Tia Rosa

Numa manhã de sol, eu e tia Rosa fomos ao pequeno rio de águas diáfanas, que cortava as terras de meus avós. Morávamos na roça. Tia Rosa era bonita. Alta, pernas longas e bem torneadas; quadril largo. Quando ela caminhava à minha frente, rebolando suavemente os quadris, eu ficava agitado. Tia Rosa morava na capital.
Eu tinha dezesseis anos, ela trinta e seis.
Ao chegarmos ao rio, ela tirou a roupa, inteiramente nua mergulhou nas águas cristalinas. Ela nadava muito bem. Parecia uma sereia. Eu fiquei à margem, vendo-a nadando sem se preocupar com a minha presença. Sentei-me em um tronco de árvore tombada. Meu corpo parecia estar em chamas. Tia Rosa nadava, flutuava. Saiu da parte funda do rio. Ao entrar na parte rasa, toda molhada, pensei que desmaiaria. Jovem matuto, nunca vira uma mulher nua. Os seios de tia Rosa eram pequeninos, desproporcional em relação ao corpo, como duas peras. Ela fez um sinal, convidando-me a entrar na água. Minhas pernas tremiam. Meu rosto estava em brasa. Tia Rosa soube me encorajar. Num ímpeto, tirei o calção. Tia Rosa deu um riso leve, vendo meu pau ereto. Pegou-me pelas mãos e me chamou de menino bobo. Estas palavras mexeram com o meu brio.
Desnecessário contar o que aconteceu.
Ao retornarmos, ela disse apenas para eu não contar nada à minha mãe. A ninguém.


Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. 


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