Na Periferia de Uma Ilusão

A detetive Raven estava parcialmente coberta pela neblina típica de Londres. Ela estava em um beco da cidade, ao lado de sua assistente Francine e outras policiais femininas cercando um corpo. Raven aproxima-se deste curvando-se. Os cabelos de Raven eram negros e brilhantes, contrastando com o preto opaco de seu sobre-tudo e o preto intermediário da roupa que vestia. Sua imagem fazia jus ao seu nome. Ela observava atentamente a vítima, um homem nu com os braços abertos na posição de cruz com o ventre aberto.

Francine: Este é o segundo assassinato. O outro ocorreu nove semanas antes.

Raven: Este é o terceiro. O segundo ocorreu nove meses após o primeiro e agora este. Nove semanas depois.

Francine: É comum que assassinos em série diminuam o tempo entre seus ataques.

Raven: Surpreendente.

Francine: O que?

Raven: É surpreendente que uma idiota como você saiba disto.

No outro lado de Londres Mick, um estudante colegial dormia em um sofá utilizado como cama, Mick vive em um prédio abandonado isolado do mundo. Ele é acordado por Yuki, esta salta sobre ele gritando para que Mick acorde. O garoto cai no chão assustado, mas logo sorri.

Mick: Você me acorda assim todas as manhãs.

Yuki: É que eu gosto muito de você.

O quarto de Mick era simples, além do sofá havia uma televisão com DVD, um computador de ultima geração e uma estante onde ele guardava suas de DVD, jogos e action figures de Yukie, isto por que Yuki era uma personagem de um anime de cabelos curtos cor de violeta e olhos avermelhados.

Mick logo vai para o computador checar as aulas do dia, Yuki apoia-se em seu ombro para observar a tela do computador, ela usava um traje ao estilo futurista/espacial com top branco terminando logo abaixo da linha de cintura, revelando sua calcinha preta, luvas brancas terminando a cima do cotovelo e botas flexíveis indo até a metade de suas coxas, Mick sabia que Yukie estava inclinada sobre ele, revelando sua , caso alguém estivesse atrás deles para ver.

Yuki: Você fez esta tabela para saber em quais dias poderá faltar, não é mesmo.

Mick: Isto mesmo, desde que eu fique dentro do limite de faltas não vou ter preocupações. Mas hoje eu tenho que ir.

Yuki: Não, não e não. Eu quero ficar com você o dia inteiro.

Mick: Eu venho da escola para casa.

Yuki: E se aquela garota vier atrás de você de novo?

Mick: Vou ficar longe dela.

Mick estava sozinho em seu quarto, ele desliga o monitor saindo de casa.

Mick: Vou voltar direto para casa, a final não tenho nada que me prenda lá.

Ele caminhava lentamente até a faixada do prédio, onde para subitamente, a rua estava deserta, era como ele gostava, mas algo estava errado, Mick olha para cima.

Mick: Quem está me olhando?

Uma vez na escola Mick estava sentado sozinho em sua cadeira.

Ashley senta-se ao seu lado sorrindo.

Ashley: Bom dia.

Mick: Oi...

Ashley: Oi? É assim que você fala com sua amiga? Vou parar de falar com você.

Mick a ignora olhando para frente esperando a vinda da professora, Asley ajoelha-se ao lado de Mick olhando-o dentro dos olhos. Ashley: Aconteceu alguma coisa? Hoje você está mais silencioso do que o costume.

Mick: Está tudo bem.

A professora entra, a aula de física sempre interessava Mick.

Professora: A pesar de ser usado como tema de ficção científica, as dimensões paralelas são um tema estudado seriamente por físicos. Vamos ver quem prontifica-se?

Mick: professora! A teoria das dimensões paralelas surgiram após a descoberta de uma equação que visava calcular a posição de todos os átomos de nosso corpo. Este calculo apresenta uma falha pois uma molécula seria representada simultâneamente em inúmeras posições. basicamente esta equação demonstra que um corpo ocupa dois ou mais lugares ao mesmo tempo e no espaço.

Professora: Exacto. Sabemos que uma das leis fundamentais de física é que o mesmo corpo não ocupa dois lugares ao mesmo tempo. Com este paradoxo foi criada a teoria das dimensões paralelas. Por exemplo existem milhares de Micks sentados nesta cadeira, cada um diferente do outro. Mas não podemos vê-los e nem toca-los.

Mick: Existe alguma maneira de chegar a estas dimensões?

A professora sorri.

As aulas haviam acabado e Mick estava em casa jogando vídeo game ao lado de Yuki, esta torcia por ele com sua cabeça apoiada no ombro do garoto. Yuki vestia uma blusa lilás colada ao corpo, uma saia preta aberta na frente. As extremidade eram seguras por cintos de couro e botas pretas. A abertura da saia revelava parte de sua calcinha cor-de-rosa.

Yuki: Buraco de minhoca?

Mick: Também achei o nome estranho. Estes buracos abrem espaços dimensionais e/ou espaciais.

Yuki: Como assim espaciais?

Mick: Por exemplo se entrarmos em um destes buracos podemos ir da Inglaterra para o Brasil em segundos, isto se o buraco de minhoca ligar os dois lugares.

Yuki (meiga): Como você é inteligente.

No vídeo Game Mick derrota o inimigo que estava enfrentando passando para a próxima fase. Yuki pulava aplaudindo Mick. em seguida ela o abraça beijando sua face.

Yuki: Eu amo você.

No dia seguinte Mick acorda com Yuki pulando sobre ele, Mick cai no chão, ele abre os olhos sorrindo. Yuki estava vestida de enfermeira com mini saia e cinta lia branca, ela pisca para ele apontando seu indicador direito para ele, sorrindo de maneira sedutora. Yuki: Hora de acordar.

Mick: Hoje eu posso faltar, vou ficar o dia inteiro com você.

Yuki: Que bom, eu não aguento ficar longe de você.

Minutos depois ele jogava víideo game, tentando terminar o jogo iniciado outro dia, Yuki torcia por ele, como se sua vida dependesse da vitória de Mick. Subitamente Mick sente-se sozinho, um silêncio invade seu quarto.

Mick: Alguém está me olhando.

A porta de seu quarto are-se lentamente. Era Sara, irmã de Mick, quem estava entrando, ela estudava no mesmo colégio só que era um ano mais nova.

Sara: Bom dia Mick.

Mick: O que você quer?

Sara (irritada): Seu chato, você não foi a escola hoje?

Vai acabar repetindo.

Mick: Não, mesmo faltando sou um dos melhores alunos, agora vá embora.

Sara: Eu vim até aqui para saber se você está vivo, já faz um mês que você não liga para casa.

Cadê o telefone que o pai comprou?

Mick: Joguei fora.

Sara: Por que?

Mick: Não queria falar com ninguém.

Sara senta-se no sofá de Mick, irritando seu irmão, ela olha para a estante dele observando as estatuetas e toys de yuki.

Sara: Você comprou mais destas coisas?

Mick (furioso): Não chame de coisa. Vá embora.

Sara fica assustada, seu irmão parecia furioso, ela resolve ir, parando perto da porta onde olha uma ultima vez para Mick.

Sara: Ligue para casa de vez em quando. Estamos com saudades.

Os dias passam, Mick estava debruçado sobre sua carteira olhando para o vazio quando é surpreendido por Ashley, esta tira uma foto dele com seu celular.

Ashley: Eu sabia, você é muito fotogénico.

Mick: O que você está fazendo?

Ashley: Eu queria uma foto sua, você quase nunca vêem a aula, você poderia ao menos comprar um celular assim eu poderia ligar para você.

Mick: Eu não quero receber ligações suas.

Ashley (magoada): Por que você é assim?

Mick (arrependido): Minha irmã quer que eu compre um celular. Ela já insistiu algumas vezes mas eu não quero.

Ashley: Ao menos você tem e-mail?

De forma desinteressada Mick estica seu braço até a carteira de Ashley escrevendo seu e-mail no caderno dela, alguma coisa o incomodava. Mick perguntava-se por que estava dando seu e-mail para aquela garota. No final do dia Mick voltava para casa, ele passa diante um mendigo. Este carregava uma placa com os dizeres: "o fim está próximo". Mick ignora continuando sua caminhada, ele para olhando para trás.

Mick: Quem está me olhando?

Naquela noite Mick olhava seus Yuki apoiada em seu ombro, ela trajava uma regata cor-de-laranja decotada, mini saia preta, botas de cano longo pretas e uma enxarpe branca, seu olhar parecia preocupado pois estava lendo o e-mail enviado por Ashley ao lado de Mick. "Hoje foi um dia especial, você finalmente me deu seu e-mail, agora posso enviar mensagens sempre que quiser. Estava pensando se você gostaria de sair m ia destes, como ir a um cinema ou conhecer algum ponto de Londres. Eu nasci em Londres mas não conheço a maioria de seus pontos turísticos. Bjs Ashley".

Mick: "Dia especial"?

Yuki (triste): Você passou seu e-mail para ela?

Mick: O que foi Yuki?

Yuki (triste): Você vai responder o e-mail?

Mick olha para o monitor uma ultima vez, ainda indeciso ele deleta a mensagem para a alegria de Yuki. Esta o abraça beijando-o.

Yuki: Eu amo você.

Mick: Fique sempre ao meu lado.

Na noite seguinte Mick voltava para casa, ele resolvera mudar seu caminho. Ao aproximar-se de um beco Mick ouve passos como se alguém estivesse correndo, intrigado ele adentra pela ruela escura envolta pelo nevoeiro, ao aproximar-se ele reconhece o corpo de um homem nu com os braços abertos na posição de cruz com o ventre aberto. O que o assusta não é a imagem do cadáver, mas a imagem do assassino. Ashley. Ela estava de pé ao lado do corpo, coberta de sangue tendo em suas mãos uma espada com quase dois metros de comprimento. Ashley o olhava friamente, porém ela estava estranhamente sedutora. Mick grita apavorado fugindo daquele beco gritando "assassina" abandonando Ashley ao lado do corpo que assassinara.

O sol já tinha nascido quando alguém encontrara o corpo. A detetive Raven abria caminho entre as policiais e as curiosas que cercavam o corpo, ela abaixa-se para olhar melhor o cadáver. Raven: Desta vez a diferença de tempo entre os crimes caiu para nove dias.

Francine: A senhora acha que esta diferença cairá ainda mais no próximo assassinato.

Raven: Eu não tenho bola de cristal Francine.

A detetive levanta-se tentando esquecer a pergunta cretina feita por sua assistente, Raven olha envolta estudando os rostos das pessoas em volta sabendo que o assassino costuma voltar a cena do crime. A expressão angustiada no rosto de Mick chama a atenção de Raven.

Mick acordara confuso achando que o assassinato na noite anterior havia sido um sonhos, mas agora ele sabe que Ashley era uma assassina. Ele percebe que Raven olhava diretamente em seus olhos. De maneira desajeitada ele foge do lugar do crime, Raven o segue de longe a passos lentos, desviando da multidão. Ela vê o garoto sumir em meio da neblina, mas não importava Raven tinha memória fotográfica e havia decorado o rosto de Mick.

Francine: Algum problema?

Raven: Eu quero uma amostra de todos os uniformes escolares de Londres que tenham segundo grau.

Mick finalmente entra em seu quarto, ele estava ofegante pela corrida seu coração estava batendo muito rápido. Parte pela corrida parte pelo medo que sentira.

Mick: Ela acha que sou eu... aquela policial acha que eu sou o assassino, eu não posso ser preso... Ashley ela sabe que eu sou o assassino e vai tentar me matar.

Yuki estava de pé a frente de Mick, vestindo um top azul (ocultando apenas o essencial), mini saia azul com as laterais brancas e botas 3/4. Yuki mantinha um sorriso nos lábios e as mãos atrás de seu corpo, mas logo percebe que havia alguma coisa de errada com seu namorado.

Yuki: Aconteceu alguma coisa?

Tomado pelo desespero Mick abraça as pernas de yuki chorando em seu colo, ela abaixa-se para consola-lo enquanto ouve o motivo pelo qual Mick estava desesperado.

Yuki: Se esta detetive acha que você é um assassino basta provar sua inocência - ela fica animada - vai ser uma aventura.

Mick: Uma aventura?

Yuki: Sim, nós dois juntos.

Mick: Então você vai me ajudar?

Yuki: Sim, eu serei o seu porto seguro amor.

Mick: Tudo bem, nós vamos conseguir. Mas e quanto a Ashley, ela vai querer me matar.

Yuki: É só você ficar longe dela. Esta garota não pode matar alguém que não encontra.

Minutos depois Mick estava no computador, ele enviara mensagens para todos seus amigos virtuais pedindo informações sobre os s, em seguida procura por informações sobre os assassinatos em um site de busca. Yuki abraça mick pressionando seus seios contra a s costas dele, o que deixa mick feliz, Yuki encosta seu rosto no de Mick lendo os tópicos no site de busca.

Yuki: Aqui, fotos das cenas dos crimes.

Mick: Mas isto não é meio extremo?

Yuki: Por favor. Você precisa descobrir quem é o assassino Mick, você é o homem mais inteligente que eu conheço, só você pode resolver este mistério e provar sua inocência.

Ela envolve a mão de Mick coma sua manipulando o mouse, para que na tela a seta ficasse sobre o link das foto, Mick ergue seu dedo sobre o botão esquerdo do mouse. Yuki estica seu dedo, colocando-o sobre o dedo de Mick fazendo com que ele clique sobre obre o Link abrindo-o. a tela é preenchida por imagens dos corpos, Yuki desvia o olhar.

Mick: Não precisa ficar assim.

Yuki (meiga): Eu tenho medo.

Mick: Eu protejo você.

Yuki: Você é o meu herói.

Os dois olham atentamente para a tela analisando todos os detalhes. Os corpos foram encontrados nus com os braços abertos formando uma cruz e com o ventre aberto, nenhuma outra caracteristica diferente que pudesse provar sua inocência. As horas passam e finalmente Mick adormece.

Mick dormia profundamente quando sente um par de mãos sobre seus ombros, ele acorda assustado, mas logo reconhece sua irmã.

Sara: Você não devia deixar a porta aberta.

Mick: O que você quer?

Sara: Ingrato. Eu vim limpar seu quarto, imagine se uma mulher entrar aqui, ela vai em ora de tanto nojo. Se bem que uma mulher nunca viria ao seu quarto. Enquanto isto você pode brincar comigo. Brincadeira.

Mick: Sara...

Sara: É brincadeira irmão, não tenha ideias estranhas.

Mick: Você não pode voltar amanhã? Já é tarde.

Sara: Tarde? Não acredito você dormiu na frente do computador. Já passa do meio dia.

Ao mesmo tempo Raven estava na escola onde Mick estudava, ela deduzira a idade de Mick procurando assim entre os alunos do colegial. Francine estava na porta vigiando, para que ninguém interferisse. Raven sorri ao encontrar a foto de Mick.

Minutos depois Raven e Francine estavam diante da professora de física de Mick.

Professora: Não sei se poso falar muito sobre o Mick, ele quase nunca vêem a escola, nas poucas vezes em que aparece não conversa com ninguém. Estranhamente ele é muito inteligente.

Raven: Estranhamente?

Professora: Veja bem, ele quase nunca assiste as aulas, mas comparece em todos os dias de provas e tira notas quase perfeitas. todos nós do corpo docente estudamos o caso e chegamos a conclusão de que Mick não está colando.

Sem saber que estavam falando dele Mick expulsa sua irmão se seu quarto.

Sara: Seu quarto está muito sujo.

Mick (gritando): Fique longe de mim.

Ele bate a porta com força diante de sara, dentro de seu quarto Mick apoia-se na porta esboçando um sorriso.

Mick: Onde já se viu limpar meu quarto.

Yuki: É isto

Ela mantinha a mesma roupa da noite anterior, mas estava com o rosto amassado e cabelo despenteado, como se tivesse dormido durante a pesquisa.

Mick: Você acha que eu devo limpar o meu quarto?

Yuki: Pense bem limpeza. Nos dias de hoje a polícia usa métodos como impressões digitais, como você não matou ninguém não há com o que se preocupar.

Mick: Você tem razão.

Yuki: Eu também sou muito inteligente.

Mick: É verdade, mas seu rosto está estranho.

Yuki: Seu bobo.

Mick: Mesmo assim eu quero continuar a pesquisa já que posso solucionar o caso, mas tenho que fazer isto hoje, amanhã tenho que assistir as aulas.

Yuki: Nada disso, é muito difícil ficar longe de você. Eu quero ficar juntinha.

Mick volta ao computador, uma janela abre com uma propaganda, ou era o que parecia: "O fim está próximo, arrependam-se". Mick fecha a janela rapidamente abrindo sua caixa de mensagens, haviam várias mensagens sobre o assassinato, ele abre uma a uma mas nenhuma delas tinha conteúdos interessantes. Até abrir um e-mail contendo uma relação entre os assassinatos e a religião.

Yuki: Religião?

Mick: Seriam os braços abertos uma analogia a Jesus pregado na cruz? Então a abertura no ventre signifique o nascimento do filho de Deus.

Yuki: Você é muito inteligente.

Mick: É verdade, mas eu ainda não consigo estabelecer nenhuma relação entre Ashley e esta interpretação.

Yuki: Mas você não viu ela ao lado do corpo?

Mick: Ela tem que ser a assassina.

Um e-mail de Ashley acaba de chegar, assustando Mick.

Mick: Ela quer me matar.

Ele deleta o e-mail de Ashley sem abri-lo.

No dia seguinte Mick caminhava rumo a escola. Sem perceber ele passa diante de uma banca de jornais, na capa destes havia uma foto de um recem nascido sobre a legenda: "recem nascido é sequestrado na maternidade". Uma vez dentro da sala de aula Mick obedece a rotina, ele senta-se na carteira debruçando-se sobre a mesma perdendo-se rapidamente em seus pensamentos. Ashley abaixa-se ao lado de Mick sorrindo.

Ashley: Você recebeu meu e-mail?

Mick percebe que Ashley estava ao seu lado, a imagem da garota suja de sangue ao lado do corpo invade sua mente. Assustado Mick levanta-se da cadeira, ao mesmo tempo em que derruba sua carteira no chão. Este gritava de medo chamando Ashley de assassina.

Raven caminhava pelos corredores do colégio ao lado de Francine. Ambos ouvem os gritos de Mick. O garoto abre a porta de sua sala de aula apressado, cambaleante ele cai no chão, onde arrasta-se. Ashley corria atrás dele preocupada. Mick tenta fugir mas é seguro por Raven, Francine mostra seu distintivo para Ashley enquanto Raven desfere alguns tapas no rosto de Mick.

Minutos depois Mick estava sentado a uma mesa dentro de uma sala improvisada por Raven. esta estava a frente do garoto, acompanhada de Francine. A detetive olhava severamente para Mick, este desvia seu olhar.

Raven: Por que você estava fugindo?

Mick: É... eu...

Raven (gritando): Por que você estava fugindo?

Mick (pensamento): Se eu disser a verdade a Ashley vai ficar ainda com mais raiva.

Vendo a preocupação de Mick a detetive sorri de maneira superior, assustando Francine.

Raven: Você tem medo daquela garota? Os seria medo de mulheres?

Mick (irritado): Eu não tenho medo de nenhuma mulher.

Raven: Ótimo. Isto quer dizer que você tem por hábito correr.

Mick: O que vocês querem?

Raven: Fale comigo, ela está aqui para escuta-lo. Eu vi você fugindo da cena do crime?

Mick: Eu, não... fiquei assustado quando vi aquele cadáver.

Raven: Você sabia que havia um corpo lá.

Mick: Sim.

Raven: Você o matou?

Mick: Não.

Raven: Não é o que parece.

ele respira profundamente como se buscasse forças em algum lugar.

Mick: Você tem alguma prova? Tem impressões digitais? tem meu DNA? Algum vídeo meu matando aquele homem.

Raven: Pense em mim como uma autoridade parental. Como mandatária de seus desejos mais profundos. Sou alguém que o vigia constantemente. Onde que que você vá lá estarei. Eu sei quem você é, o que você faz e como você pensa. Sempre estarei lá para castra-lo. Pense em mim como um ideal, alguém a ser comparado. Sua aspiração deve ser a de me seguir e obedecer. Muito bem agora o que você estava fazendo no local do crime?

Mick: Ashley é a assassina. Eu a vi ao lado do cadáver na noite anterior suja de sangue empunhando uma espada.

Francine: Espada?

Raven: Cale a boca. O que mais?

Mick: Foi isto, ela olhava para mim, eu fiquei com medo - Mick começa a chorar - Eu sei que ela quer me matar, por favor me ajude.

Raven: Muito bem. Francine quero uma amostra de sangue e de digitais deste garoto. veremos se é inocente.

Mick: E a Ashley?

Raven: Ela está do lado de fora esperando por você.

Yuki vestia seu traje futurista/espacial cercada por seres humanos possuídos por alguma forma de vida espacial. As pessoas tentam ataca-la, mas Yuki desvia delas.

Yuki: Eu não posso perdoa-los.

Humano: O que você pretende fazer? Eu sei que não irá ferir estes corpos.

Ela tem um rápido flash de quando sua amiga Sakura fora possuída por uma destas criaturas, seu namorado havia morrido logo em seguida. O professor Ikari tentava explicar o processo de possessão.

Ikari: Sabemos que a possessão alienígena é feita através de tentáculos.

Surge a imagem de Sakura amarrada, sua boca é aberta a força. Um tentáculo adentra na boca de Sakura. A pele do tentáculo contraem-se.

Ikari: Estes tentáculos ejaculam uma pequena semente envolta de um líquido dentro do corpo da vítima.

imagem de Sakura com o tentáculo em sua boca, ela tenta gritar enquanto um líquido escorre por seus lábios. A semente havia sido plantada.

Ikari: Uma vez plantada a semente cresce desenvolvendo-se em um embrião. este cresce possuindo o hospedeiro.

Sakura: Por favor, não quero mais estas lembranças.

Yuki: Eu consegui adentrar o corpo de Sakura removendo este embrião.

Ikari: Uma vez que o aliem for retirado ele deixa uma substância venenosa, ela é imune para o hospedeiro mas é capaz de matar qualquer um que aproxime-se demais.

Sakura cai de joelhos chorando, a garota envolvia sua cabeça chorando em desespero, Yuki tenta consola-la mas é afastada por sua amiga.

Sakura: Fique longe, não quero que você morra.

Yuki: Professor Ikari o que eu posso fazer?

Ikari: mate a mãe alienígena. Só assim poderá libertar as pessoas e ajudar Sakura.

De volta ao presente Yuki encara as pessoas possuídas, ela lembra-se de sua promessa de ajudar Sakura. Yuki pede desculpas aquelas pessoas e em seguida corre em sua direção socando e chutando aqueles que estavam na sua frente. Yuki abria caminho até a sede alienígena.

Yuki: Apareça! Eu sei que você está ai líder alienígena.

Uma boca gigantesca com dentes pontiagudos emerge das trevas com inúmeros tentáculos. A mãe alienígena inicia seu ataque contra Yuki que desvia.

Mick estava assistindo ao anime no qual Yuki era a personagem principal. Na tela da televisão Yuki recebe um golpe de um dos tentáculos da criatura.

Ao mesmo tempo Raven e Francine estavam diante de outro corpo. Desta vez o cadáver estava pregado na parede formando uma cruz, seu ventre havia sido aberto, mas estava costurado a um cadáver de um bebê.

Raven: Nove dias.

Francine: Está é a criança sequestrada.

Raven: Tudo indica.

Francine: Quer que eu veja o álibi do garotos?

Raven: Está falando de Mick e Ashley? Prefiro esperar o resultado do DNA.

A detetive encarava a criança morta pensativa, como se soubesse de algo alheio as demais.

Mick estava deitado em seu sofá olhando para uma mancha no teto, ele nunca havia reparado como aquela mancha parecia com um olho. Mick fica assustado cobrindo-se com um lençol. Sua atenção é desviada quando alguém bate a porta.

Mick: Raven?

Sara: Sou eu irmão.

A contra gosto Mick abre a porta para sua irmã que entra no quarto sorrindo.

Sara: Seu quarto continua bagunçado.

Mick: O que você quer?

Contrariada com a pergunta feito por seu irmão Sara senta-se no sofá esticando as pernas. Mick bate a porta frustrado enquanto sua irmã o chama com um movimento de mãos, batendo com sua mão no acento do sofá a seu lado.

Sara: Sente-se aqui.

Mick: Estou ocupado.

Sara: Fazendo o que?

Contrariado ele senta-se ao lado de sua irmã, esta faz cafuné na nuca de Mick.

Sara: Eu não acho certo você ficar sozinho aqui.

Mick: Se você quer que eu volte para casa desista.

Sara: Eu gostaria que você voltasse, mas não vou obriga-lo.

Os dois permanecem em silêncio, um silêncio desconcertante, angustiante.

Sara: Irmão, deixe-me ajuda-lo.

Mick: O que?

Só agora Mick percebe que sua irmã era muito atraente. A gravata d seu uniforme escolar estava desatada e os dois primeiros botões da camisa que usava estavam desabotoados. Sara usava uma saia curta, ao estiar suas pernas Mick pode ver parte da coxa de sua irmã. Não era só isso, o perfume que Sara usava invade o corpo de Mick.

Sara: Eu quero cuidar de você. Mamãe está sempre doente e nosso pai anda trabalhando muito. Eu sei que você está passando por momentos difíceis, por isto se eu puder fazer alguma coisa para aliviar seu sofrimento diga.

Os olhos de Mick enchem-se de lágrimas. Vários sentimentos invadem eu peito solidão, tristeza, angústia, medo,compaixão, ternura, alegria, esperança, amor e desejo. Em um ato impulsivo Mick abraça sua irmã.

Mick (chorando): Por favor, fique comigo.

Os dois irmãos abraçavam-se, a mão de Mick explora o corpo de Sara repousando sobre o seio a irmã percebe surpresa ela contra-se de prazer, permitindo que Mick continuasse. Ambos permanecem abraçados pelo resto da tarde.

Pouco mais de dez policiais estavam sentadas em uma sala olhando atentamente para Raven elas respeitavam muito a detetive encarregada por sua perspicácia e capacidade, mas a cima de tudo a temiam. Raven sabia disto e gostava. Francine, a ultima que restava entana sala carregando um envelope. Franine fica frente a frente para Raven entregando-lhe o envelope.

Francine: Os testes de impressões digitais e DNA feitos em Mick e Ashley estão prontos. Ambos são inocentes.

Raven olha o envelope com displicência, atirando-o sobre a mesa.

Francine: Devo mandar um policial a casa do Mick?

Raven: Não, deixe que ele sofra mais um pouco.

Francine toma seu lugar junto as demais policias, Raven observa todos para saber se estão alinhados, em fim prepara-se para revelar detalhes sobre o assassino.

Raven: Já são cinco corpos encontrados, todos na mesma posição, menos este ultimo o que me fez tecer algumas conclusões. Serei clara e explicarei tudo detalhadamente para que Franine possa entender.

Ela espera por alguma reação que não surge.

Raven: O assassino é um homem. Creio que ele tenha características paranóicas. Todos os assassinatos foram realizados em intervalos múltiplos de nove. Os números possuem muitos significados, eles representam emoções ou desejos e quando surgem estão querendo representar algo. É uma manei de nosso inconsciente aliviar sua repressão. O número nove em especial relaciona-se a gravidez.

Fracine: Mas você disse que o assassino é um homem.

Raven: Isto por que ele é um homem. a maneira como foram mortos comprovam que o assassino seja um homem. Preste atenção. O nove representa a gravidez, assim como o ventre aberto e por fim a criança costurada ao ventre da ultima vítima comprovam que o assassino seja um homem. Este assassino quer ser uma mulher, assassinar os homens é uma maneira de experimentar esta mudança. Os braços abertos é um recado para Deus, Ele criou o assassino com o sexo errado. O primeiro intervalo entre os assassinatos foi de nove meses, o assassino acreditou que com o primeiro assassinato ele estaria engravidando Deus após nove meses ele não renasceu como mulher, por isto os assassinatos continuaram. O ultimo cadáver encontrado demonstra que Deus está gravido, após várias tentativas ele conseguiu inseminar Deus. Teremos novos assassinatos no decorrer de nove meses.

Francine: Tudo bem, mas por que ele é psicótico?

Raven: No início do século XX Feud descreveu a paranóia como uma organização da psicose. Mais especificamente é uma tentativa de organização mental, indo mais adiante o psicótico mais conhecimento de si mesmo do que as demais pessoas. Com este conhecimento o amor torna-se ódio, o reprimido vem a luz do dia.A psicose é uma tentativa de cura e nosso assassino está tentando aliviar seu sofrimento.

Francine: Agora o mais importante. Como vamos prende-lo?

Raven: Vigiem todos os becos de Londres a cada nove dias.

Alguns dias depois Mick estava sentado diante do computador, no entanto sua atenção era desviada para sua própria mão, a qual Mick olhava com nostalgia e desejo lembrando-se da sensação sentida ao segurar o seio de sua irmã. Yuki estava de pé ao lado de Mick vestindo um espartilho preto junto a um top de tecido da mesma cor. luvas na altura do ombro presas ao espartilho da mesma cor, cinta-liga preta pesa a botas pretas de vinil com sola alta. Esta mantinha uma expressão preocupada e um pouco triste.

Yuki: No que você está pensando?

Mick: Em nada.

Yuki: Ainda está preocupado com as acusações.

Subitamente o receio de ser acusado e preso invadem a mente de Mick, este olha assustado para o teto encarando a mancha em formato de olho no teto de seu quarto.

Yuki: Eu vou cuidar de você.

Ela abraça Mick, apoiando a cabeça dele em seu colo, Mick retribui o abraço.

Mick: Eu preciso de você.

Yuki: Você falou das impressões digitais?

Mick: Sim. uma policial tirou uma amostra de sangue no intuito de comparar meu DNA ao do assassino.

Yuki: Então não há com o que se preocupar.

Mick: Mas e se a Raven mudar as amostras para me prender.

Yuki: Ela não vai fazer isto.

Mick: Alguém pode confundir-se e trocar as amostras. Ela está lá.

O garoto aponta para o teto, Yuki segue a direção do dedo de Mick reconhecendo um olho na mancha.

Mick: O que eu faço?

Yuki: Esconda-se. Eu escondo você.

Mick cai de joelhos escondendo-se sob a mesa onde ficava seu computador, Yuki abaixa-se ao lado dele abraçando-o.

Yuki: Aqui ela não poderá vê-lo.

Mick: É verdade. Eu amo você.

Alguém bate a porta, Mick olha para Yuki, esta retribui o olhar. Ambos estavam preocupados. alguém bate novamente a porta identificando-se.

Francine: Aqui é a policial Francine, sou assistente da detetive raven. Nos conhecemos no seu colégio.

Yuki: Ela sabe que você está aqui.

Mick: Raven... Raven está com você?

Francine: Não. Eu tenho boas notícias.

A policial permanece do lado de fora esperando que mick saia de baixo da mesa e abra a porta. Ambos olham-se por uma fresta da porta, Francine sorri de maneira amigável.

Mick: Boas notícias?

Francine: Terminamos os testes de impressões digitais e do DNA, você é inocente.

Mick (sorrindo): Verdade? Muito obrigado. Quanto a Ashley...

Francine: Ela também é inocente. Nós não iremos mais incomoda-lo.

Ela despede-se deixando Mick atónito. Ele fecha a porta encarando Yuki.

Mick: Não era a Raven. Aquele olho não é o dela.

Soa no computador um som indicando um novo e-mail, era de Ashley.

Mick: Ashley? É ela quem está me olhando.

Yuki: Mas como se seu DNA não estava nos corpos?

Mick: Ela conseguiu muda-los de alguma maneira.

Yuki: Ela poderia ter encontrado um buraco de minhoca?

Mick: Como assim?

Yuki: Você mesmo disse, são buracos dimensionais ou espaciais.

Mick: Sim, você tem razão. Mas estes buracos são instáveis e imprevisíveis, a menos que ela consiga controla-los. Quer dizer que ela pode estar em qualquer lugar a qualquer hora. Ela pode voltar para o passado e me matar antes que eu a veja matando.

Mick e Yuki estavam abraçados em baixo da mesa, ele tenta ligar para Sara, mas esta não atende o telefone.

Mick: Ela me abandonou?

Yuki tira o celular da mão dele, em seguida olha-o nos olhos. Ambos beijam-se.

Yuki: Você não precisa dela.

Mick: Eu fui abandonado. Estou sozinho por que Yuki, por que todos me abandonam?

Yuki: Eu estou aqui por você.

Os dois abraçam-se novamente, Yuki o coloca no colo enquanto Mick chora.

Mick: Me perdoe.

Yuki: Sempre irei perdoa-lo.

Ao mesmo tempo Sara estava assistindo a aula que acabara de terminar, ela levanta-se patra esticar as pernas, checando seu celular.

Sara: Irmão?

Ela tenta retornar a ligação, mas sua chamada caia na caixa postal.

O sol já tinha nascido. Os raios solares eram ocultos bela neblina, Mick escovava os dentes na varanda onde podia observar a rua deserta. Havia um mendigo carregando uma placa com os dizeres: "O fim está próximo, arrependei-vos". Sua atenção é quebrada por um chamado feminino. Era Ashly.

Ashley: Oi...

O garoto assusta-se caminhando para trás. O que faz com que aumente a expressão de preocupação no rosto de Ashley.

Mick: O que você está fazendo aqui?

Ashley: Por que você está fazendo isto comigo?

Mick: Vá embora.

Ashley: Por favor. Não podemos voltar a ser como antes?

Mick: Me deixe! Não quero ver você, não quero ninguém. Quero solidão, eu quero desamparo.

Ashley (com lágrimas nos olhos): Fique comigo.

Mick atira o copo com o qual enxaguava sua boca contra Ashley entrando rapidamente em seu quarto. Onde Yuki, trajando um vestido adornado por orelhas e rabo de gato com uma coleira vermelha a qual sustentava um guizo.

Yuki: Ela está te seguindo.

Mick: O que faço amor?

Yuki (de braços abertos): Eu protejo você.

Ambos abraçam-se.

Mick: Mas eu... sinto-me mal por fazer isto com ela, a final nós éramos amigos, eu acho.

Sem que os dois percebessem Ashley estava dentro do quarto de Mick olhando-os em silêncio tendo em suas mãos a espada de dois metros de comprimento.

Ashley: Você não deveria sentir pena por ter me agredido, ao contrário você Mick deveria me odiar e tentar me matar.

O casal fica assustado com a súbita aparição de Ashley. Mick esconde-se atrás de Yuki, esta abre os braços numa tentativa de protege-lo com seu próprio corpo.

Yuki: Eu já disse. irei protege-lo Mick, mesmo que custe a minha vida.

Ashley: Se eu quisesse mata-lo já o teria feito.

Mick: Co... como entrou aqui?

Ashley: Por um buraco de minhoca.

Mick: Você os controla?

Ashley: Sim.

Mick: Como?

Ashley: O poder me foi dado pelos arautos do universo.

Yuki (fazendo cara de quem estava confusa): Arautos?

Mick: Nas monarquias ocidentais os arautos eram oficiais que faziam as proclamações solenes, declaravam guerra e a paz. Estes arautos do universo devem ter função semelhante.

Ashley: Sim.

Yuki: Como você é inteligente. É mesmo a inimiga.

Mick: Sua personalidade mudou.

Ashley: Aquilo era um disfarce.

Mick: Você disse que não veio me matar.

Ashley: Está certo, mas você irá morrer em breve.

Mick: O que?

Ashley: Todos irão. O mundo será destruído. Tenho certeza que você viu os sinais. Os arautos do universo decidiram que os humanos atingiram seu ápice evolucionário, se vocês continuarem assim sua raça irá destruir a ordem do universo, este entraria em colapso, a luz e a sombra integrariam-se formando o nada.

Mick: Isto não é justo, estamos sendo julgados por algo e ainda não fizemos.

Ashley: Sim. Mas os arautos são justos e concederam o poder de mudar o destino da Terra a algumas pessoas, estou encarregada de encontrar estas pessoas.

Mick: Você está dizendo que eu sou uma destas pessoas?

Ashley: Lembra-se que eu bati uma foto sua? Aquilo era um scanner. Através de um vórtice dimensional os arautos implantaram vermes devoradores de carne dentro do corpo dos escolhidos, foi assim que eu o encontrei.

Mick: Você chama isto de ser justo?

Ashley: Diferentemente das demais pessoas sua morte será lenta e dolorosa, além disso caso a humanidade salve-se este verme continuará vivendo dentro de você, alimentando-se de seus bons sentimentos e envenenando aqueles a quem você quer bem. Mick se você não salvar o mundo nunca mais poderá aproximar-se afetivamente de outra pessoa.

Mick: Como eu posso salvar o mundo?

Ashley: A busca já começou. Isto que vocês chamam de assassinato são tentativas de abrir passagens para outras dimensões. A única chance é encontrar uma dimensão paralela vazia.

Mick: Mas...

Ashley: Existem tentas dimensões quanto existem moléculas do universo, em muitas delas a humanidade foi dizimada pelos arautos. Uma vez que uma dimensão foi destruídaela não poderá ser atacada novamente.

Mick: Vou ter que matar as pessoas?

Ashley: Você vai precisar de uma espada como esta, ela é o único instrumento capaz de abrir portões dimensionais. Foi assim que eu cheguei a esta realidade e é assim que eu consigo vigia-lo. Você deve conseguir uma.

Mick: Como eu consigo uma coisa destas?

Ashley: Elas estão dentro dos corpos das mulheres, mas você só irá conseguir retira-la de dentro de uma que lhe aqueça, lhe de conforto e refúgio. Mas esteja avisado ao extrair a espada esta mulher ficará severamente ferida podendo até morrer.

Mick: Mais uma pergunta. Quantas pessoas possuem este verme dentro delas?

Ashley: Algumas, mas apenas uma delas irá salvar-se. Agora adeus.

A mensageira dos arautos desaparece deixando Mick desolado. Ele cai de joelhos segurando sua cabeça, um ruído ensurdecedor invade sua mente tornando-se cada vez mais alto subitamente o som desaparece. Mick grita.

Os dias passam até que em uma noite Raven caminha para fora da delegacia acompanhada de Francine. A detetive sabia que o assassino atacaria naquela noite toda a força policial de Londres fora acionada e estava patrulhando as ruas.

Francine: Não tem como o assassino scapar esta noite.

Raven: Não. Ninguém escapa da minha punição. Vamos logo sua lerda.

As duas mulheres caminham para dentro da neblina, esta ocultava as casas e ruas Raven sabia, ela entrava no desconhecido.

Ao mesmo tempo Mick sai do prédio onde mora, havia uma ligação não atendida de Sara registrada em seu celular. Mick olha para os dois lados certificando-se que não estava sendo seguido. Em fim ele toma coragem e sai para a noite. Já na primeira esquina Mick depara-se com Ashley.

Ashley: Onde vai sem sua espada?

Mick: Eu... eu não sei como falar, não existem palavras para esta situação, mas eu preciso tentar sem matar ninguém.

Ashley: Sei, você quer salvar a sua vida e a de todos mantendo sua consciência limpa. Quanto egoismo, mas se é o que você deseja irei leva-lo ao assassino.

A iluminação do bera era muito fraca a única coisa que podia ser vista eram os pés do assassino, este estava inclinado sobre outro corpo, o assassino coloca sua faca suja de sangue sobre o chão, em seguida ele coloca um pedaço de linha dentro do buraco da agulha dando o primeiro ponto no ventre do cadáver. O assassino interrompe seu ritual ao ouvir sons de passos, ele reconhece a aproximação de uma pessoa e foge antes de ser pego abandonando seu ritual inacabado.

Ashley estava de pé nas proximidades apontando para o beco, Mick contempla a escuridão reconhecendo um cadáver caído.

Ashley: Você está com sorte, alguém já abriu a passagem você não vai precisar sujar suas mãos.

Mick: E agora?

Ashley: O verme dentro de seu corpo permitirá que você olhe para outra dimensão.

Mick aproxima-se lentamente do cadáver, ele vê no chão uma mancha de sangue causada por uma espada. Seus sentidos estavam despertos prestando atenção em qualquer movimento fora do normal. Em fim mick ajoelha-se ao lado do cadáver. apoiando suas mãos no peito e nas pernas do morto Mick coloca seu rosto dentro do ventre do defunto onde pode ver outra dimensão. Neste lugar as ruas estavam desertas, os prédios e casas vazias, aquela dimensão estava destruída.

Mick (gritando): Eu encontrei. Achei um mundo desolado, podemos ir para lá.

Sua alegria é rompida pela sensação de ser seguro por alguém. Raven agarrava o cangote de Mick tirando-o violentamente de sobre o corpo, atirando-o, em seguida, contra a parede. Mick desmaia.

Mick acorda deitado sobre o chão frio, ao abrir os olhos ele reconhece Raven, seu ângulo de visão suscitava que Raven tivesse cinco metros de altura.

Raven: Por que você estava com a sua cabeça dentro de um cadáver recem assassinado?

Mick: A Ashley me disse que eu devo...

Raven: Cale a boca. Esta garota não tem nada a ver com estes crimes entendeu seu idiota?

Mick: Você não entende o verme vai me devorar se eu não salvar as pessoas.

A detetive acerta um chute nas costas de Mick.

Raven: Você tem sorte de eu saber que você não é o assassino, mas se eu o encontrar novamente na cena do crime eu irei prende-lo por assassinato em série e dane-se o assassino.

Ela vira-se de costas preparando-se para sair da cela onde Mick fora trazido enquanto estivera desmaiado, Raven para pouco antes da porta. Ela olha para o chão.

Raven: Você viu o assassino?

Mick: Não. Quando cheguei lá já tinha ido embora, desculpe.

Raven: Você é mesmo un inútil.

Ela sai da cela batendo a porta, no corredor Raven depara-se com Francine apoiada em uma parede.

Francine: O que acontece agora?

Raven: Graças a este cretino o assassino teve sua gestação abortada, eu não tenho ideia do que irá acontecer. O mais provável é que ele recomece os crimes.

Francine: Estava me referindo ao Mick, a mãe dele veio pagar a fiança.

Raven: Deixe-o ir, o paspalho só quer chamar a atenção.

Ao chegar na recepção da delegacia Raven depara-se com Sara e a mãe deles uma senhora idosa que mais parecia ser a avó de Mick. A mulher definhava a olhos vistos extremamente magra, olhos vazios, boca sem dentes, mãos atacadas pela artrose, corpo curvado, pernas arqueadas surgindo por de baixo do vestido rasgado. Sua toce era tuberculosa.

Raven: Você é a mãe do garoto.

Ela faz que sim.

Sara: Mamãe não consegue falar ela teve câncer nas cordas vocais e perdeu a fala. Mamãe tambem teve câncer no estômago e mamas.

Raren: Pare de tentar sensibilizarmos, não daremos queixa contra seu irmão. Pode ir pega-lo.

A mãe dele caminha lentamente a passos sofridos na direçãodo corredor que levava as celas sendo amparada por Sara e Francine, Raven fica revoltada.

Dentro da cela Mick estava sentado no chão de costas para a porta, ele sabia que tinha sido pego pois não tinha uma espada. Sua concentração é quebrada pelo barulho da porta sendo aberta. Ao olhar para trás Mick reconhece sua mãe doente, uma lágrima solitária escorre pelo olho dela.

Horas depois Mick estava deitado no chão de seu quarto. Mick descansava sua cabeça no colo de Yuki, esta acariciava a cabeça de Mick tentando conforta-lo. Yuki vestia-se como maid, como empregada vitoriana francesa azul com saia babada e avental branco também babado. Ambos mantinham o silêncio Yuki fazia o que podia, mas não conseguia confortar seu namorado. O silêncio é quebrado por batidas na porta.

Mick: Eles vieram me matar. Não me importo mais.

Sara (do lado de fora): Sou eu irmão.

Mick: Vá embora.

Sara (do lado de fora): Por favor! Fui levar nossa mãe em casa e voltei para vê-lo.

Ao ouvir a palavra mãe Mick vira-se de lado limpando as lágrimas em seus olhos com a saia de Yuki. Esta coloca sua mão sobre o ombro dele.

Yuki: Você não pode desistir.

Mick: Não, chega não aguento mais.

Yuki: Você vai abandonar todas as pessoas do mundo, vai deixar aquele verme devora-lo?

Mick: Não me importo, eu mereço sofrer.

Yuki: Vai deixar que sua mãe morra junto com todas as outras pessoas, você pode salva-la. Mas precisa de uma espada.

Mick levanta-se, em seguida olha Yuki como se buscasse forças, sua namorada sorri, era o suficiente Mick aproxima-se da porta esticando seu braço mas para com a mão entreaberta em volta da maçaneta.

Yuki: Força, eu acredito em você.

Mick (gritando): Você está ai Sara?

Sara (do lado de fora): Sim.

Mick abre a porta deixando sua irmã entrar, esta olha em volta do quarto e em seguida coloca sua bolsa sobre o sofá, Mick tranca a porta.

Sara: Com quem você estava falando?

Mick: Com yuki.

A irmã olha para um poster de Yuki na parede.

Sara: Acho que isto é normal quando se mora sozinho.

Mick: Você me abandonou.

Sara: O que, não eu estou aqui.

Mick: Eu precisei de você.

Sara: Por favor, eu fiquei preocupada.

Mick (chorando/gritando): Eu confiei em você! Você disse que estaria ai para me ajudar, que ficaria ao meu lado, mas você falhou comigo. É sempre as pessoas aproximam se e em seguida me abandonam.

Sara o abraça, Mick tenta soltar-se mas ela o prende com seus baços. Ambos caem de joelhos e Mick chora no ombro dela.

Sara: Você pode sentir isto? Pode sentir o meu toque? Pode sentir minha respiração? Pode sentir as batidas do meu coração? O que eu posso fazer para que você entenda que eu estou o amo?

Mick: Eu preciso da sua ajuda.

Sara: o que você quiser.

Mick segura a cintura de sua irmã depositando o peso de seu corpo sobre o dela. Ambos deitam no chão, Mick leva sua mão a coxa de Sara, alisando a como se alisa um objeto precioso. A mão de Mick escorrega para a parte inferior da coxa de sua irmã, seus dedos percorrem a pele branca e pura de Sara alcançando sua calcinha. Sara segura a mão de Mick balançando sua cabeça negativamente recuando seu corpo.

Mick: Tem um verme no meu corpo corroendo minhas emoções, ele é a garantia de que eu irei salvar o mundo mas para isto eu preciso de sua espada.

Mick recolhe sua mão mão enquanto Sara fica de pé circulando seu irmão indo até a porta.

Mick: Eu preciso de sua espada.

Sara suas mãos para a calcinha abaixando-a. Mick estava em posição fetal com a cabeça voltada para baixo por uma fresta entre seu tórax e seu braço ele vê Sara abaixar sua calcinha até os joelhos, ela levanta a perna esquerda retirando a calcinha, esta cai pela perna direita, Mick olha nos olhos de sua irmã esta sorria e então Mick reconhece os sentimentos dela ternura.

Sara: Venha. Vou acabar com seu sofrimento.

Sara encosta seu corpo contra a porta Mick caminha até ela abraçando-a. a mão direita de Mik percorre o corpo de sua irmã descendo até o meio de suas pernas onde dedilha a vagina dela sob a saia do uniforme escolar, Sara morde os lábios abraçando Mick. Este introduz um dedo na vagina dela o corpo de sara estemece, ela apoia suas costas contra a porta provocando um ruído súbto no prédio vazio. Mick introduz seu dedo novamente o movimento enfraquece as pernas de sara que apoia-se nos ombros de Mick que agora movia sua mão rapidamente Sara estica sua perna esquerda em torno do corpo de Mick apoiando seu pé no sofá. Ela geme de prazer o que provoca um aumento de movimentos da mão de Mick. Ela apoia sua cabeça no ombro de Mick mordendo-o para abafar seus gemidos. O corpo de Sara vai contra a porta repetidas vezes, suas pernas ficam bambas mas ela permanece de pé. Tudo por seu irmã, Sara não consegue mais evitar os gemidos, estes ecoam pelo prédio, o líquido vaginal escorre pelo dedo de Mick. Sara grita de prazer enquanto Mick sente o cabo da espada sair pela vagina de sua irmã. Ele afasta-se de sara puxando a espada pelo cabo, sua irmã cai de joelhos suada e ofegante enquanto Mick termina de retirar a espada de dois metros de dentro da vagina de sara. esta respira ofegante com um sorriso nos lábios. Mick joga-se de joelhos contra sara abraçando-a fortemente.

Mick: Você não vai morrer. Eu não vou deixar, é a minha vez de protege-la.

Sara: Estou muito feliz.

Estava anoitecendo quando Francine estava a frente de uma equipe de policiais femininos em uma sala na delegacia. Todos esperavam por Raven. Esta por sua vez sorria feliz pois sabia que todos estavam ansiosos pela demora dela, finalmente Raven entra na sala onde as policiais a esperavam, a detetive apoia-se contra o batente da porta observando a reação de cada policial.

Raven: Então? O que estão esperando?

Francine: Detetive?

Raven: Vão para as ruas e procurem pelo assassino.

Francine: Mas ele só ataca em um intervalo de nove dias.

Raven: Idiota. Seu ultimo ataque foi interrompido, assim como sua gestação. Com isto seu ciclo menstrual será reiniciado nós só não sabemos quando. Por isto mexam-se.

Mick estava em seu quarto, ele veste um sobre-tudo esperando que este desse o aspecto de uma capa, a roupa preta o ocultaria na noite por fim Mick empunha sua longa espada, apoiando-a ao longo de seu corpo. Yuki sorria sutilmente, seu sorriso delicado e recatado combinavam com o quimono azul que usava. Mick aproxima-se de sua namorada beijando-a, da mesma maneira que um guerreiro beija sua amada antes da batalha, Mick não fala nada ao menos olha Yuki nos olhos caminhando em direção a porta de cabeça erguida e olhar firma sem olhar para trás. Yuki por sua vez oculta sua boca com a manga do quimono olhando para as costas largas de Mick.

Do lado de fora de seu quarto Mick caminhava até a escada, onde encontra Ashley subindo a mesma, a garota carregava sua espada envolta em um lenço de seda branco. Os dois permanecem em silêncio um olhava dentro dos olhos do outro.

Ashley: Vejo que teve sucesso em encontrar sua espada.

Mick: Não tive tempo para treinar.

Ashley: Não é necessário treino.

Mick: Meus amigos virtuais escreveram que o assassino poderia atacar hoje.

Ashley: Correto.

Mick: Aquele verme não vai me corroer. Não com a espada da minha irmã, com o apoio da Yuki e com a sua supervisão.

Ashley: O assassino tem o portal dentro dele. É seu dever salvar a humanidade abra o portal e vocês serão salvos.

Mick: Estou pronto.

Ashley: Melhor que esteja.

Do Big Bang soavam doze badaladas Mick caminhava em silêncio ao lado de Ashley, ambos envoltos pela neblina, quando o garoto ouve um passo. Ele interrompe seus movimentos prestando atenção aos ruídos da noite enquanto recosta silenciosamente a ponta de sua espada no chão dedilhando a empunhadura da espada de maneira a encontrar a maneira mais firme de segura-la. O silêncio sepulcral é irrompido por outro passo. Mick grita aliviando sua tensão enquanto gira sua espada no ar, esta é bloqueada. O impacto faz com que Mick caia no chão. De dentro do nevoeiro surge o assassino empunhando uma espada de igual tamanho. Mick tenta levantar-se mas sua espada era muito pesada, o assassino desfere um golpe vertical visando cortar a cabeça de Mick ao meio. Este consegue desviar rolando para o lado direito. Com o impulso Mick fica de pé. Ashley assistia o combate em silêncio. Mick e o assassino preparam um novo ataque. Um corre na dirção do outro suas espadaspassam paralelas uma a outra ambos estavam próximos a ferirem-se mortalmente quando Mick sente alguém saltando sobre ele jogando-o ao chão. Era Francine, ela derrubou Mick protegendo-o com seu corpo enquanto raven atira repetidas vezes no assassino matando-o. Mick ouvia a voz de Francine perguntando como ele estava, passos das policiais mas seu olhar concentra-se no assassino morto. Mick desmaia.

O sol brilhava sobre Londres Mick ia para a escola ao lado de sua irmã.

Sara: Que bom poder ir para a escola com você irmão.

Mick: Verdade, eu preciso compensar as aulas que perdi.

Sara quer dizer que você vai vir comigo todos os dias?

Mick (sorrindo): Sim.

Ashley: Que boa notícia.

Os dois irmãos reparam que Ashley estava recostada em m poste de luz com as mãos para trás trançando-o e com o pé direito apoiado no poste, era impossível não reparar em suas pernas.

Ashley: Eu mandei diminuir minha saia só para você. Gostou?

Mick (envergonhado): Muito.

Sara (irritada): Irmão!

Os três percebem que não estavam sozinhos. Yuki estava de pernas cruzadas sobre um banco vestindo um uniforme colegial com suéter azul largo, mini-saia colegial xadrez, meias largas, sapato estudantil e um pirolito em uma das mãos, o qual ela lambia graciosamente.

Yuki: Esqueceu de mim?

Mick: Claro que não.

Sara: Quem é esta garota?

Ashley: Isto mesmo Mick, quem é ela?

Mick: Bom ...

Yuki: Eu sou a namorada dele.

As duas garotas ficam confusas enquanto yuki saltita na direção de Mick segurando-o pelo braço direito e apoiando sua cabeça no ombro dele.

Yuki: Ai Mick... eu sou sua de corpo e alma.

Nisto Francine envolve Mick com seu braço, colando seu rosto no do rapaz enquanto percorre o peito dele com sua mão.

Fracine: Elas podem ser mais jovens, mas existem coisas que só uma mulher mais experiente pode ensinar.

Mick: Ensinar?

Francine: Isto mesmo eu conheço muito mais coisas do que elas.

Sara: Como assim muito mais coisas.

Ashley sussurra alguma coisa ao ouvido de sara que fica horrorizada.

Sara: Larga o meu irmão ele é meu.

Raven surge empurrando Sara e Ashley para abrir passagem até Mick. Ao encara-lo Raven segura a gravata do uniforme escolar de Mick puxando-o para si, assim resgatando-o dos braços de Yuki e Francine.

Raven: Beije-me seu idiota.

Yuki: Só há uma maneira de solucionar esta situação amor.

Mick beija a detetive devorando a língua dela Yuki o abraça por trás e Mick morde seu pescoço Francine envolve-o em seus braços acariciando o rosto de Mick que come seus dedos. Ashley beija-o e tem seu rosto devorado. a próxima é Sara ela deita-se no chão com a blusa entreaberta. Mick sobe sobre sua irmã devorando seus seios. As cinco garotas envolvem Mick em um festim antropofágico, a cada nova mordida de Mick um movimento erótico das mulheres. Estas são despedaçadas pelos dentes de Mick exaltadas em prazer sobre um chão de leite assistidos por médicos e enfermeiras que aplaudiam Mick.

O Sol não brilhava sobre Londres, ele estava oculto por uma nevoeira. A chuva caia sobre Mick, este vestia seu uniforme, pessoas de ambos os sexos passavam apressadas por ele sem importar-se com Mick. Ele olha para cima, as gotas de chuva caem sobre seu rosto. Ele sorri, ninguém mais o olhava.

FIM