OS ELEMENTARES

OS ELEMENTARES

Capitulo I

O sol nascia de forma diferente, os raios matinais começam a cobrir a densa floresta escura o brilho radiante penetrava entre as folhas com feches incandescentes, tudo se iluminava de forma lenta e intensa. Thomas assistia maravilhado enquanto a luz caminhava em sua direção passando pela floresta e chegando sobre o quintal de seu pequeno esconderijo. Com tanta luz chegando ele pouco lembrava do sufoco da noite anterior onde uma tempestade havia se formado repentinamente e destruirá parte de seu esconderijo, as folhas que cobriam a entrada haviam sido levadas pelo vento, o teto de madeira gotejava sem parar e o chão estava enxarcado formando uma grande poça de água. Thomas havia feito de tudo para se manter protegido, estava cansado e com frio, em certo momento desistiu de tentar segurar as partes do abrigo e apenas sentou-se em uma pedra e torceu para o novo dia chegar.

O menino já estava acostumado com situações assim, desde de que fugira de casa sua vida tinha se transformado em uma constante luta por sobrevivência. As tempestades aconteciam com frequência e por mais que ele se esforçasse os abrigos nunca resistiam as forças dos ventos, era como se a natureza fizesse questão de lembra-lo que não era uma boa ideia viver ao relento por conta própria.

Thomas estava ainda sentado pensando no que iria fazer, estava com fome, frio e sono sentindo um misto de medo e raiva. Ele pensou em retornar a sua casa no vilarejo de Lusor, um lugar sinuoso cercado pelas montanhas, ruas enlameadas onde repousavam bêbados e pedintes. Na encosta das montanhas se aglomeravam vendedores dos mais variados artigos, roupas de seda importadas das cidades além do mar, armaduras feitas com peles de animas da floresta, peixes pescados recentemente ou não eram espalhados em tabuas no chão e postos a venda. O cheiro do ambiente não era agradável, mas, era ali que Thomas havia crescido, ele se lembrou de correr em meio as pessoas e tentar escalar as montanhas, ele nunca havia conseguido e caia sempre a menos de dois metros no chão, mas sempre levantava e continuava a correr por entre a multidão ate se sentir exausto e voltar para a casa.

- Ei!! Falou Thomas institivamente para afastar os pensamentos. A volta para a casa nuca lhe fora uma boa recordação, ele se sentia vulnerável sempre que pensava no medo que sentia quando olhava para o pai, as brigas, os castigos, a solidão por não ter convivido com a mãe, irmãos ou amigos. Thomas não queria reviver estes momentos, então evitava pensar neles, mas la estava ele sozinho em meio a relva deserta de frente para a floresta de onde todos tinham medo e de onde poucos conseguiram entrar ou sair.

Continua!