A Lua e o Mar

Conta certa lenda que ao despertar do dia,sonoro e belo canto ouvia-se ao longe . Era nostálgico e triste o cantar. Nesse instante, luz brilhante cortava o céu em direção ao mar.

O sibilo era mais que um trino. Era um cantar.

Por sobres as bagas, nas mornas areias viam-se minúsculas pedras a brilhar.

Na quietude desse instante,pequena brisa a soprar.

Quem por ali passasse,jurava sentir leve roçar.

Quando o luar se deitava pela praia, linda sombra se avistava a flutuar.

Tal imagem exalava doce perfume pelo ar.

Diz-se,no entanto, que somente pela madrugada, o sonoro trino estacava até o clarear.

Eram vistos vultos muito jovens a se amar.

Abraçados, em doce enlevo,avançavam em direção às brumas e por lá eram vistos a desaparecer.

Atônitos, pescadores cruzavam no rosto tenso, o sinal da cruz.

Marujos experientes juravam que haviam náufragos a resgatar.

Porém os corpos, como os encontrar?

Noite adentro o silêncio a reinar.

Diz a lenda,que nas noites densas, onde o nevoeiro era intenso, o mar agitava-se muito,mas muito mais.Nesta hora,imensa cauda se avistava levando consigo belo gajo ao fundo do mar.

Outros tantos diziam,no entanto que era a Lua que beijava o mar.

Depois de a tudo escutar, estou aqui a meditar:

..."os tais Amantes seriam o marujo e a sereia ,ou a Lua e o mar?

E os tais marujos não teriam medo de naquelas águas navegar?"

Berta Novick
Enviado por Berta Novick em 08/02/2017
Reeditado em 08/02/2017
Código do texto: T5906879
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