Um Reino Encantado E o Enigma do Livro Perdido

Era mais uma vez um reino encantado, mais encantado do que a última vez e mais misterioso porque o mago estava à procura de um livro, um livro de magia perdido, pois já havia passado vinte anos depois que o filho do rei teve o dom da visão, e a bruxa tinha deixado esse livro bem escondido.

O rei já estava velho e o mago foi visita-lo para contar sobre uma revelação e ao chegar no castelo, percebeu algo estranho, notou que alguma coisa estava mudando.

- Deve ser só o meu pensamento. – Disse o mago.

Ele entrou no palácio real e cumprimentando o rei se pôs a falar.

- Irei revelar meu nome.

O rei espantado diz...

- Mas ninguém sabe o seu nome, nunca revelastes até hoje, por que isso agora? Depois de tantos anos de amizade.

E o mago responde...

- É para o bem de todos desse reino, pois eu temo que um grande mal está por vir e eu preciso revelar meu nome, pois meu nome é a chave que abre o livro perdido, e o livro da bruxa tem o feitiço para anular qualquer feitiço e acabar com o mal que alguém irá causar, mas ainda estou à procura do livro.

O rei sem pensar duas vezes pergunta.

- Então me diga, qual é o seu nome.

E o mago responde...

- Meu nome é César Book, foi a própria bruxa que me colocou esse nome quando cuidava de mim, porque como a velha frase “abra-te César”, em meu nome se torna “abra-te livro”, eu precisei revelar meu nome porque eu sou a única pessoa que não pode abrir o livro, a bruxa sabia que ninguém imaginaria que para abrir o livro teria de falar meu nome e para mim isso seria óbvio, agora que eu sei onde o livro está.

- E como tu sabes que seu nome é a chave? – Perguntou o rei.

- Vossa majestade sabe que a bruxa era uma defensora do reino, ela me disse isso muito antes de acontecer aquele inconveniente. – Falou o mago.

O príncipe aparece e diz...

- Onde o livro está? Pois eu mesmo o abrirei.

E o mago responde...

- Está nas cavernas sombrias.

- E por que você revelou o seu nome só agora? – Perguntou o príncipe.

- Eu tinha que esperar o momento certo, e teria que contar para as pessoas certas, vou precisar da ajuda do Mister Mistery e do palhaço mímico. – Disse o mago.

O rei permitiu à ida destes e também de seu filho que insistiu muito e, no momento da partida os quatro cada um com seu cavalo indo a galope na procura do misterioso livro perdido.

Uma grande nuvem negra se formou no céu e uma chuva de desgraça caiu naquele reino, árvores e animais morreram, crianças e adultos correndo aqui e acolá, casas pegando fogo, estava tudo um caos.

O príncipe percebendo a loucura pergunta...

- Mas o que está acontecendo?

- É a vingança da bruxa. – Disse o mago.

E o príncipe retruca...

- Mas como pode ser, ela já está morta!

- Você acha que ela morreu? – Disse o mago. – Não, ela é cheia de feitiços e planejou essa vingança por vinte anos, também pensei que ela estivesse morta, mas um feitiço desses só pode ser usado por ela.

O bobo da corte que já estava revoltado pergunta...

- Será que não tem nada que possamos fazer para acabar de vez com essa bruxa?

O mago aponta o dedo para cima e diz...

- Só tem um jeito e, é abrindo o livro de feitiços dela que está na caverna sombria.

- Como você sabe que está na caverna sombria. – Disse o mágico.

- É porque encontrei um desenho do livro na caverna em um pergaminho que estava escondido numa garrafa que estava sobre o mar, eu o encontrei na minha procura ao livro e, agora eu sei que está lá.

Os cavalos pararam e não quiseram entrar na floresta que era chamada de labirinto da ilusão, então eles tiveram que atravessar sem os cavalos.

E lá eles encontraram os duendes tagarelas que diziam ao mesmo tempo...

- Vocês são esquisitos, vocês são estranhos, há, há, há.

O mágico furioso tirou dois panos de sua manga para amarrá-los sobre a boca dos duendes que pararam de falar e foram embora.

Continuaram andando e encontraram uma fadinha do tamanho de um vagalume que estava chorando.

- Por que você está chorando? – Perguntou o príncipe.

- É porque o unicórnio morreu, algum ser malvado arrancou seu chifre e este lugar ficou obscuro. – Falou a fadinha.

- Agora entendi! – Falou o mago. – Era o unicórnio que deixava o reino e a floresta em plena harmonia, e agora que ele morreu, parece que esses lugares morreram junto com ele, precisamos encontrar o livro dos feitiços, só com ele poderemos trazer o unicórnio de volta.

- Eu irei ajuda-los. – Disse a fadinha.

E juntos eles caminham até perceberem que estão andando em círculos.

- Espera! Parece que estamos andando em círculos. – Diz o mágico.

- Por que você acha que esta floresta tem o nome de labirinto da ilusão? – Perguntou o palhaço.

Então o príncipe pergunta para a fadinha...

- Você sabe mesmo o caminho.

- Não dá para saber o caminho verdadeiro porque eles mudam de lugar frequentemente. – Responde a fadinha.

E eles demoraram um pouco até encontrarem a árvore da coruja.

- Nós estamos perdidos e estamos procurando a caverna sombria. – Disse o mago para a coruja.

- Vocês precisam passar pelo lago do medo e pela ponte do abismo, só assim chegaram a caverna sombria.

- E como vamos sair daqui. – Perguntou o príncipe.

- Use a imaginação. – Voando diz a coruja.

- Não vá embora, espere. – Gritou o príncipe.

- Usando a imaginação, é isso! – Disse o mago.

- O que você está pensando? – Pergunta o príncipe.

E o mago responde...

- Agora prestem atenção! Imaginem que aqui tem um portal, só assim poderemos sair daqui.

- Isso é loucura, mas tudo bem. – Disse o príncipe.

Eles fizeram exatamente como o mago falou e um portal se formou através do poder da imaginação, eles atravessaram e chegaram no lago do medo e avistaram uma sereia que estava com o braço quebrado e vermelho, mas o mago curou seu braço e ela agradeceu com um beijo e foi embora feliz.

De repente esqueletos humanos com cabeça de touro saíram das águas e atacaram eles que sem titubear venceram a árdua batalha e cansados foram atravessar a ponte do abismo.

O príncipe escorregou e caiu, mas rapidamente o mágico tirou a corda da cartola e salvou o príncipe, chegando na caverna sombria encontraram o monstro com cara de pânico.

- Então é você que está por trás disso. – Diz o mágico.

- Agora vamos lhe ensinar a como ter bons modos. – Falou o palhaço. – Ele criou algumas paredes invisíveis e formou uma caixa invisível para prender o pânico, mas o pânico que é um ser mágico fez as paredes invisíveis se tornar espelhos e ao mesmo tempo o pânico se multiplica em muitos e, graças aos espelhos se tinha a ilusão de ver um exército que saiam dos espelhos para ataca-los, e nesse momento eles entraram em pânico.

- Calma, só um deles é o verdadeiro. – Disse o mago que gritou – Ilusão de ótica!

Com essa magia o pânico ficou tonto e o exército parou de correr; e com a ajuda do mágico o mago fez um buraco negro sobre o chão que sugou todos os pânicos e assim o pânico foi derrotado.

Eles andaram pela caverna até que encontraram o livro, mas o rosto da bruxa se formou sobre as paredes e disse...

- Vocês acham que podem me deter; eu avisei para o seu pai que eu iria me vingar contra o reino e assim eu o fiz.

- Todos acharam que você tinha morrido. – Disse o príncipe.

A bruxa responde...

- Garoto, você não sabe nada, esqueceu que eu sou uma bruxa? Eu posso fazer o que eu quiser.

A bruxa joga um feitiço que congela a todos, mas ela deixa o mago intacto.

- Por que você não acaba logo comigo. – Diz o mago.

- Não posso fazer isso. – Disse a bruxa.

- Por que? Eu não tenho nada de especial, vamos acaba logo com isso, eu não posso te vencer. – Disse o mago.

A bruxa responde...

- Não é verdade, você já me derrotou uma vez, e eu não posso te matar, pois eu sou sua mãe.

O mago intrigado diz...

- Não posso acreditar, mas como? Você disse que minha mãe tinha morrido, agora entendo porque cuidava de mim com tanto amor e carinho.

- Eu não podia falar pra ninguém que você é meu filho, nem para você mesmo, se eles soubessem que uma bruxa tinha um filho, eles me expulsariam do reino, pois esta é a tradição, então inventei a desculpa que sua mãe morreu; eu cuidei tão bem de você, levei-o a escola de feitiçaria para você se tornar aprendiz de feiticeiro e hoje você é um mago, lembra quando eu e o rei íamos te visitar...

O rosto da bruxa sai da parede e ela se apresenta de corpo inteiro.

- Chega de sentimentos. – Diz a bruxa. – Agora nós estamos juntos e podemos governar este reino, só nós dois.

- Eu não posso fazer isso. – Disse o mago. – Eu sou a favor do bem e você também era, e veja agora no que se tornou, numa pessoa maligna e vingativa, vamos, deixe essa vingança de lado.

- Não! – Falou a bruxa. – Agora eles vão me pagar por tudo que me fizeram.

- Esse reino vale muito pra mim. – Disse o mago. – E não irei deixar você fazer mal a essas pessoas.

A bruxa responde...

- Você fez a sua escolha.

E o mago diz...

- Fiz mesmo e agora descobri o enigma do livro perdido e não preciso de ninguém para dizer o meu nome porque eu posso imaginar. Então o mago pegou o livro rapidamente e imaginou o rei falando o seu nome, a bruxa tenta ataca-lo, mas num instante o livro se abre, ele lê o último feitiço que era o feitiço que faria tudo voltar ao normal.

- Não! – Gritou a bruxa que foi puxada para dentro do livro carregando junto consigo todo o seu mal.

O príncipe, a fadinha, o mágico Mister Mistery e o palhaço mímico voltaram ao normal e, foram embora, mas quando retornaram naquela floresta do labirinto, eles viram que o unicórnio ainda estava morto, então o mago deduziu que a morte do unicórnio não foi causado por uma feitiçaria. E o mago pegou o livro e viu o que ele precisava fazer para trazê-lo de volta. O príncipe fez um corte na mão, pois precisava de sangue real e o mágico tirou um frasco da cartola para colocarem a fadinha dentro e, balançaram o frasco com a fadinha dentro para pegar o pó da fadinha e, a sereia foi lá ajudar com suas lágrimas, pois esses eram os ingredientes para ressuscitar o unicórnio, e assim conseguiram colar o chifre do unicórnio e ele viveu de novo.

E só restava fazer mais uma coisa.

- Pessoal, imaginem um reino colorido, com pessoas felizes e sorrindo, crianças brincando e se divertindo, imaginem porque todos somos iguais, todos somos irmãos, todos somos um povo, todos somos um só e tenham fé, acreditem que isso poderá ser possível com amor, paz e união faremos um mundo melhor todos os dias. – Assim disse o mago.

E no dia seguinte o reino estava mais encantado e colorido e finalmente todos puderam ser mais uma vez felizes para sempre.

FIM.

Lucas José
Enviado por Lucas José em 24/05/2020
Código do texto: T6957218
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