Graxus, II. um agente do mal no novo mundo

Há de se pensar que Graxus chegou na aldeia e foi logo colocando suas ordens para aqueles homens sem cultura como eram chamados pelos europeus...

mas para sua surpresa quando ele se aproximou daquela aldeia avistou uma muralhara muito alta com duzentos metros de altura e por ela patrulhavam homens de estatura mediana para a nossa época, mas todos musculosos e armados com lanças nas mãos, espadas embainhadas na cintura de um lado e um arco do outro lado, uma aljava cheia de flechas às costas...

Graxus subiu numa grande árvore para ver melhor a extensão da muralha e pra sua surpresa maior do que a primeira ele viu o que nunca imaginou na vida existir por alí...

uma gigantesca pirâmide com base quadrada e seu pico chegava a uma distancia inalcançável a olho nu sendo coberta pelas nuvens no seu cume...

havia outras quatro pirâmides menores ao redor desta formando uma outro quadrado com ela no centro... ela eram interligadas por pontes e passadiços muito extensos de uma para a outra onde os nativos caminhavam, era sua maneira de locomoção mais usada, as pontes suspensas como eles as chamavam...

Graxus ficou estupefato... como num mundo desconhecido, aparentemente sem conhecimento científico poderia construir gigantescos monumentos como aqueles?

esquecia-se Graxus dos egípcios e babilônicos que tinham conhecimentos vastos sobre arquitetura e muitas outras formas de conhecimento...

ele pensou que ia se dar bem de início naqueles lugares... se enganou por completo... e seu engano ainda não terminou e está muito longe do fim...

ele nem sabe o que há lá dentro, e isto estava estrangulando-o por dentro... se a segurança externa daquele lugar era desta forma, o que eles não guardavam alí dentro? entre muitos pensamentos esse era o que mais consumia o jovem maligno Graxus...

tantas formas de conhecimento devia existir alí dentro... ah quantas possibilidades ele teria depois que colocasse as mãos no que havia de mais preciosos alí, o conhecimento daquela nova civilização...

ainda quando estava em seu devaneio percebeu que não havia mais nada no lugar que antes era toda uma cidade fortemente murada e segura... desapareceu totalmente e por completo... no lugar só existia agora uma vasta floresta...

de um pulo da árvore já estava de volta ao chão... já estava maquinando voltar para Portugal e dar cabo daqueles engomadinhos desgraçados que o enviara para aquela terra distante e sem tecnologia...

começou a andar por outro caminho pois o que ele ia deu em uma densa floresta intransponível com uma vasta plantação de bamboo, como se alguém tivesse plantado alí aquelas árvores de propósito... mas não se importou, começou outro caminho...

de repente começou a perceber que o solo tinha muito metal... analisou e achou alí ferro muito ferro, acabava de encontrar uma mina de ferro...

José Wilker da Silva
Enviado por José Wilker da Silva em 29/06/2012
Reeditado em 30/06/2012
Código do texto: T3750652
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.