Despertar surpreendente

Acordou meio confuso, estava diferente do seu jeito de ser. Sentiu um tipo de leveza surpreendente, sem sentir nenhuma das dores costumeiras, sem vontade, pasmem, de ir ao sanitário se aliviar. Pensou até que estivesse delirando ou tendo algum pesadelo. Mas não sentia medo, estava calmo e tranquilo, tranquilo demais, o que era estranho e demonstrava que não era um pesadelo. Resolveu ir até a janela para olhar o movimento da rua. Nem precisou andar, assim que pensou em ir ao local já estava lá, so podia ser um sonho. Como explicar isso? Ficou olhando as pessoas que passavam nas ruas, os carros, ônibus árvores... Naquele momento ficou maravilhado com a vida, ogo ele que era um inconformado com a vida, mal-humorado, pessimista. Estava satisfeito, adorando a vida, mudado. Resolveu voltar para a cama e tirar um cochilo mas fari isso com cuidado para não acordar a mulher, cuidado que nunca teve. Quando se virou e contemplou a cama teve uma bata de uma surpresa: ele estava deitado dormindo junto com a esposa. - Mas como?, pensou. - Como posso estar aqui na janela e meu corpo na cama? sò poso estar ficando doido, complementou aturdido.

Mas após alguns instantes não foi nem preciso desenhar, a ficha caiu normalmente: ele havia morrido e o espectro se desprendera do corpo como um amigo, aquela história de que a alma se separava do corpo após a morte. De repente, como o amigo ainda lhe dizia, chegou a "comissão" para levá-lo para o novo destino. Foi, sem protesto nenhum, nem tampouco medo. Nem curiosidade. Apenas sentindo uma certa leveza. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 01/07/2019
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