Voltando a ser o que eu era antes

Não atirei a primeira

pedra no teto da minha

casa de vidro pois ela

é de vidro temperado.

O céu azul petróleo

chora chuva ácida,

as lagrimas não corroem

as plantas carnívoras

lá de fora, elas as alimentam.

As piranhas do meu

aquário mataram umas

as outras, a matança

deixou a água do seu

habitat vermelha.

Nada que minha

teraupa diz me faz

mudar de ideia, ela

diz que esse mundo

não existe.

Se eu o vejo

e sinto, então

ele existe sim.

Mas eu não vivo nesse

ambiente hostil e

surreal por vontade

própria, eu apenas fui

inserida nele.

E o mais engraçado

é que eu me perdi no

personagem, eu me

habituei com essa

vida, não gosto mas

também não odeio,

eu suporto.

Mariane Carvalho
Enviado por Mariane Carvalho em 28/08/2023
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