O Diário de Dumbledore - 1º Parte - 1981

SPOLIERS

Este texto contém SPOLIERS, ou seja, os fãs que não leram todos os livros (e em especial o sétimo livro) não devem ler isto. Para o seu próprio bem, e o prazer de leitura de ler HP7 com todo o suspense e mistérios a que tem direito.

Atenciosamente,

O INQUISIDOR.

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Também Dumbledore tinha um diário. Aqui eu descrevo o dia a dia de Dumbledore nos sete anos de estudo de Harry em Hogwarts. Por ainda haver grandes lacunas, prefiro não escrever sobre períodos muito longínquos dos anos de estudo em Hogwarts. Espero que aproveitem este conto.

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PRIMEIRA PARTE - 1981

24 de Outubro de 1981

Entreguei a Tiago e Lílian a fórmula do Feitiço Fidelius. Eles me disseram que o vão executar amanhã, com Sirius como o fiel do segredo. Estou mais tranqüilo sabendo que vão finalmente executá-lo. Tanto Harry, como Lílian e Tiago estarão seguros e a salvo.

Resta saber o nome do espião.

Severo, a partir de sua minuciosa percepção, notou que Voldemort está mais bem informado do que ele lhe tem passado sob minhas ordens. Severo suspeita, e estou de pleno acordo, que há um espião entre os amigos dos Potter. Alguém que, no último um ano, tem passado informações ao Lorde das Trevas.

Mas quem poderia ser? E quão cruel é essa situação, eu ter que imaginar que entre os amigos tão antigos como os dos Potter, há um espião de Voldemort.

Mas mudando de assunto, eu conclui o meu desejo. Quando fui aos Potter levar a fórmula, peguei a Capa de Invisibilidade de Tiago emprestada, eu tinha que fazer alguns testes. Eu nem acredito que posso estar de posse de mais uma Relíquia da Morte. Esta capa explica muita coisa sobre o tempo de Tiago e seus amigos na escola. E ela continua intacta. Tiago me garantiu que ela lhe passada por seu pai. Se esta for mesmo a Capa de Invisibilidade da própria Morte, será extraordinário! Assim eu terei duas das três, e só em restará o anel para encontrar.

Quem diria que esse sonho tão antigo, que a muito tempo já não me seduzia, poderia se ver tão próximo através de Tiago Potter, um de meus antigos alunos.

01 de Novembro de 1981

Esse foi um dos piores dias da minha vida. Com certeza, o mais longo. No momento, estou a dois daquela infeliz data, e o sono pesa nas minhas pálpebras, mas vou escrever antes. O remédio amargo se toma de uma vez, nunca em doses. Faz dois dias que estou em claro. Hoje, porém, vou dormir, e dormir melhor do que jamais o fiz antes na vida. Eu estou mais calmo, e me atrevo a dizer, que mais leve.

Meia-noite

Bem, tudo começou exatamente a meia-noite, nos primeiros segundos desse tenebroso dia. Eu senti um aperto coração e acordei sobressaltado. Por um momento, eu não soube direito o que sentia ou fazia, então tudo me veio a tona.

Eu tivera um pesadelo com os Potter. Saí de minha cama, me vesti rapidamente e fui de imediato a Godric’s Hollow. A casa dos Potter estava parcialmente destruída. Eu entrei nervoso, aos pés da escada encontrei o corpo de Tiago.

Já ali uma lagrima correu, depois subi correndo a escada e vi, a porta desmantelada, o quarto irreconhecível daquele de uma semana atrás, o corpo de Lílian no chão, em frente ao berço. Parte do teto desabara. O silencio martelava meus ouvidos, e meu choro lavava minha barba.

Como eu queria ter evitado aquilo. Como eu queria ter evitado que mais uma família fosse destruída, assim como a minha. Mas não pude fazer nada. Até o Feitiço Fidelius eu sugeri, mas nada parou a sanha assassina de Voldemort. Com certeza aquele espião havia os delatado.

Então, em meio aos meus prantos, ouvi um choro agudo e fraco vindo do meio dos destroços. Era um bebê que chorava. Eu o retirei de debaixo dos escombros, parte do berço havia segurado o entulho. Era o Harry. Ele chorava fracamente, com certeza nem sabia da condição dos pais. Ele tinha uma cicatriz na testa...

Espera, pensei, uma cicatriz? Claro, a profecia! Ele foi cumprida! O Lorde das Trevas irá marcá-lo como um igual. É isso! Harry Potter sobreviveu a Maldição da Morte, sobreviveu ao feitiço de Voldemort. Então quer dizer que ele era o bebê certo? Talvez. Tenho que protege-lo. Esse bebê é a salvação do mundo mágico, pois se as minhas pesquisas anteriores estão corretas, é certo que Voldemort não morreu. Ele ainda está lá fora.

Eu devolvi Harry aos escombros, eu tinha que entender porque ele havia tanta maldade no mundo. E pra isso era necessário tempo. Mas não poderia tão pouco deixa-lo ali. Mandei uma coruja a Hagrid avisando que viesse buscá-lo na casa destruída e o levasse a casa dos tios. Até a noite seguinte – já que Hagrid não aparata – ele já deveria chegar a Surrey. Enquanto isso eu tinha muitas coisas para fazer.

Duas horas da manhã

Cheguei ao Ministério da Magia após mandar uma coruja a Emília Bagnold, Ministra da Magia. Eu contei a ela em primeira mão sobre o acontecido e antes de amanhecer o Ministério já se encarregara de espalhar as boas novas. Todos ficariam sabendo sobre a queda de Voldemort e o mistério sobre Harry Potter, que foi logo chamado de o Menino Que Sobreviveu.

Mas havia outras coisas pendentes sobre o que conversarmos.

— É espantoso que o Menino Potter tenha sobrevivido Alvo! — disse Madame Bagnold — realmente espantoso! Mas como foi que ele sobreviveu? Como?

— Não sei Emilia, sinceramente, não sei. Talvez nunca cheguemos a saber. Mas Emilia, há um outro assunto pra tratar com você.

— Sobre o que Alvo? — Madame Bagnold ergueu a varinha e conjurou duas xícaras de porcelana fina e um bule de prata.

— Bem, lembra-se que eu havia lhe dito que eu tinha um espião no covil de Lord Voldemort?

— Sim, sim, me lembro. Disse que não poderia dizer que era por eventuais espiões no Ministério.

— Exato! Acontece que este m eu espião me relatou que Voldemort muito bem informado dos Potter, melhor até que os informantes conhecidos poderiam trazer.

— Aonde quer chegar? — disse Madame Bagnold servindo-me de chá e acrescendo leite a sua xícara.

— Meu informante suspeita, e estou de acordo com ele, que há, entre os amigos dos Potter, um traidor.

Madame Bagnold sempre fora uma mulher muito distinta. Mesmo com afirmação de tão baixa deslealdade, manteve a voz e a expressão na mais perfeita serenidade, como se eu tivesse dito “os Cannons perderam o campeonato outra vez”.

— Crouch vai adorar!

Eu mesmo não entendi o que ela disse.

— Crouch?

— Sim, não se lembra do que ele tem feito contra Comensais conhecidos? Quando souber que havia um traidor entre os amigos dos Potter, ele vai fazer disso a obra da sua vida. Sabe, Alvo, ele é muito ambicioso. Quer se tornar ministro.

Agora eu entendi o que ela disse.

— Compreendo. Conheço Crouch, não é todo mal. Mas em minha opinião, ele tem exagerado um pouco. Se for ministro, será o mais decidido e severo de todos.

— Com certeza, com certeza...

Emilia é uma mulher visivelmente sofrida. Seus últimos onze anos de governo foram marcados pela ascensão de Voldemort, e admitamos, não tem sido anos fáceis. Posso afirmar que a única que coisa que manteve alguma estabilidade no Ministério, se deve isso a sobriedade e severidade dessa mulher de pulso forte que é Madame Emilia Bagnold.

Emilia e eu ficamos horas conversando, eu estava tentando me acalmar, mas após tantas noticias ruins que chegavam a todo momento, eu apenas ficava mais e mais nervoso. Sem seu mestre, os Comensais enlouqueceram, e não se importavam mais com anonimato. Alguns cometiam atrocidades a luz do dia, desesperados por encontrar Voldemort, que não julgavam morto, mas capturado pelo Ministério ou pela Ordem da Fênix.

Algumas horas mais tarde, quando eu imaginava que minha mente estava se amenizando após tanta dor, a situação foi de mal a pior.

Um auror entrou na sala de Madame Bagnold sem bater, ele parecia muito nervoso, andou direto em nossa direção, parou a alguns metros, se curvou numa reverência e disse:

— Perdão pela intromissão Ministra, Prof. Dumbledore, mas é urgente.

— Que nova tragédia se sucedeu agora? — perguntou Madame Bagnold sem emoção.

— Uma tragédia senhora, algo, não sei... nunca vi igual.

Agora até Madame Bagnold se alterou. O auror estava deveras abalado, extremamente nervoso. Eu olhei o auror profundamente e esperei que ele explicasse.

— Madame, uma chacina.

Ao som desta palavra, ambas as xícaras, a minha e a de Emilia, se tilintaram na bandeja e eu e a ministra ficamos de pé. O auror, notando que tinha toda a nossa atenção, saiu contando:

— Madame, professor, a cercaq de meia-hora, um bruxo explodiu metade de uma rua trouxa. Ele matou todos num raio de seus metros.

Treze vitimas inocentes.

— Treze? — repeti atônito.

— Sim, treze vítimas. Um horror. Um monte de trouxas viram a cena. Já apagamos a maioria das memórias. Mas não é muito fácil esquecer que doze trouxas como eles morreram numa explosão sem explicação satisfatória.

— Espere, há um incoerência no que disse auror — falou Madame Bagnold inteligentemente — a pouco disse que eram trezes as vítimas. E a um segundo disse que foram doze.

— As vítimas foram treze ao todo ministra: doze trouxas e... um bruxo.

— Mas quem foi? Quem foram os dois bruxos que duelaram? — perguntei bastante contido.

— Aí é que está professor, não houve duelo. O bruxo que foi morto, Pedro Pettigrew, estava sendo caçado quando se viu naquele beco, não duelou.

— Pedro... mas então quem o caçava? Algum Comensal conhecido? — perguntei ainda mais contido.

— Não professor, não foi um Comensal da Morte, conhecido. Foi... foi... Sirius Black.

Um silêncio assustador encheu o gabinete da ministra. Estávamos todos chocados com a notícia.

Então, sem aviso, o Sr. Crouch entrou no gabinete, sério como sempre, e vinha trazendo um envelope na mão direita.

— Saudações, ministra, Prof. Dumbledore — e meneou a cabeças em nossa direção — perdão pela interrupção, mas tenho urgência.

— Auror, pode se retirar — disse a ministra.

Quando o auror saiu, Crouch entendeu o envelope a mim e disse sem rodeios:

— Você está sendo convocado Prof. Dumbledore.

Eu recebi o envelope, mas me mantive olhando ao Crouch.

— Convocado Bartô?

— Sim! Como chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia, eu estou convocando uma série de julgamentos sumários. Lord Voldemort teve seu fim a poucas horas e já há dezenas de Comensais conhecidos e suspeitos a comensais, pra julgar. Eu vou presidir, é claro, e você, Alvo, como Presidente da Confederação Internacional dos Bruxos é convocado como representante dela e um dos membros do júri. Não vai contestar a convocação, vai?

— Eu poderia contestar Bartô, mas não vou fazer isso. Eu já imaginava que uma coisa assim ocorreria. Já soube de Black?

— Sim, já soube Alvo, uma tragédia — disse Crouch com tanta frieza como dissesse: “achei um nuque no chão” — o julgamento dele já está marcado, será amanhã mesmo. Com as provas que os representantes do meu departamento da conseguiram, acho bem possível o julgamento não durar nem cinco minutos.

Bartolomeu Crouch contou um pouco mais sobre as provas sobre Black, se despediu com um breve aceno da cabeça e saiu.

Talvez pelas circunstâncias de pressão, ou tivesse sido a maré de informações das últimas horas, Emilia de repente me olhou séria e disse devagar:

— Alvo, você disse que havia um espião entre os amigos dos Potter?

— Sim, Emilia, de fato, eu disse.

— Bem, vamos somar dois mais dois Alvo: havia um espião entre os amigos dos Potter, Black caça Pettigrew, Black mata Pettigrew e mais doze trouxas, Crouch acaba de nos dizer que Pettigrew falou alguma sobre os Potter antes de ser assassinado. Bem, parece que encontramos o seu traidor: Sirius Black, o melhor amigo de Tiago Potter.

— Já que tocou no assunto Emilia, eu queria lhe faze rum pedido. Posso?

— Claro Alvo, o que quer de mim.

— Eu queria que você tivesse um pouco de pena da sociedade mágica. Pelo menos por uns dias.

Emilia não entendeu o que eu disse, então tratei de me explicar.

— Emilia, queria que usasse a sua influencia no profeta Diário pra impedir, por alguns dias, ou ao menos por hoje, que qualquer notícia desagradável fosse publicada. Deixemos festejar o fim de Voldemort, há tão pouco o que comemorar nos últimos onze anos.

Emilia sorriu.

— Claro Alvo, eu posso fazer isso. Seria realmente muita maldade divulgar o fim de Você-Sabe-Quem, e em seguida essa série de crimes já cometidos por seguidores dele. Ao menos por hoje, eu vou impedir sangue corra nas matérias.

Durante o resto do dia eu passei em meu escritório em Hogwarts, pensando.

Alguma coisa estava fora de ordem no mundo. Como podia haver tanta maldade, tanta crueldade no mundo? Voldemort, friamente, matou Lílian e Tiago para chegar em Harry. Tornou esse bebê tão jovem, órfão de pai e mãe, pelo simples fato de que um dia ele poderia derrotá-lo. Não há prova maior de quão egoísta é Voldemort.

E agora Black, que traiu o melhor amigo, levando a morte ao amigo, sua esposa e filho. E Black ainda é padrinho do Harry, o que torna a situação ainda mais bárbara. Mas ele não parou aí. Black ainda perseguiu e assassinou Pettigrew, que provavelmente deve ter descoberto toda a trama.

E essa angustia não me deixou dormir por dois dias. Mas ainda continuando naquele malfadado dia, eu me preparei para, à noite, ir a Surrey.

Meia-noite

Tentando me alegrar um pouco, e novamente uma tentativa vã, eu saí cedo de Hogwarts. De família em família, de amigos em amigos, devo ter passado por umas dez festas e comemorações por conta do fim de Lord Voldemort. Era muito bom ver aquelas pessoas tão felizes, esquecidas de todas as tragédias que vinham dia-a-dia ocorrendo nos últimos onze anos.

Durante o dia eu escrevi uma carta aos únicos parentes vivos de Harry:

"Sr. e Sra. Dursley,

Tenho a triste tarefa de informar que seus parentes, Tiago e Lílian, foram assassinados. Vocês são, então, os únicos parentes de Harry Potter, o bebê deixado em sua porta.

Harry ainda corre perigo. Ninguém do mundo bruxo o procurara na casa de vocês, e também por serem parentes dele, é que informo que Harry deverá viver com vocês. A situação é delicada, sei bem, mas Harry não tem ninguém mais no mundo. A sua educação mágica iniciará aos onze anos, e até lá ele estará sob a égide de vocês.

Espero que procurem entender que Harry precisa mais do que tudo de uma família que o acolha, pois agora é órfão de pai e mãe. Como o sangue dos Evans corre tanto nas veias da Sra. Petúnia Dursley como do sobrinho Harry, filho de Lílian, julgo que não será um problema a aceitação do garoto.

Atenciosamente,

Alvo Dumbledore."

A meia-noite eu cheguei a Rua dos Alfeneiros, Hagrid ainda demorou uns minutos pra chegar. McGonagall já me esperava, pontual como sempre. Depois eu deixei a carta na cesta, junto com Harry e voltei a Hogwarts, pra tentar dormir.

Ma eu não consegui. Como disse, eu na\o tinha sono. A angustia de tantas perversidades ao meu redor enchia minha mente, e impedia que eu sequer ficasse sonolento.

02 de Novembro de 1981

Passei todo o dia no Décimo Tribunal, como membro do júri.

Como Crouch previa, os julgamentos eram sumários. Alguns não duraram nem cinco minutos. Outros, no entanto, se arrastaram por horas a fio, com dezenas de testemunhas de defesa e acusação se confrontando. Vai ser um eriodo difícil esse que entro. É melhor, claro, do qual saímos, mas não será mais fácil ou menos doloroso.

A noite, mais uma vez, eu não tinha sono. Dois dias sem dormir já me causava uma enorme fraqueza. Mas hoje a noite, eu não ia tolerar essa insônia novamente. Eu criei coragem, e fui fazer o que achei que devia.

Já passava das dez horas quando saí de Hogwarts e aparatei em Godric’s Hollow.

A casa dos Potter parecia ainda mais sombria agora do que fora a duas noites. Eu entrei calmo e sereno, respirando profundamente. A porta estava fechada, com certeza quem retirou os corpos haviam-na fechado. Do corredor, eu podia a ver a sala a direita e a escada a esquerda. A sala estava intocada. Intacta. Estranho! Deve ter havido luta quando Voldemort entrou lá, deveria ter sinal de luta. Tiago nem estava lá, ele estava caído ao pé da escada.

Devagar, eu subi a escada para o piso superior, vi a porta destruída do quarto de Harry. Cheguei mais perto e parei no portal. A minha frente, do outro lado do quarto, o berço semi-destruído. A porta estava caída a esquerda, fora arrebentada com brutalidade com magia. Pelo teto despedaçado eu vi o ângulo que o feitiço foi invocado. Quando Voldemort não pode matar Harry – cuja explicação eu ainda não tinha – o feitiço voltou ao bruxo numa explosão, levando parte do teto junto.

Mas espere aí, pensei, há uma incoerência aqui. Se o feitiço voltou a Voldemort, que deveria estar na direção que estou, por que a parede e o teto do fundo do quarto foram destruídos? A não ser que Voldemort estivesse lá, não aqui. Mas então... e a Lílian?

Vi no chão, a minha frente, o espaço limpo onde o corpo Lílian ficou estirado. Eu me aproximei e me abaixei. Toquei o espaço limpo com emoção, como se tocasse a própria Lílian.

Num único segundo, eu compreendi um milhão de coisas.

O espaço está limpo pois ela morreu antes da explosão — e quando olhei para os lados, eu notei. Olhei para a porta, olhei para o berço e olhei para a parede e o teto desabados. Notei enfim algo muito, muito importante — se ela caíra aqui, exatamente aqui, entre a porta e o berço, quer dizer... meus Deus! — novamente uma lágrima rolou pela minha face, mas em vez de tristeza, esta carregava uma enorme felicidade — Ela se sacrificou pelo filho. Lílian tentou salvar Harry. Tiago... Tiago estava ao pé da escada. Ele tentou dar tempo e a esposa e o filho para fugirem. Ele também, de certa forma, se sacrificou pelo filho. Tentou dar tempo a ele e a esposa. Depois Lílian enfrentou um bruxo muitas vezes mais poderoso que ela para salvar o filho, ela não se importou se tivesse que morrer pra salva-lo, era queria que Harry vivesse.

Novamente eu chorei. E chorei com gosto, pois pude saber que havia mais do que maldades nesse mundo.

Lílian não apenas deu a sua vida pelo filho, ela amou o filho mais do que a própria vida. E isso é um sentimento muito forte e poderoso... claro, como não pude ver antes? Foi o amor de Lílian! Ela amou tão fortemente, que esse amor criou uma barreira mágica que protegeu o Harry. Ele sobreviveu por causa do amor de sua mãe. Voldemort não pôde tocá-lo.

Eu me levantei e olhei ao redor. A destruição parecia agora uma coisa muito bela. Pois fora ali, naquele quarto em ruínas, que a maior prova de amor de uma mãe por seu filho aconteceu.

Eu em enchi de ternura com a prova daquele puro ato de amor e bondade.

Ainda há esperança!

Próximo Capítulo!

Thiago A Almeida
Enviado por Thiago A Almeida em 19/03/2008
Código do texto: T907837
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