A flecha sagrada

Nas pradarias distantes,ao sul do grande rio alfa,existia uma grande tribo comanche.E nela um jovem índio aventureiro. Sua diversão maior era caçar pássaros,pequenos ou grandes. Muito deles raros para o resto do mundo,habitavam aquela região.Alguns eram comidos,outros,feridos a ponto de ele poder cuidar depois,ou retirar algumas belas e raras penas...para ele era uma adrenalina grande. Embora soubesse da lei e cultura de seu povo "todo animal morto deve ser para alimento,e não se deve estragar a carne",mas como todo jovem,agia por inconsequência muitas vezes...um dia,ajudava alguns membros mais velhos,a caçar búfalos pelas pradarias,como é de costume dos comanches.

Quando de repente,atrás de uma grande moita onde estava,achou algo como uma ponta de uma flecha,um pouco grande,bom,poderia ser usado como uma perfeitamente. Mas era de todo muito bela,e algo que ninguém por alí poderia ter feito,pois,era semelhante ao vidro,ou até mesmo,ao cristal. Daquele dia em diante,o jovem comanche passou a usar aquela flecha em todas suas caçadas,adentrando as densas florestas dia após dia,e pegando vários pássaros com sua flecha sagrada,assim batizada por ele.

A maioria dos pássaros eram mortos,alguns poucos feridos,e assim seguia. Certo dia,atrás de uma grande árvore de folhas alaranjadas,ele se posicionava para pegar mais um,que estava quase no topo. Mas um movimento errado fez com que aquele belo e grande pássaro,percebesse e imediatamente levantasse vôo. Mas antes que o jovem pudesse evitar,lançou sua flecha,na tentativa de ainda acertar fatalmente o pássaro. No entanto,a flecha estranha acertou e cravou na árvore.

Nesse mesmo instante,todas as folhas dela voaram,pois naquele momento viraram pássaros,grandes e pequenos,de plumagem exuberante e rara,idênticos aos que o jovem índio havia ferido ou matado nos últimos dias...e assim,viajaram pra bem longe,deixando somente os galhos secos,e o jovem completamente espantado ao chão,observando assustado toda aquela fantástica cena. Ele rapidamente após isso,pegou sua estranha flecha,e foi correndo até sua tribo,procurando o velho xamã,pai de toda a tribo,para pedir-lhe uma explicação daquele evento. O xamã se encontrava dentro de sua tenda,com seu cachimbo sagrado. O jovem então conta-lhe o que houve,e então mostra a flecha.

O xamã explica-lhe o que era o tal artefato -"Isso é uma flecha do raio,jovem guerreiro. Um raio ao tocar a terra,se funde com ela,formando essa espécie de cristal sagrado,algo raro de se achar,e você teve essa sorte. No entanto usou de forma errada,mesmo sabendo das nossas leis e cultura,ceifando vidas de pássaros livres...mas agora a essência,o espírito dos pássaros foram livres nas folhas das árvores,pois a flecha absorve a essência vital de quem a perfura".

Nisso o velho xamã, disse que o jovem deveria fazer um juramento perante toda tribo,para ser plenamente perdoado.

E assim foi. E então o velho xamã lhe deu a benção do grande espirito,e concedeu-lhe aquela flecha,como amuleto sagrado,em seu pescoço. Daquele dia em diante,iria proteger o jovem guerreiro comanche,e lhe guiar pelas pradarias distantes,nos caminhos da justiça.

Artur rocha
Enviado por Artur rocha em 21/04/2018
Reeditado em 02/01/2019
Código do texto: T6315380
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