Ele não só vai, como pensa, então passa.

O vento passa pela mulher, que correndo loucamente se joga no chão, na tentativa frustrada de pegar seus próprios passos que ficaram jogados pelo caminho.

Eles correm tão rápido, assim como aquele vento que passou. Ambos agora andam juntos, de mãos dadas, já a mulher, corre, foge, não quer mais os passos. Então foge deles como se fossem perseguí-la e condená-la por seu passado duvidoso.

Corria já mais rápida que o vento, mais rápida que os passos, corria para alcançar o futuro, e nele se afogar.

A competição ficava cada vez mais acirrada, passos, vento e passado, correndo de encontro à mulher.