Galadriel - pt 1 - Cronicas Bespinianas

O Cavaleiro

O cavaleiro estava cansado. Já por dois dias caminhava através da planície desolada de Thundrahill e agora finalmente, pouco antes do anoitecer, chegava ao limiar da vasta Floresta de Trappian.

Karl Van Dumas voltava de muitas aventuras. Havia passado três longos anos percorrendo terras distantes e oferecendo seus serviços a qualquer um que estivesse disposto a pagar por eles. Acumulou fama, experiencia e uma elevada soma em ouro que trazia sempre junto a si. Nascido em berço nobre, estava disposto a honrar o nome da família, mas deixou-se levar pela vida como mercenário e como tal, vendeu seus préstimos a reis e homens de poder em muitos lugares e, assim, tinha feito muitos amigos e inimigos. Sua armadura negra com detalhes azuis havia deixado muitas marcas por onde passou e por fim foi abandonada quando resolveu voltar para casa pois agora queria deixar seu passado para trás. Não desejava que alguém entre sua parentela o reconhecesse como mercenário ou ainda, que alguém se vingasse dele por ferir ou matar algum de seus parentes.

Se vestia de forma simples, Sua túnica, bastante comum e sua capa pouco ajudavam para identifica-lo e além disso, sempre deixava sua cabeça coberta pelo capuz. Suas botas de couro ainda eram as mesmas dos campos de batalha, assim como o punhal que levava dentro de uma delas. A espada, fiel companheira também o acompanhava, protegida em sua bainha mas ao alcance da mão veloz. Lhe dera o nome de “Organetto” pois ao som de seu glangor dançou a valsa de muitas batalhas. Preso a suas costas carregava seu velho escudo do qual o brasão a muito havia sido apagado. Em seu cinturão, contraposto a bainha, o alforge com algumas de suas moedas e em sua montaria as demais coisas que tinha: uma bolsa com moedas de ouro, um cantil com alguma água, um pequeno saco com caça e um pedaço de pão. Seu cavalo,Trovão, lhe acompanhava a muitos anos, fora dado de presente por seu pai quando uma égua de nome Ísis pariu a prole, filho de um estranho cavalo negro que aparecera na região e a cobriu. Depois de um tempo o tal “cavalo negro” desapareceu enquanto fugia de alguns homens que tentavam captura-lo, pois era excepcionalmente forte e de belíssimo porte. Alguns dizem terem visto o mesmo "cavalo negro" sendo usado como montaria por um poderoso elfo em vestes escuras que desapareceu rumo a algum lugar longínquo. Trovão era de um malhado marrom escuro com preto e em sua anca esquerda apenas um detalhe branco formava uma figura que lembrava o raio em meio as densas nuvens de uma tempestade; dai, seu nome como que aguardando o som que se seguiria.

A Floresta

A floresta de Trappian é temida por muitos, evitada por nobres e plebeus. Por suas trilhas se aventuram somente os mais bravos e corajosos cavaleiros e muitos são seus mistérios. Suas historias são contadas nos mais longínquos cantos do continente e este cavaleiro já havia ouvido algumas delas. Não acreditava na maioria das coisas que se falavam, sabia que as pessoas sempre tornavam o comum em algo fantástico e o corriqueiro em uma proeza. Já enfrentara criaturas fortes e poderosas, mesmo assim, contemplando a densa e majestosa vegetação a sua frente, pensou se não seria melhor contorna-la, o que lhe acrescentaria mais quatro dias em uma jornada que ainda seria longa. A floresta não pertencia a domínio de nenhum reino dos homens e rei algum poderia por direito ou força requere-la. A floresta é majestosa e sombria, seus habitantes misteriosos e esguios. Seus limites são naturalmente definidos por suas arvores e em seus domínios as leis dos reis perde a força.

Nos domínios de Trapian a lei da floresta é absoluta e aqueles que nela se aventuram sabem que nunca estão totalmente seguros pois o desconhecido ronda por entre as arvores.

De sonho a pesadelo

Como já era tarde, apeou de seu ginete e a beira da floresta acendeu uma fogueira onde preparou o coelho que fizera presa a poucas horas e enquanto seu cavalo pastava saboreou a iguaria enquanto se aquecia ao calor acolhedor do fogo.

A noite estava enluarada e muito clara, os lobos saldavam a lua com seu uivo e se ouvia em toda a parte os sons de animais que fazem do período noturno a sua hora. Contemplando a muralha negra que a floresta lhe parecia na penumbra o cavaleiro ficou pensando sobre o que fazer e por fim adormeceu sem levar muito tempo pois estava exaurido pela jornada.

""Entre a penumbra e a luz do luar distinguiu uma forma bela e majestosa, uma forma feminina que se aproximava como que trazida pela brisa suave que soprava. Seus braços se estenderam em direção ao cavaleiro que ouvia palavras como que ditas pelo vento: “Venha para mim, cavaleiro. Conforte-se em meus braços”.

_Quem és minha senhora?

_Sou aquela que protege e recompensa. Aquela que toma e devolve.

_Senhora, não entendo o que dizes. Necessitas de algum serviço de cavaleiro? De um campeão? Oh, donzela da noite.

_Na floresta, me sirva e grande será a tua recompensa. Me sirva e terás grande poder. Mas só se tiveres muita coragem.

_Senhora, não entendo o que quereis. Precisas de ajuda? Sou cavaleiro e posso prestar-te auxilio. Coragem não me falta. Quem és?

_Cuidado cavaleiro. Atrás de ti.

Ao ouvir este alerta, de súbito o cavaleiro virou-se e deparou-se com enorme vulto e percebeu que seria golpeado de forma fatal, gritou e caiu para trás e nisto acordou de seu sono.""

Já era dia estabelecido e a nevoa matinal ocultava tudo ao seu redor. Atiçou a fogueira que minguava e preparou algo para comer. Suas provisões durariam ainda duas ou três refeições se não consegui-se mais nada. Enquanto comia pensou sobre o sonho que tivera. Seria um pressagio? Não acreditava nisto. Mesmo assim, ficou desejoso de adentrar a floresta. E se realmente houvesse ali uma formosa dama em necessidade?

Olhou ao redor e não viu nenhum sinal de perigo. A nevoa se dissipara e o sol a tudo iluminava. Durante o dia a floresta não parece tão assustadora.

A trilha da floresta

Do ponto onde o Karl esta, a estrada segue para oeste, se afastando da floresta para a planície de Thundrahill, e este é o caminho por onde tinha vindo; para noroeste a estrada circunda a floresta em uma longa e extenuante estrada, a sua frente, para o norte, uma pequena trilha adentra a densa mata e não se pode ver muito longe pois os galhos e as folhas assim como as densas sombras ocultam o que esta distante.

Revigorado pelo sono e animado pelo dia o cavaleiro estava disposto. Pesou suas alternativas e resolveu que não seria demais uma aventura no coração de Trappian. Sua espada estava a mão e seu cavalo forte e veloz sempre ao seu lado.

Assim Karl Van Dumas adentrou a vasta floresta e por ela caminhou muito tempo sem nada que o incomodasse. Via aqui e ali animais silvestre e apesar da pouca luz solar que tocava o solo, não havia nenhum sinal de perigo. Sentiu fome e julgou que já passava do meio dia e em cima de sua montaria comeu o ultimo pedaço de pão que trazia. Não havia acabado de comer quando notou a beira da estrada, entre as arvores e algumas samambaias um estardalhaço e muita agitação.

Apeou do cavalo e aproximou-se com cautela e lá estava, preso entre alguns galhos sem conseguir mover-se, um belo javali. “Que bela provisão” pensou consigo. E aproximou-se por traz do animal e com seu punhal, rápido e certeiro abateu a vitima das circunstancias.

Aproveitou bem tudo o que pode do animal e com isso garantiu carne para uns quatro dias. Procurava nestas ocasiões comer o máximo que podia pois não tinha como conservar a carne por muito tempo. Ali mesmo armou seu acampamento para a noite pois o abate do javali e todo o serviço de cutelaria lhe tomara a tarde e na floresta a noite cai muito rápido e ele não queria andar sem saber por onde pisava.

Vermes e podridão

Ascendeu a fogueira e colocou para assar parte do javali enquanto foi a um pequeno córrego para saciar a sede e repor suas reservas do precioso liquido. Examinou as redondezas e concluiu que estava tudo tranquilo. Comeu com gosto e por fim adormeceu, satisfeito e pesado.

""Abriu os olhos e contemplou um belíssimo rosto de mulher que lhe sorria de forma meiga e o contemplando a certa distancia.

_Fico feliz que tenha vindo cavaleiro. Vejo que és valente. Gostou de meu presente?

_ De que presente falais, bela dama?

_O javali que enviei, como sinal de minha boa vontade.

_O javali que comi foi fruto de minha sorte e caçada, senhora.

_Não te enganes cavaleiro. Em meus domínios posso muitas coisas. Me sirva e grandes serão as tuas recompensas. Me rejeites e então terás de temer-me. Te provarei isto tirando o que te dei.

_Senhora, coragem não me falta. A senhor algum me prendo, mas cumpro com meus votos de serviço. De que careceis?

_Cuidado, atrás de ti:

De sobre salto o cavaleiro se vira e vê a tenebrosa sombra de um grande oponente que lhe inflige poderoso golpe do qual sem duvida não há escapatória, grita e acorda"". Já é dia.

O cavaleiro estava profundamente perturbado com o sonho que tivera a noite e começou a pensar se eram realmente só sonhos que vinha tendo. Lembrou-se que entre os vários contos que ouvira sobre a floresta de Trappian havia a de uma mulher que seduzia e escravizava os incautos, tornando-os poderosos mas mesmo assim, escravos de seu poder. Muitos diziam que ela era uma bruxa elfica de tempos remotos, outros que era uma das damas draconianas que sobrevivera ao fim de seus reinos ou ainda outros diziam que era uma remanescente de povos ancestrais dos quais não se sabe muita coisa. Seja como for, não eram muitos, mesmo entre os que já haviam se aventurado por Trappian os que falavam ou relatavam tais historias, de modo que na certa, era apenas mais um conto para crianças ouvirem e não seria ele, um cavaleiro culto que sabia ler e escrever e sabia se comunicar razoavelmente na língua dos elfos que iria por credito nestes contos.

_Besteira (Pensou alto o cavaleiro).

Levantou-se e lavou o rosto, alimentou o fogo que se extinguia e pegou as provisões para o desejum.

Ao abrir o saco com as provisões enojou-se e largando-o no chão afastou-se dele uns cinco passos com o braço cobrindo o nariz e tendo repetidas compulsões para o vomito tão grande era o mau cheiro que emanava e agora empesteava todo o ar ao redor dele.

_Mas o que? (Pensou consigo) Como pode ser?

Só após um bom tempo tentando se recuperar e tomando folego, com a ponta da espada abriu a boca do saco que estava no chão e então incontáveis vermes começaram a sair dele e o mau cheiro se tornou ainda pior forçando o cavaleiro a correr para longe a fim de tomar ar pois não suportava o cheiro que empesteava o ar. A algumas dezenas de metros cavou um buraco e enquanto segurava a respiração pegou o saco com uma grande vara que cortara de uma arvore pegou o saco e correndo o atirou dentro da cova e foi só após três tentativas que conseguiu por fim enterrar o seu saco de provisões, e por fim se viu aliviado de todo aquele odor pestilento. Mesmo assim banhou-se por um longo tempo nas águas de um pequeno riacho e ali lavou todas as suas coisas e até Trovão que desde o momento que ele abrira o saco não se aproximou mais que trinta metros dele e do acampamento só vindo para perto de seu amo após este ter terminado seu longo banho, podendo assim também lava-lo.

Só conseguiu pensar novamente quando por fim se viu livre de todo aquele mal cheiro e agora tentava achar uma rasão para todo aquele acontecimento. Comeu alguns morangos silvestres que achou e seguiu viagem após ocultar os sinais de que estivera ali.

Mórbido achado

Caminhou pensativo por algumas horas, iria ter de conseguir algo substancia para comer logo, frutinha além de não lhe apetecerem eram pouco nutritivas ao seu ver e parecia-lhe ao fim de uma refeição que não havia comido nada. Olhava atentamente a fim de não perder a oportunidade de nenhuma caça até que por fim algo lhe chamou a atenção. A sua frente próximo a uma curva na estrada um escudo caído no chão. Desceu da montaria e o examinou com cuidado. Não reconheceu o brasão nele estampado mas viu que sofrera um duro golpe pois uma fenda bem em seu centro o atravessava e com certeza feriu o braço que o sustentava. Olhou ao redor e mais a frente um elmo. Pegou e para seu espanto e terror la dentro ainda estava o cranio de seu portador. Olhou ainda em redor mas nada mais achou. Ficou intrigado e antes de mais nada deu uma boa olhada em todo redor a fim de garantir sua própria integridade e segurança. Voltou então sua atenção ao seu achado, não importa a ordem ou a qual soberano aquele infeliz servia, deveria ser enterrado de forma digna pois era cavaleiro e o mesmo Van Dumas desejaria para si. Usando o que tinha, fez o melhor funeral que pode e a beira da estrada enterrou o cranio e sobre a sepultura colocou o elmo e o escudo. Recitou algumas palavras em homenagem ao morto, palavras que aprendera nos campos de batalha e eram usadas em favor dos guerreiros muitas vezes desconhecidos mas que eram ainda assim, irmão de armas que tombaram em combate. Por fim, concluiu:

_Descansa agora irmão, por fim, conheces o fim das guerras.

Montou novamente e mais preocupado do que antes seguiu seu caminho.

Alegre achado

Já devia ter passado bem do meio dia pois a fome o atormentava e nada mais tinha para comer e a água era o que vinha lhe sustentando. Começava a maldizer sua sorte e decisão de ter se enfiado naquela situação, mas já havia passado por privações muito maiores nos campos de batalha, não seria isto que iria lhe tirar o sabor da aventura nem o animo para continuar. Nesta hora ele ouviu ao longe uma suave canção, som melodioso e agradável. Uma voz feminina enchia o ar e arrebatava todo mal sentimento. Procurou cautelosamente a fonte de tal linda musica. Caminhou de forma esguia e sorrateiramente se aproximou de um pequeno riacho e viu as margens uma linda jovem. Enquanto a moça de forma despreocupada lavava algumas peças de roupa as margens do rio, cantava de forma desinibida e deixava transparecer sua alegria.

O cavaleiro para não assusta-la ficou por um tempo em silêncio e ouviu calado a canção que lhe chegava aos ouvidos.

“Por onde quer que eu ande

Onde quer que eu venha a estar

Quando teu nome em mim arde

Quando meu nome invocar

Senhora de homens, senhora dos elfos

Quem não será cativo do seu poder?

Dama da noite, dama dos sonhos

Muitos deixarão de ser livres para te pertencer

Através de vales, através de montanhas

homens e elfos irão se perder

Através de seus olhos muitos se acharão

E para eles o sol voltará a nascer

Quando voltarem, poderosos serão

Não haverá quem os faça tremer

E para sempre, suas espadas e escudos

A ti Galariel, irão pertencer”

O cavaleiro estava tentando entender o significado daquelas palavras quando por descuido pisou em um graveto que de imediato lhe denunciou.

_Quem esta ai? Perguntou a jovem sem parar de fazer seu trabalho.

_Não tema, oh dona da mais bela voz que já chegou aos meus ouvidos. Sou apenas um aventureiro que passa e se deteve ao ouvir tua canção.

_Eu não temo senhor cavaleiro, apenas desejo saber quem se aventura pelos domínios de minha rainha. Por favor, saia de entre as arvores para onde possa vê-lo.

O cavaleiro se apresentou e de forma cortes se curvou pois era seu jeito tratar assim donzelas e mulheres de toda sorte.

Ao contempla-lo a jovem se levantou e retribuiu a cortesia.

_Vejo que es homem belo e de bom porte. Minha senhora só aceita os melhores e os mima com belos presentes. Com certeza será um de seus capitães.

Aquelas palavras intrigaram ainda mais Van Dumas, que já vinha atormentado pelos acontecimentos que vivenciara nos últimos dias.

A Jovem estava com roupas simples, uma túnica bege sem mangas lhe cobria todo o corpo e um xale da mesma cor lhe protegia os ombros, na cabeça um lenço marrom. Trazia consigo um cesto com algumas roupas.

_Quem é sua rainha e porque acha que eu estaria disposto a servi-la de tal maneira? Perguntou o cavaleiro

_Tudo a seu tempo, nobre senhor. Venha, eu meu pai estamos acampados próximo daqui. Passe esta tarde e noite conosco.

O Acampamento

O cavaleio estava desejoso de um lugar macio para se deitar e além disso, lembrou-se que estava sem provisões e uma boa alimentação preparada pelas mãos de mulher certamente seriam muitíssimo apreciada e costumam ser muito saborosas.

Caminharam por uns trezentos metros e por fim chegaram a um descampado onde foram recebidos pelos cães de forma hospitaleira e amigável. O pai da moça, um senhor gordo e alto, forte como um touro estava cortando lenha. Os golpes que dava revelavam muita habilidade com o machado e o sorriso ao ver a filha revelou muitos dentes dourados. Sua cabeça calva estava suada e suas vestes justas perfeitamente alinhadas com seu porte, o cinturão de couro que o envolvia era grosso e largo como sua enorme barriga e ao lado pendia um suporta para ferramenta de lenhador que sempre o acompanhava.

_Tumaim, princesa da floresta, que alegria revê-la. Hahaha (esclamou o velho rindo com uma das mãos sobre a enorme pança)

_Meu pai sempre me recebe como se não me visse a muitos dias.

_Ele deve saber o valor que tem a filha...

_É o jeito dele, creio que gostará de você.

_Hóóó, há há há, quem é este que vem com você minha filha, rapaz de nobre aparência e belo porte.

_Meu nome é Van Dumas, meu senhor, e peço perdão pela maneira que me chego a vosso acampamento.

_Aventureiro da floresta. Você deve ser corajoso. Voltiel é meu nome e minha casa é sempre aberta para aqueles que tem o dom da coragem e corajosos devem ser todos que se aventuram pelos caminhos de Trappian. O fogo arde e o saboroso javali já deve estar quase pronto por sobre ele, venha lavar-se e junte-se a nós para a refeição.

Sem titubear Van dumas aceitou o convite...estava cansado e a preocupação ainda não lhe abandonara completamente. Seu cavalo saciou-se com a agua de um riacho que corria bem junto ao acampamento e se empanturrou da relva farta.

O crepúsculo tomava o horizonte e a fumaça da fogueira subia em linha reta, os sons noturnos da floresta começavam a encher o ar e o som do riacho que corria parecia mais audível.

Tumaim servira ao cavaleiro generosa porção de carne e ele a saboreava com muito gosto, ao seu lado a caneca cheia de vinho bom. Voltiel estava com a barba engordurada e se lambuzava ainda mais a medida que devorava todo o pernil do qual se servira. A moça comeu pouco e de forma recatada.

...

Reynhard Van Dumas
Enviado por Reynhard Van Dumas em 26/05/2018
Reeditado em 28/05/2018
Código do texto: T6347258
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