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Espada, Sangue e Eduard 22/08

Um longa Madrugada.

De acordo com meu valoroso chefe, seria uma longa madrugada. Já que a pupila era vampiro, eu não poderia andar com ela por aí a luz do dia, apesar de que os vampiros hematógafos não temem a luz dia, mas era uma questão de segurança. Eu não quis perder o meu precioso tempo discutindo sobre prós e contras com o Justin, então simplesmente peguei a garota e fui rumo ao estabelecimento de Eduard.

É, eu tinha razão. Ela era apenas uma criança, tinha um pouco mais de dezesseis anos e estava ali apenas por achava divertido ver as pessoas morrerem. Uma das coisas que nunca entendo nesse mundo é o por que as pessoas fazem as coisas por que acha que é divertido. Não é divertido até elas verem o tipo de vida que tem por trás disso. Nunca foi, ou será simplesmente matar...Existem cicatrizes. Existem perdas. Então, para fazer ela ver que não é tão simples, levei a pequena para a casa de Eduard para comprar uma espada.

- Ed, abre, é a Dah.

- Está muito cedo amor... Por que não volta de manhã?

- eu posso arrombar a porta como da última vez, quer?

Não deu dois minutos ele me abriu a porta ainda vestido de pijama e com uma cara de sono. Ele olhou bem para mim e depois viu que estava acompanhada de uma garota. Se tivesse mais tempo, contaria como conheci Eduard Smith, um dos "elevados" e como se tornou um dos meus favoritos fornecedores. Quer dizer, de espadas, adagas e outros brinquedos que eu adorava comprar apenas para me divertir. Eduard... Existem coisas que devem ser lembradas todos os dias.

- Ah Dah... Por favor, não me diga que seqüestrou a pirralha?

Eu sorri para ele sentando no sofá. Sabia que se ele quisesse poderia saber em dois tempos o por que estava ali, mas ele sempre gostava de manter o suspense das visitas até o último instante. Essa era uma das razões que o fazia tão apreciado por mim: Não precisar de poder para ter tudo.

- Ed, eu preciso de uma espada. De preferência, uma daquelas para aprendiz, que são mais leves e tem o cabo maior. Por favor, amor... Eu tenho que trabalhar hoje ainda.

- Eu não quero uma espada de aprendiz. Quero uma dos Noldorin.

Ed olhou para mim um tanto preocupado. Ele sabia bem que eu não tinha paciência e muito menos quando alguém metido a besta falava que estava errada. Se havia alguém que entendia de espadas além de Eduard naquela cidade imunda, era eu. Levantei-me calmamente e andei até onde ela estava de pé, perto da porta ainda. Puxei a minha espada da cintura e entreguei a ela.

- Segure.

Ela pegou a espada com cuidado, observando os detalhes e tentando levanta lá e apontar para mim. Eu sorri vendo do esforço que ela fazia apenas para conseguir levantar a espada. Minha amada espada. Não era nem tão pesada, era uma ainen, das mais simples e leves, super eficiente e afiada. Se ela não conseguia ter poder sobre a minha, como conseguiria ter sobre um noldorin?

- Amor, me vê uma saori, sim?

Eu e Ed rimos da expressão dela. Um misto de raiva com desprezo, tentando parecer assustadora aos nossos olhos. Isso pode parecer meio clichê, mas não é você que escolhe uma espada, mas sim elas se definem em suas mãos.Por exemplo: você comprar a melhor espada, mas se não tem força para segura lá, não vai adiantar. Você vai se tornar fraco e vulnerável com ela. Não adiantava tentar dar a Melissa uma das melhores se ela não conseguia ir pelas básicas. Claro, eu tinha que explicar isso a aprendiz, mas depois. Primeiro ela ia fazer umas coisinhas...

- Queridinha, sente se no sofá sim?

Há muito tempo, havia feito isso comigo, e definitivamente era emocionante ter o poder de fazer em outra pessoa. Quando ela se sentou no sofá, pedi que esticasse as mãos com a palma virada para cima. Peguei um banco e sentei me a sua frente, puxando do bolso uma adaga dourada com o desenho de uma onça negra e um pano branco. Segurando a mão direita dela fiz um corte no meio, deixando sangue escorrer e sujando a adaga e o pano. Ela me olhava curiosa, mas sem expressar sinal de dor ou medo, o que queria dizer que ela já sabia como a coisa funciona, o que era melhor. Não tinha paciência com crianças.

No pano branco se formava um desenho. Eduard que tinha ido pegar a espada que eu tinha solicitado voltou e olhou o desenho que se formava. Era uma espécie de águia, mas manchada com muito sangue nas assas, o que não era comum, os desenhos sempre se formavam nítidos. Eduard já sabia o que queria dizer, mas ele apenas olhou sério para a garota que mantinha um olhar um tanto inexpressivo.

- Ed, eu sei que ela é um vampiro, mas ainda não entendi o que isso quer dizer. Águias não carregam sangue.

- Amor, ela é não é apenas um vampiro, ela é uma aratar, uma justiceira. A águia que traz sangue.

É, a vida tem várias supressas. Talvez fosse por isso que Justin me entregou a garota e eu tenha aceitado sem muitos discutir e ainda por cima tinha levado ao Eduard. Aratar não quer dizer simplesmente que a pessoa faz justiça, mas sim, que tem vários dons mágicos. Dizem que o sangue de um aratar jovem pode dar vida eterna a uma pessoa doente e que os poderes de cura estão além da compreensão de um mortal. Justin era um cara esperto, sinceramente... Colocar-me junto com uma pessoa como ela era assinar a sentença de morte de uma das duas.

- Você sabia disso, Melissa?

Ela sorriu e se levantou, olhando para mim que continuava sentada e para Eduard que estava com o pano e o amarrava na espada. O trabalho de Ed era simples agora. Tinha que passar o desenho para a espada, quer dizer, desenhar a águia com o sangue dela e escrever alguma coisa que eu nunca entendi.

- Não vai demorar Nénar...

Melissa e seu ego me irritavam. Ela passou uma meia hora falando de como era poderosa e de como ia colocar o mundo abaixo com a sua nova condição. Se formos olhar pelo fato dela ser vampiro e uma aratar, sim, ela bem poderosa. Mas se olharmos pelo fato de que eu sou uma assassina desde que eu me conheço por gente, não sei se me venceria. Pouca gente poderia me vencer...

- Nénar, o pacto está completo.

Nenar
Enviado por Nenar em 19/11/2007
Código do texto: T743548
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