O bobo da corte

Em um reino muito distante, havia um bobo da corte que era obrigado a fazer a majestade rir, ou sofria as tristes consequências de ser tomado pelos soldados. Certo dia, o rei ordena aos guardas que trouxessem o pobre homem corcunda, onde era caolho. Ao estar diante do nobre rei, ele disse severamente:
-Faça-me rir, ou sofrerá as consequências!
O bobo contou uma charada sem graça e imediatamente foi mandado para o calabouço, deveria ficar ali por alguns dias, até aprender a ser engraçado. No momento em que os soldados se retiram do local, ele consegue pegar as chaves da cela e abri discretamente, sem que ninguém notasse sua presença. Caminhando escondido entre as sombras das paredes, iluminados por tochas de fogo, resolveu explorar o castelo sombrio. Ao subir as intermináveis escadas da enorme torre, se depara com uma porta enferrujada, repleto de teias de aranhas, onde era capaz de ouvir gritos assustadores por detrás daquela estranha porta. Quando destrancou a fechadura com as chaves roubadas, descobre a imagem de um cristal iluminado, cheio de poder e magia, porém aproximando-se do objeto sagrado, surge a figura de uma harpia monstruosa que protegia a sala secreta. Assustado com a criatura alada, ele retorna á cela, mas guardou as chaves debaixo de palhas secas, para quando quisesse sair. No entanto, o bobo resolveu escrever uma carta ao cavaleiro Rick, que sempre odiou profundamente o rei, invocando o jovem a se apoderar de um cristal mágico, onde ele se tornaria um mago superior. A mensagem foi entregue através de uma coruja branca e na noite de lua cheia, o homem corcunda subiu á torre novamente, esperando o guerreiro aparecer em frente ao castelo. Ouvindo cavalgadas no gramado úmido, reparou que se tratava do rapaz armado com sua espada de aço, caso o bobo da corte resolvesse traí-lo. Ao se aproximar da torre do reino, ele pede que o cavaleiro jogasse uma corda para que subisse no local. Lançando a corda, o jovem Rick começou a subir segurado pelo bobo, que imediatamente propõe ao guerreiro o cristal mágico em troca de sua liberdade. Aceitou a proposta e o homem corcunda sorriu ironicamente e descendo pela corda, disse que entrada fica na porta de ferro, ao lado de um velho baú empoeirado.
Quando ele abriu a porta, se depara com a imagem do cristal poderoso, cercado de foça e magia, capaz de transformar um homem num mago invencível. Com o brilho no olhar, se aproximou da jóia, mas é impedido pela harpia sinistra de garras afiadas, que acaba ferindo o rosto do cavaleiro. Os soldados ouviram o barulho e subindo as escadas, se deparam com a situação e prendem o garoto no calabouço. Trancafiado naquele lugar sinistro, odiou o maldito homem corcunda de um só olho profundamente, prometendo um dia se vingar dele. Nesse momento aparece ele em frente á cela, enfurecendo o rapaz que tenta pegá-lo, mas é impedido pelas grades de ferro. O bobo mostrou as chaves de sua prisão, oferecendo sua liberdade em troca do cristal mágico. Aceitou de imediato e quando abriu a cela, ambos se dirigiram á sala secreta. Imediatamente, o guerreiro enfrentou a criatura, enquanto o bobo da corte se apoderava do cristal, transformando ele em um mago poderoso, onde raios e trovões explosivos ficavam sobre o castelo. Usando seus poderes mágicos, ele destrói a harpia. No entanto, o pobre bobo tropeça e deixa o cristal cair no chão, despedaçando o objeto completamente, perdendo seus poderes. Novamente os guardas acabam prendendo os dois desta vez, sem a chave. Sentado sobre as palhas secas, muito aborrecido com o idiota do bobo, ignorava as conversas dele:
-Veja o lado bom!
-Que lado bom?! - disse o cavaleiro.
-Você tem agora um amigo para te contar piadas, eu vou contar agora uma de português muito boa...
-Aff....
Alexandre S Nascimento
Enviado por Alexandre S Nascimento em 27/07/2007
Reeditado em 27/09/2016
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