Sertão de Pote

Capítulo 1

Sr. Augusto caminhava com seu velho chapéu e bengala amarelas, essa última, em forma de serpente, por uma rua estreita da cidade, a fim de sacar a sua pequena aposentadoria de todos mês, Sr. Augusto odiava a demora dos caixas eletrônicos em entregar seu pequeno tesouro e odiava ainda mais as malditas letras mágicas das telas. Porém muito mais odioso que todo o processo do caixa era, segundo ele, a compra dos seus remédios, pois ficava sem nenhum tostão após comprar aquelas, como sempre falava, caixinhas de bala coloridas. No mês seguinte entrou novamente na farmácia com a mesma raiva de sempre e viu um pequeno garoto com a mãe, lembrou dos tempos da mocidade e fez um truque de mágica para o pequeno garoto .Como um passe de mágica transformou sua bengala em uma cobra viva, porém como já tinha uma idade avançada, se esqueceu de como fazia para a serpente virar a bengala novamente. Foi preso por esquecimento de ilusionismo.

Josué, era um matuto que não sabia nem ler e escrever, mas compensava essa falta de conhecimento com o trabalho incansável de eletricista. Aprendera o ofício sozinho, até que o dia em que fora contratado para instalar uma lâmpada na casa ao lado da sua, depois de instalada a lâmpada Josué, como sempre foi testar o serviço e viu que a luz caminhava muito lentamente, como lagartas preguiçosas, e demorava para conseguir atingir a escuridão dos cômodos com sua luminosidade. Josué não entendeu o porquê disso, porém entendeu muito bem quando o guarda veio na pequena casa de taipa, com uma intimação do governo, e o prendeu. Por segundo eles ''Ser o maior gênio da física contemporânea, conseguindo descobrir como conseguir controlar a velocidade da luz''

Zé, era um homem, pasmem, com 145 filhos, todos legítimos e nenhum esquecido ou carente de afeto. Era não só conhecido por ser o pai de um exército mas também por suas proezas físicas como no dia em que um boi caiu na frente da cerca da fazenda, e Zé conseguira o levantar sozinho, ou mesmo no dia, que, em uma aposta de bar conseguiu construir uma casinha de taipa, como seu avô lhe ensinara no sertão em 2 dias, sozinho, ou, da vez que conseguiu comer 2 quilos e meio de comida e por alguma razão estranha do acaso, Zé tinha apenas 1.60 de altura e 65 quiilos, Fora preso no dia em que nocauteara um antigo campeão de boxe em 4 segundos e o lutador o acusara de agressão.

Merengue era uma caixa de supermercados muito simpática, sempre ia ao trabalho as 5 da manhã. Depois de ver seu horóscopo, segundo a previsão de Peixes, seria um dia agradável e calmo. Com alguns minutos de caminhada se distrai com um pequeno pássaro em um cabo elétrico, tropeça e cai em uma poça de lama, se levanta, xinga um pouco, e logo após segue a caminhada. Mais a frente vê um pequeno balão flutuante, e o pega, logo em seguida o mesmo pássaro antes no fio, e agora voando acima de sua cabeça solta uma bomba de merda em cima de Merengue. Ironicamente ela pensa que aquilo se parecia com seu nome. Logo após o dono do balão aparece e a acusa de roubo. Era um menininho mimado e filho de um Juiz local. Quando estava sendo presa pensou imediatamente na revista do horóscopo e por uma pequena ansiedade ou drible do destino não lera o resto da previsão. Ela fora traída por seu ascendente. Gêmeos.

Arlindo era um homem mulato, com as mãos ásperas que morava no fim de uma das ruas da pequena cidade, tudo ia bem em sua vida solitária, até o dia em que plantou um pé de acerola, e por alguma coisa estranha ou por, segundo ele, vontade de Deus e de Maria o pé de acerola cresceu em 4 dias e começou descontroladamente a por milhares e milhares de pequenos frutos, a situação era tão crítica que o prefeito da pequena cidade tentou com outros habitantes cortar o pé, porém, não conseguiam chegar perto da árvore pois ela colocava tantos frutos repentinos que era impossível nadar no mar vermelho alaranjado. O caso chegou a um extremo tão grande que os aviões que passavam em cima das pequenas casinhas coloridas da cidade viam um clarão vermelho alaranjado mesmo de muito distante e os balões que flutuavam por cima, sentiam o doce cheiro das acerolas mágicas de Sr. Arlindo.

Fora preso por pertubação de ordem pública assim que conseguiram resgata lo de sua casa entupida por suculentas acerolas.

O dia amanheceu chuvoso e seco, na cela da pequena delegacia, onde todos os 5 ficaram por um dia inteiro detidos simplesmente por uma azarada de má sorte, todos foram postos em pequenos banquinhos e instruídos pelo guarda, o qual levava um revólver velho com uma bala só, a se sentarem e ficaram ali, até o prefeito os libertar Sr. Augusto pediu um remédio para dor de cabeça, e o guarda que o conhecia de truques desde que era criança o dera com total prazer a pequena pílula.

Os 5 ficaram ali sentados olhando um para a cara do outro, até que Merengue suspirou triste e disse.

—Maldito ascendente — Disse quase chorando.

—Ô moça, não fica assim que já passa, é só um dia menina —Disse Josué

— Ascendente? — Perguntou Sr. Augusto, limpando o chapéu amarelo —

—É senhor, uma coisa que as estralas escrevem sobre nós antes mesmo de nós nascermos—

— Isso é maluquice, sou bem velho e te digo que essas coisas são só para passar o tempo —

—Não posso fazer nada, mas que existe, existe mesmo—

— Existindo ou não, eu poderia terminar metade de uma casa hoje mesmo— Afirmou Zé, agora andando pela cela —

Arlindo estava pensativo e comendo uma acerola do seu bolso, comeu a fruta e cuspiu a semente pela janela, quando disse.

— Zé, não é você quem tem um penca de filhos? —

—Sim, eu mesmo, e digo mais meus amigos azarados, venham todos almoçar na minha casa quando acabar essa besteira, minha esposa fez uma caçarola de rabada —

Todos concordaram de bom grado e esperavam ansiosamente o gordo prefeito ir libertá-los. Mas como ninguém era muito ajuizado na cidade, incluindo o prefeito, que se esquecera de libertar os prisioneiros e agora estava pescando tubarões de papel em uma livraria na cidade grande. Os prisioneiros se agoniaram, mas o tempo passava muito devagar na cidadezinha e zé decidiu que estava com fome, levantou, e abriu a porta com o trinco, o guarda deixou saírem todos, pois a prisão nessas cidades era só simbólica.

Fora da prisão os cinco foram almoçar com o exército das calças de Zé, chegando na casa minúscula, e onde estranhamente tudo era extremamente pequeno enquanto a generosidade e a hospitalidade eram gigantes.

Assim que todos os cinco comeram e ficaram cheios, a mulher de Zé queria descansar e puxou o pequeno homem pelo braço, e naquele momento os 4 sabiam que logo logo nasceriao centésimo quadragésimo sexto filho de Zé.

Sabendo disso deram uma longa despedida, pois com 145 rostos de meninos e meninas de todas as idades se trocavam com muita facilidade, logo após gastarem quase 1 hora se despedindo foram embora, cada um para um canto.

Merengue estava andando para casa na estrada de barro da cidadezinha, comprou um jornal por conta da ansiedade, e logo foi ver seu horóscopo completo, quando descobriu horrorizada que Gêmeos traria um grande azar e informava para ela não sair de casa, assim que acabou de ler o mesmo pássaro a perseguiu e soltou mais uma bomba do céu, dessa vez foi mais certeiro e acertou a testa da pobre garota, que assim que chegou em casa fora tomar um banho, deitou em sua cama e dormiu para sempre.

Sr. Augusto estava voltando, quando uma brisa quente levou seu chapéu pela rua, o velho correra atrás do velho amigo, mas quando o pegou do chão acabou se distraindo e fazendo o truque mais uma vez, e dessa vez criou um lagarto amarelo, que saiu correndo, sorrindo Sr. Augusto prometeu nunca mais fazer mágica na vida.

Josué, fora preso por uns gringos estranhos que a cidade nunca vira, e depois de muito tempo descobriram que liderava uma equipe dos cientistas mais renomados do mundo inteirinho, e que conseguiu aprender a voltar no tempo usando a luz, mas quando chegou lá atrás, no passado, não sabia voltar para o presente, pois não sabia escrever para pedir ajuda, mas como sempre fora um bom tocador de sanfona descobriram que ele estava em um século de reis e de algum jeito tocou forró pro Rei da Inglaterra, fazendo assim o hino nacional dos gringos virar um Baião do bom e a coroa do rei agora ser um chapéu de couro.

Arlindo chegando em casa depois de passar pelos restos do ataque das frutas deitou e dormiu um pouco, mas logo foi convocado novamente apara a delegacia, pois as sementes que cuspira pela janela deram origem a 6 pés de acerola fazendo assim o governo intervir na cidadezinha. A chamando agora de Acerolândia.

Victor Neves.

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Caso queiram uma continuação, deixe nos comentários. VALEU!!!!

Victor Neves
Enviado por Victor Neves em 20/09/2018
Código do texto: T6454536
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