Uma Estranha Viagem Parte 01

Uma Estranha Viagem

(Alex Louzada)

Capitulo 01

Estava eu, Alex Louzada, às 23 horas, do dia 05/05/2008, desembarcando num lugar muito estranho

Confesso a você leitor, que só agora, fui autorizado pela Ordem Suprema a descrever sobre essa estranha viagem.

Era uma manhã ensolarada, bem característica do Outono, com suas manhãs quentes, para deixarem as noites frias e eu em minha ociosidade, esquentava alguns neurônios em pensamento, por uma rua da cidade de Barra Mansa, interior do Rio de Janeiro.Como sempre a

cidade estava agitada, trânsito engarrafado e muita gente caminhando apressadamente.Já devia ser 11 horas,quando um rapaz

aparentando seus 35 anos de idade, muito bem vestido em seu terno preto, todo alinhado, pasta de couro e sapato combinando com o terno, me abordou:

-Bom dia, posso falar um só minuto com o Senhor?

-Desculpa amigo, mas estou com pressa!

Ele insistiu:

-Estou aqui para lhe oferecer uma grande oportunidade

-Desculpa amigo, mas já lhe disse que não vou poder lhe dar atenção

Vendo sua insistência e todo o entusiasmo que manifestava da face do seu rosto, acabei me convencendo de dar àquele homem a oportunidade de mostrar o que queria

-Ok amigo, diga o que você quer dizer

Lembro que ele ficou quieto por alguns minutos e olhou fixamente nos meus olhos.

Percebi ele inseguro e demonstrando certa inquietação, suas mãos suavam, suas pernas levemente tremiam, sua boca fazia diversas expressões, como se tentasse articular as palavras que captava do seu cérebro.

-Quero dizer ao Senhor que vá a esse endereço às 16 horas

Ao receber àquele papel mais uma coisa me causou surpresa

Como um homem tão bem vestido, poderia me dar um recado do qual dizia importante, num papel de pão amassado?

Tentando passar um ar de pouco importância com o fato, abaixei a cabeça e pus-me a ler.Os dizeres eram poucos, porém o que estava

difícil era entender àquela letra, que mais parecia receita médica.Com algunsminutos e muita força de vontade,consegui ler àquela emblemática mensagem que dizia:

“Mantenha essa informação em segredo, o Senhor foi escolhido por nós para ser nosso convidado, para uma viagem, a um lugar perdido na sua consciência. Não deixe de comparecera esse Endereço: Rua Riachuelo n° 265 Ano Bom, Barra Mansa”.

Assinado, Ordem Suprema.

Confesso que quem estava tremendo agora era eu, quando levantei

o queixo para esclarecer do que se tratava, para minha surpresa, o rapaz havia desaparecido.Pensava em tudo naquele momento, desde ser uma simples brincadeira até mesmo ser um seqüestro e conversando comigo mesmo, tomei uma decisão de decidir o que ia ser feito, horas mais tarde.

Primeiramente quis me certificar onde era esse endereço e do que se tratava essa Ordem Suprema.A primeira foi fácil, a segunda é que foram elas.

As informações que colhi se misturavam tanto, que no final de tudo, acabei saindo mais confuso do que quando fui colher as tais informações.

Decidi encarar a situação e ao mesmo tempo, pensava o porquê de fazer aquilo.

A verdade leitor, é que minha vida estava por demais monótona e à adrenalina é a chave mãe da aventura.

Como agora estava informado que da cidade central de Barra Mansa, até o Ano Bom eram 30 minutos, decidi fazer uma horinha pelo centro da cidade mesmo e às 15:20 fui para o local indicado.Pegueio ônibus para o Bairro Ano Bom e fui conferir do que se tratava de fato essa tal oportunidade.Apesarapesar do meu temor, acreditava que poderia ser feliz no final.

Ao chegar ao local informado, precisamente às 16:10 (houveram alguns imprevistos no percursso) eis que vejo belas meninas no local

Elas usavam batons e unhas preto, lenço no pescoço, franjas compridas cobrindo levemente os olhos, saias largas e rendadas na cor preta, sapatos de salto alto, blusas soltas coloridas e usavam colares enormes que caiam sobre seus umbigos.

Num rápido passar de olhar, elas deveriam estar em torno de 10, entre seus 20 e 27 anos, todas ao ver a minha presença vieram me saudar e se curvavam a mim como se fazendo um ritual.Uma delas que se diferenciava das outras devido a um Ha’aku na cabeça tomou a frente

-Bem vindo mestre! Está pronto a nos conduzir?

-Dei um leve sorriso

-Quero que nos conduza ao mundo de seus sonhos.

Aquela situação já me deixava tranqüilo, pois aquelas mulheres pareciam nuvens, feitas de algum sonho eterno, apesar ao escutar suas palavras interpretá-las com ironia

-Venha para sua nave!

Diante de um outro sorriso, mas percebendo a eloqüência de suas palavras e a doçura do seu olhar comecei de fato a perceber que ela não estava brincando.

-Venha, meu nome é Elisa, deixe-me te conduzir

E assim ela fez, me conduzindo a um local pouco condizente com a beleza daquelas meninas.

Fui informado pela possível líder das meninas a parar

-Fique aqui, pois iremos chamar o co-piloto

E lá foram aquelas meninas, andando por um local que parecia a de um terreno abandonado, coberto por mato, só tendo acesso a parte central por uma trilha.

Passado mais de 40 minutos e não tendo as meninas retornado, resolvi sentar embaixo de uma árvore, pois o sol ainda estava muito forte.Dei ali algumas cochiladas, quando de repente, surge aquele homem do início da nossa história dizendo:

-Vamos, sou seu Co-Piloto e a nave já está pronta

Quando ia manifestar a minha condição de um ser que nem uma bicicleta havia conduzido durante a vida, vejo uma incrível luz por trás desse homem.A luz era tão forte que por algum momento achei que estava cego.Quando voltei a enxergar novamente eu estava como num sonho, conduzindo uma nave.Os botões não me pareciam estranhos e aos poucos fui relembrando o comando de um sistema muito complexo de informações.Meu Co-Piloto, finalmente se apresentou mostrando agora intensa tranqüilidade.

-Bem vindo comandante, meu nome é Erick De Almeida e estarei a sua disposição para eventuais dúvidas.

Fiz poucos ajustes iniciais na nave apenas equilibrando seu sistema de freios e perguntei se todos estavam prontos para decolagem.

Agradeci ao Co-Piloto pela sua gentileza e aos poucos fui subindo a nave.Ouvia vozes pelo rádio que me saudava e desejava-me bom retorno.Consegui também perceber naquele momento o porquê do meu

agora Co-Piloto, ter ficado tão nervoso ao me abordar no centro de Barra Mansa.

Contarei a vocês o resto dessa história tão logo receba permissão da Ordem Suprema, inclusive os detalhes de seus bastidores que poderá mudar para sempre o futuro da humanidade.

Alex Louzada
Enviado por Alex Louzada em 31/08/2009
Reeditado em 08/09/2009
Código do texto: T1784859
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