O compositor cego -parte 1

Há muito tempo atrás, um velho cego perambulava por estas terras. Destinto senhor tinha consigo uma velha flauta e com ela ilumnava os bosques tocanto suas melodias.

Este velho possuia o dom de enxergar com seu coração. Ninguém poderia mentir para ele. Ele lia seu coração como um leitor lê um livro.

Certo dia, um garoto por ele passou. Ouviu sua música e se encantou. Parou, sentou-se ao lado do velho e disse:

- Olá senhor! Que bela melodia tocastes. Fostes tu o compositor?

- Oh - esclamou surpreso o senhor-Olá! Não sabia que estavam a ouvir minha música. Vamos, conte-me, quem és?

- Sou Gabriel, um menino da aldeia que fica atrás daqueles montes- ele parou um momento e tentou corrigir- desculpe-me o senhor não vê, então não posso falar de algo que não vistes.

- Sabes menino Gabriel, nem sempre fui cego. Já vi certas coisas que desejarias ser cego e não ver, como este velho que vos fala. Mas percebi que falastes a verdade e isso é o que importa.

Passou-se a tarde e o tempo parecia que tinha voado.

- Nossa, já é tarde, o sol está escondido por detrás das colinas. Melhor eu ir antes que sintam minha falta- disse Gabriel.

- Vá meu bom menino e durma com as fadas e os seres do bosque.

O velho continuou sua andança por terras jamais vistas e sumiu.

Gabriel cresceu, tornou-se adulto, criou família com sua esposa Clara. Tiveram dois filhos e a vida se seguiu. O velho um dia voltou, com a mesma flauta e sentou-se embaixo da mesma árvore.

Continua.