Devorador de mundos

Era uma vez, um serzinho que vivia no espaço sideral.

Um dia, ele caiu em um planeta cheio de seres bem diferentes dele.

Ele achou aquilo muito legal e comecou a se aproximar. Mas sempre que chegava perto, era olhado estranho, com desconfiança e muitas vezes com medo.

Ele, então, começou a se isolar, cada vez mais. Até desaparecer em uma caverna. Enquanto se recolhia, o pequeno ser foi percebendo que, diferente dos demais, ele conseguia se alimentar de qualquer coisa disponível naquele mundo.

Quanto mais se alimentava, mais o serzinho crescia. Cada árvore que comia, cada água que bebia o deixava maior. Tão grande que percebeu que podia comer até os animais daquele mundo.

Ele comeu tanto que não cabia mais na caverna e, quando saiu, viu o mundo todo que podia comer.

Assim ele foi crescendo, crescendo, crescendo. Até se tornar o maior de todos os seres.

O que não era o suficiente.

Quanto mais ele crescia, menos árvores viviam, menos seres sobreviviam, menos espaço sobrava.

Até o momento que só sobrou o ser. Agora já gigantão, maior que o mundo poderia suportar.

Sem ter mais o que comer, o ser grandão foi diminuindo e diminuindo e diminuindo. Até desaparecer.