Mr. Zero

O conflito sino-brasileiro praticamente teve zero

vencedores. Poderia esperar-se alguma coisa de uma

destruição como aquela? Há bastante tempo as duas

nações estavam num tipo de beligerância meio viva,

meio morta, uma com a outra, no entanto ninguém

imaginaria a reação belicosa chinesa daquela maneira.

A transmissão via satélite de dados é comunicada?

Érico não tinha certeza... tudo que ele sabia era que

aquela web-station poderia fazer com que fossem

localizados e... salvos. Sistemas conectados à satélites

de comunicação não eram bem o seu forte,

embora soubesse que tais artefatos bélicos em 2049

fossem algo como que matéria prima para museu.

O museu, literalmente falando, era uma réplica

brasileira do famoso Museu do Prado da Espanha. O

estado do lugar era, por assim dizer, o pior dos

mundos. Os batalhões de infantaria da China não

tinham deixado pedra sobre pedra na instalação; a

qual sobrevivia aos escombros.

Érico tentava, em vão, estabelecer comunicações.

Saldo vencido, o homem não tinha lá mesmo

muita gana para aquelas tentativas naquele momento

(poderia arrumar outras maneiras de sobreviver).

Mesmo assim, como a sorte o sorrisse, um sinal veio.

As notícias não eram nada boas:

-- A guerra teve zero vencedores. Câmbio.

-- Como assim? Câmbio.

-- Nós e os chineses fomos invadidos. Câmbio.

-- Quem? Câmbio.

-- Quem? Você sabe. Mr. Zero e todos os outros.

Câmbio, desligo.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 09/05/2012
Código do texto: T3658002
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