Um conto mágico

A tristeza presa no peito da criança, doia em desatino. E a menina

no início de sua vida de apenas seis anos, já amargava dias de incompreensão e solidão.

Sua dor aumentava sempre que não lhe davam ouvido: Afinal criança não pensa, não chora, não sente, nem é gente?

Quando isto acontecia, abria a janela de noite e olhava as estrelas. E

sempre, não só nesse dia. A maior de todas piscava-lhe intensamente.

E a menina via quando um pozinho cintiliante desprendia-se daquele astro percorrendo bilhões de léguas até a sua janela.

E seus pequeninos olhos então sorriam, porque estava sendo ouvida, talvez por sua própria mãe. Agora bela a altiva estrela que lhe dizia não estar sozinha na sua fria solidão.

Aí, então, seu coração encontrava paz e a razão de tudo perdia-se meio à fofura de sua cama.

E a menina logo dormia, deixando nos seus lábios um sorriso de inocência mais belo, misturado a um gesto de GRATIDÃO.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 10/07/2021
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