Seven Devils - Os Demônios se Ajoelham

Eu me encontrava completamente confusa com os últimos acontecimentos, decidi fazer a única coisa que costumava me relaxar, e não era olhar os guerreiros treinando. Era sentar na grama do jardim, me perder nos pensamentos e nos sonhos. Comecei a imaginar como Freya estaria se virando em Midgard. Ela que sempre teve tudo nas mãos teria de servir alguém, afinal lá não seria tratada como nos outros reinos. Pois Midgard é um lugar estranho, é diferente dos outros. Lá eles são tolos o suficiente para pensar que nós não existimos.

-Cristie, o que ainda está fazendo aqui? - Disse Loki, sentando ao meu lado.

-Eu estou tentando relaxar e você está me atrapalhando.

-Pensei que fosse sumir na mesma noite.

-Eu não pude ir, Loki. – Olhei bem para aqueles lindos olhos azuis. –Quando fui falar com seus pais, vi a Freya saindo da sala do trono chorando. Ela precisa de mim.

-Como ela está?

-Nada bem, mas melhorando.

-Ela te contou sobre a conversa?

-Não, por mais que tenha insistido.

-Ninguém me contou também. Então, ainda vai ficar por um tempo?!

-Vou, mas não me olhe assim.

-Assim como? - Ele fala sorrindo, com minha falta de resposta ele continua. – Venha encontrar-se comigo aqui no jardim hoje à noite.

-Não.

-Por que não?

-Pra que? Em alguns dias eu vou pra Midgard e nunca mais nos veremos.

-Podemos aproveitar o seu tempo ainda aqui.

Coloquei minha mão no rosto dele.

-Prefiro não arrumar mais um motivo para continuar em Asgard.

Encaminhei-me ao quarto de Freya, o deixando ali na grama. Não precisava de um romance nesse ponto da minha vida. Apesar de ter uma pequena queda por ele, como devem ter notado. Deitei-me na cama e comecei a pensar sobre a noite anterior. As duas versões dela. Então ouvi uma voz, não era a mesma das outras vezes.

-Deveria ter aceitado se encontrar com ele, minha criança.

-Quem está aí?

Levantei, percorri todo o quarto, abri as cortinas e nada. Não havia ninguém. Isso já estava me assustando. Eu estava ficando louca!

Dei alguns passos para trás, acabei me batendo na cômoda. Olhei para o lado, para minha imagem no espelho da penteadeira de Freya. Eu parecia cansada, nunca estive tão pálida. Cheguei perto para usar algum dos produtos dela, ao levantar a cabeça levo um dos maiores sustos da minha vida. Não era mais a minha imagem que estava ali, era do demônio que vi em cima da D. Silla. Alguém estava batendo na porta.

-Freya, eu preciso falar com você.

Era Loki, poderia ter previsto isso.

“Os dois sempre foram muito ligados, claro que tentaria falar com ela. Apenas esperarei ele ir embora, depois penso em algo” combinei comigo mesma.

Afastei-me da porta, chegando perto da cama ouço o som dela sendo destrancada. Viro-me rápido e vejo a chave girando sozinha. Loki a empurra.

-Cristie?! – Ele olha ao redor. – Onde está Freya?

Sentia-me tão apavorada que não disse uma palavra. Ele veio até mim, pegou nos meus braços, sacudiu-me perguntando insistentemente pela irmã.

-ELA SE FOI! – Acabei gritando sem querer. – Ela se foi, Loki.

-O que quer dizer com isso?

-Ela foi pra Midgard no meu lugar.

Loki pareceu não saber como reagir a essa informação.

-Por que você fez isso?

-Porque ela me pediu. Olha, eu realmente a vi saindo da sala do trono chorando, vim até aqui para conversar. Ela estava desesperada... Tive de ajuda-la.

-VOCÊ É LOUCA? - Ele se descontrolou.

-Não grita comigo!

Ele segurou meu cabelo na parte de trás da minha cabeça.

-Freya é só uma garota. Você a mandou para um mundo desconhecido, sozinha. Se ela morrer terá de se entender comigo!

-Solta o meu cabelo. – Ele largou uns segundos após o meu pedido. – Você está com raiva, por isso vou relevar, mas se tocar em mim dessa forma de novo, eu irei mata-lo!

-Cristie, a minha irmã não é como você. Ela não vai saber sobreviver sozinha naquele lugar.

-Loki, os humanos são estúpidos e a Freya é esperta. A única coisa que ela não tem costume e precisará fazer é trabalhar. – Falei as próximas palavras devagar, degustando cada uma das letras. – Terá de servir alguém.

-Você parece gostar disso.

-Um pouco. – Respirei fundo. -Você não tem com o que se afligir. Em alguns dias eu vou pra Midgard e tratarei de encontra-la. Só não fui junto para garantir que ela encontraria um lugar sem precisar se preocupar com Odin a perseguindo.

-Não pode me culpar por temer pela segurança de Freya.

-Não culpo. E, por favor, mantenha-se em silêncio. Pelo bem da sua irmã. – Ele pareceu relutante. – Prefere Freya longe ou trancafiada aqui, entregue a própria dor?

-Irei ajuda-la a manter o segredo de Freya até você ir encontra-la. Quando pretende partir?

-No dia da coroação de Thor.

-Isso já é depois de amanhã.

-Eu sei.

-Tudo bem. No jantar direi que conversei com Freya e ela continua irredutível quanto a sair do quarto.

-Obrigada.

Ele saiu e tranquei o quarto. Dessa vez coloquei a chave no meu bolso, já era hora de saber o que estava acontecendo comigo.

-Seja lá quem estiver por trás dessa tentativa de me deixar maluca, pode aparecer. Não tenho mais medo. Apareça de uma vez!

-Agora está nos provando que é mesmo quem pensamos!

De repente surgiu um ser na minha frente. Ele era enorme, com chifres, garras... Ele era grotesco. Entretanto, não sentia qualquer pavor por tê-lo ali.

-O que é você?

-Eu sou apenas um dos seus servos, minha rainha!

Nesse instante começaram aparecer outros, totalizando sete.

-Os sete demônios do meu sonho!

-Somos seus seguidores, minha criança. - Disse um menor e mais rechonchudo. - Assim como éramos do seu pai e do pai dele.

-Do que está falando?

Senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto, sem saber o motivo.

-Você descobrirá tudo, em breve! Ainda não é a hora.

-Descobrir o que? Por que estão aqui?

-A verdade sobre a sua família. – Falou um magro e não muito alto. -Estamos aqui para protegê-la.

-Proteger a mim? - De repente uma raiva surgiu. – E por onde andaram todos esses anos em que a D. Silla me maltratou? RESPONDAM!

-Nós fomos trancafiados, minha criança.

-Sim, nos trancaram fora de você. – O mais alto voltou a falar. - Longe do seu coração, mas quando começou a se rebelar contra os seus opressores, isso enfraqueceu o muro que construíram ao seu redor.

-Meus opressores?! – Pensei por um segundo. – Vocês mataram a D. Silla para me proteger?

-Nós não, criança.

-Como assim? Eu vi ele em cima dela. – Cheguei perto do maior. – Era você, tenho certeza.

-Não, você apenas se viu através dos meus olhos. É um de seus poderes.

-Chamamos de poder espelho, criança.

-Pare de falar assim comigo!

-Como quiser.

-Você tomou a minha forma para poder matar aquela mulher sem chamar a atenção pra si.

-Como posso não me lembrar de nada?

O mais rechonchudo pegou em minha mão, parecia ser o mais carinhoso.

-Além de nos deixarem longe, esconderam seus poderes de você. Estão todos aí dentro em algum lugar, eles irão voltar aos poucos e vamos ajuda-la.

-Quando matou a velha, conseguiu retomar vários deles de uma vez e isso foi um choque muito forte. Por isso sua mente os apagou novamente e isso custou parte de suas lembranças daquela noite.

-Isso não faz o mínimo sentido. Por que alguém faria isso comigo?

-Logo descobrirá.

-Ok. Então, me digam o real motivo de estarem tentando me ajudar.

-Há muito tempo seu tio-avô nos ajudou, desde esse dia protegemos a sua família. Cuidamos do seu avô, seu pai e agora é a sua vez.

-Você é a nossa rainha.

-A rainha dos dez reinos! – Todos falaram ao mesmo tempo.

Uma onda de calafrios passou pelo meu corpo, descendo pela coluna. Eles foram se ajoelhando um a um. O último, o maior deles, o que fez meu coração explodir, se aproximou.

-Vamos auxiliar você para ter de volta tudo que lhe foi tirado.

Depois de proferir essas palavras, ele também se pôs de joelhos. Tive um misto de sentimentos, mas um sorriso acabou se formando em meus lábios. Pela primeira vez não era eu quem ajoelhava. Vocês não tem ideia do tamanho do prazer que senti naquele momento. Porém, não durou muito, alguém bateu na porta. Virei-me para ela e ao retornar todos eles haviam sumido. Quem batia dessa vez era Frigga, eu não respondi aos chamados.

Após tudo isso, eu estava ainda mais confusa e tendo a certeza que estava perdendo o juízo. Passei o restante do dia longe daquele quarto, iria sumir pra sempre de Asgard, decidi me despedir dos meus locais favoritos. Andei por várias partes do castelo, do jardim e da floresta. Perto da hora do jantar fui até a cozinha preparar algo para levar até o aposento de Freya. No caminho encontrei o Loki.

-Cristie, precisamos mudar os planos.

-Por que?

-No almoço meu pai estava furioso com o comportamento de Freya. Ele quer todos nós na coroação de Thor, então vai fazer algo a respeito hoje.

-Essa não! Ok. Eu vou ajeitar minhas coisas e saio assim que anoitecer.

E assim estava decidido, porém na hora de ir, encontrei alguém no meu caminho.

-O que faz aqui Loki?

-Não achou mesmo que a deixaria ir sozinha por esse caminho tão escuro, não é?!

-Eu sei me cuidar.

-Ainda assim é melhor eu acompanha-la. Vai que tem algum gigante de gelo no caminho.

Eu sorri e dei uma tapinha no braço dele.

-Para com isso, Loki. Você sabe muito bem que tenho medo deles.

-Então, vamos? - Ele me ofereceu o braço.

-Eu nunca dispensaria a companhia de um guerreiro, ainda mais podendo ter um desses monstros gelados no caminho.

Quando estávamos quase chegando ao local que levei a Freya, Loki me fez parar.

-O que houve?

-Não posso deixar você ir sem antes fazer uma coisa.

-O que?

Ele se aproximou devagar olhando bem nos meus olhos, confesso que isso me deixou um pouco nervosa, então colocou suas mãos no meu rosto, inclinou-se e me deu o melhor beijo da minha vida. Paramos, ficamos nos encarando por um tempo. Não conseguíamos nos mover... Outro beijo. Estava tudo tão perfeito, porém vocês sabem como é minha vida, alguma coisa sempre dá errado. Pois bem, abri os olhos e tinha vários soldados ao nosso redor e Thor estava junto deles.

-Odin quer falar com vocês. –Disse Thor, já me puxando pelo braço.

Loki tentou me segurar, mas um dos guardas o impediu por ordem de Thor. Chamei pelo Deus da trapaça algumas vezes, ele sempre dizia para não me preocupar ou temer nada. Eu estava com tanto medo, não só por mim, mas por ele e até por Freya. O Pai de todos poderia me torturar se quisesse, mas nunca entregaria minha amiga. Só não queria que me matasse. Antes não me importaria, mas agora... Agora quero me manter viva para estar nos braços do Loki mais uma vez.

Na sala do trono dava para vê como Odin estava furioso, Frigga estava ao lado dele. Parecia tentar contê-lo, sem muito sucesso.

-O que iam fazer? Fugir juntos?

-Não, eu ia fugir. Loki apenas me acompanhou em parte do caminho para se despedir.

O pai de todos desceu de seu trono e veio perto de mim.

-Então, você o enfeitiçou.

-Eu não sou uma bruxa. Porém, nós nos gostamos sim e há pouco percebi que é assim desde sempre.

-O que fez com Freya?

-Por que? Ela não está no quarto?!

-Não brinque comigo, menina.

-Odin, se acalme. – Disse Frigga.

-Eu a ajudei a fugir, pai de todos, e você não desconfiou nem por um segundo. – Eu sorri, ele me pegou pelo braço.

-Pai... – Loki tentou intervir.

-E quanto a você. – Virou-se para o Loki, largando meu braço. – Juntou-se a ela.

-Espera! Ele só soube hoje e assim como eu só quer o bem de Freya.

-Mandando ela pra longe? - Frigga pronunciou-se. – A deixando sair sozinha, desprotegida.

-Sua filha é mais esperta do que pensa.

-Onde ela está? - Odin ficava cada vez mais perto de mim.

-Em outro reino. Bem longe daqui. Olha, não sei o que falaram pra ela, mas nunca a vi tão desapontada e triste. Além do fato de quererem casá-la com alguém que não ama. Quando conversamos ela demonstrou toda sua frustração e vontade de ir pra longe. De nunca mais voltar. Eu a entendi, porque sei bem como é ser decepcionada por todos. – Olhei pro Loki. – Quase todos.

-Minha filha pode estar morta agora.

-Ela não está.

-Como pode ter certeza?

-Se você não tem, então é um pai pior do que imaginei. -Odin me deu uma tapa, Loki tentou vir até mim, mas Frigga não deixou. Limpei o sangue da minha boca com a mão e o provei, não sei bem o motivo, contudo adorei a cara deles ao me verem fazer isso. – Meu sabor é melhor do que o da D. Silla.

-Foi você quem a matou!? - Falou Thor.

-É claro, seu idiota. – Comecei a gargalhar com as reais lembranças da noite surgindo na minha mente.

-É assim que nos agradece?!

-Agradecer?! Oh Odin! Desculpe. Sou muito mal educada. Obrigada por não ter ninguém ao meu lado quando tinha algum pesadelo, Obrigada por ter me deixado limpar suas botas, Obrigada por ter permitido que arrumasse sua cama, Obrigada pelas várias e várias vezes em que a D. Silla me humilhou, bateu e ameaçou. Como sou agradecida, vocês não fazem ideia.

-Nós a protegemos, garota estúpida. Demos abrigo pra sua mãe e você a pedido do seu pai. Mesmo depois de tudo...

-Odin não! – Repreendeu Frigga.

-Tudo o que? Continua, pai de todos.

-Nós prometemos. – Frigga o lembrou.

-Está mais que na hora dela saber a verdade. Quem sabe assim deixa de ser tão ingrata.

-É Frigga. Quem sabe assim eu agradeça.

-Seu pai, menina, foi meu amigo. Ele era o rei dos dez reinos. Essa história não é uma lenda, nós a fizemos parecer assim com o passar dos anos. Uma doença afligiu sua família, sempre os mais poderosos. Seu tio-avô era um aventureiro e quando voltou ao castelo a possuía, então ela passou para o seu avô e depois para seu pai. A doença era uma maldição, sete demônios tomavam de conta da mente e do coração deles. Os manipulando para sempre quererem mais e mais poder. Deixaram os povos com cada vez mais impostos, as pessoas passavam fome, então meu pai decidiu por um fim nisso. Houve uma guerra gigantesca, meu pai morreu nessa guerra e ela continuou comigo. Foi quando em um momento de sanidade o rei Born me entregou a mulher grávida, com a promessa de protegê-las e manter a filha longe dessa maldição.

-E ele usou todo o poder que possuía para explodir o reino. E assim não conheci meu pai.

-Você tinha seis anos quando vimos os primeiros sinais da ganância e manipulação. A levamos para uma curandeira, ela lançou um feitiço para os tais demônios serem mantidos longe e seus poderes ficarem escondidos deles.

-Eu era apenas uma criança, não eram sinais de ganância e manipulação, seus imbecis!

-Veja como fala... – Começou Thor.

-Ah cala a boca! – Passei a andar pela sala. - As lembranças estão voltando, o feitiço da curandeira vem se desfazendo recentemente. Lembro-me do dia que me levaram lá. Eu estava com tanto medo. – Parei olhando para os dois, lágrimas começaram a descer. – D. Silla me contou uma mentira sobre meus pais terem me abandonado e achei que fossem fazer o mesmo. Passei todo o caminho me perguntando o porquê de ninguém me querer.

-Oh Cristie! Nós nunca a abandonaríamos. – Comentou a mãe de todos.

-Vocês fizeram pior. Aquela mulher mexeu com minha cabeça. Acham que foi indolor?! Doeu por meses. E não podia reclamar. Era melhor aguentar a dor do que o castigo da D. Silla. Até que um dia eu simplesmente esqueci. A dor... A mulher... Tudo.

-E agora se vingou mandando minha irmã pra longe?

-Já não disse pra calar a boca, Thor?! Sua voz é tão irritante. E você é tão estúpido.

-Já chega!

-O que vai fazer? Bater em mim com seu perigoso martelinho?

-Não toque nela, Thor.

-Tudo bem, Loki. Venha Deus do trovão. Eu desafio você!

Thor veio para cima de mim, mas havia uma barreira. Meus demônios apareceram para me proteger como haviam prometido. O Deus do trovão caiu de bunda no chão, sem saber o que o derrubou.

-O que foi isso?

-Um teste! Sabia que apareceriam.

-Não podemos lutar essa batalha por você, criança. Ainda não estamos fortes o suficiente.

-Só queria ter certeza.

-Com quem está falando?

-Ora pai de todos, com meus demônios! Sim, eles estão ao meu redor. Livrei-me daquela velha com o auxílio deles. Mas isso eu tenho de fazer sozinha. – Coloquei os meus dois braços ao longo do corpo, comecei a sentir uma energia passando por todo ele e por fim se concentrando em minhas mãos. – Vocês deviam ser meus servos. Eu quem devia comandar esses reinos. Vocês tiram tudo de mim e me trataram como lixo. Eu sou a rainha aqui. E vou fazê-los pagar por tudo!

Joguei a energia em direção ao Odin e Frigga. Loki tirou a rainha dali, depois me entenderia com ele. E Thor usou seu martelo para proteger o pai de todos. Odin tentou revidar com a Gungnir. Mais uma vez meus sete demônios se puseram no caminho para nada me acertar.

-Thor, eu não tenho nada contra você. Apesar de ser um idiota, sempre me tratou bem. Entendo que esteja chateado, vá embora agora e o perdoarei.

-Isso não vai acontecer.

-Então, terei de mata-lo também.

Comecei uma luta com os dois, nunca tinha lutado até aquele momento. Soltava minha energia, Thor se defendia com o Mjolnir, o pai de todos me atacava com a lança. Meus sete tentavam me ajudar ao máximo, porém como disseram: Não estavam suficientemente fortes. Foram desaparecendo, até eu estar sozinha, continuei o máximo que pude, porém Thor conseguiu me acertar. Acordei em uma cela, nas masmorras de Asgard. Não pensem que acordei com raiva ou frustrada. Na verdade me sentia muito bem. Eu tinha uma cela só pra mim, a companhia de sete adoráveis demônios e a certeza de ser só questão de tempo até conseguir sair dali. Devem estar se perguntando o motivo de tamanha certeza. É simples, um dos meus poderes tem a ver com mentes e enquanto estava na sala do trono fazendo aquela ceninha, descobri algo muito importante escondido no meio das memórias de Odin: O Deus da trapaça é filho de Laufey. Loki é apenas uma relíquia ali, uma barganha para evitar uma guerra e quando ele descobrir. Ah quando ele descobrir! Vai deixar seus truquezinhos baratos, vai vir falar comigo e vou aconselhá-lo da melhor forma possível.

ALANY ROSE
Enviado por ALANY ROSE em 11/06/2016
Reeditado em 11/06/2016
Código do texto: T5663754
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