A água chega ao "polígono da seca"

Geograficamente falando o clima dessa região é o semiárido, e a área de vegetação predomina a Caatinga.

Isto está mudando radicalmente.

A importância da criação do Polígono das Secas está atrelada ao papel do Estado em criar políticas públicas de desenvolvimento econômico e social para a região, mediante o cenário natural de seca enfrentado pela população local.

Fato é que a seca existe e devido a influência do clima ela ainda permanece na região mesmo agora com a "transposição do Rio São Francisco".

De novo a história mostra que o problema existe desde a época do "reinado".

Em 1847, após dois anos de seca no Nordeste, o intendente da comarca do Crato, no Ceará, Marcos Antônio de Macedo, propõe o primeiro projeto de transposição do São Francisco.

Em 1856, uma comissão científica, chefiada pelo Barão de Capanema, inicia outro estudo nesse sentido, que acaba arquivado.

A ideia voltaria a ser defendida em 1886, pelo engenheiro cearense Tristão Franklin Alencar, mas não vai adiante.

Era assim as características geográfica do "polígono da seca".

Solo pedregoso. Vegetação escassa.

Rio seco. Solo árido.

Não chove. Falta chuva.

Falta água. Calor intenso.

Terra seca.

E mesmo assim a secura da terra não tirou a vontade de viver de Fabiano(*).

Homem rude.

Típico vaqueiro do sertão.

Não frequentou a escola.

Não tinha o dom das palavras.

Fabiano enxergava a vida miserável de sua família.

Eram castigados pela seca.

Faltava tudo.

Fabiano contava histórias para matar o tempo.

Histórias e aventuras que nunca as viveu.

Certo dia de céu azul.

Resolve partir.

Larga tudo o que tinha.

Parte e faz planos para o futuro.

Até que chova de novo.

Agora longe do drama da seca...

(*)Fabiano, personagem em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 19/10/2022
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