Concerto em ré maior - parte 5

Assim partiram o três para um rumo ainda misterioso por Gui, que seguia em busca de algo que ainda desconhecia. Mas toda a situação o indicava para ele que voltar não era o melhor caminho e uma coisa que ele sempre teve e todos tentaram desestimular era curiosidade.

Eles caminharam em direção ao norte, mas para ele o norte era aonde ficava sua cidade, nada mais alem. Ele perguntou o destino e com respostas não muito esclarecedoras lhe disseram que iam para um local aonde a luz brilhava mais forte e as calçadas eram de plantas.

Alguma coisa estava muito errada, ele tinha aprendido desde pequeno que as calçadas eram de lixo e lembrava bem da Demonstração Palestral de geografia aonde disseram que sua sociedade era tudo o que existia, não conhecia outras terras nem dos livros eletrônicos, só dos games holográficos, mas eram fantasia. Talvez elas estivessem alucinando, ninguém nunca havia falado de outros locais alem das terras de diversão e da prisão.

Eles deviam esperar anoitecer, depois que o tempo de esconder chegasse e as luzes estivessem mais fracas eles poderiam seguir com mais tranquilidade. As luzes depois do horário comercial só funcionavam caso alguém pagasse e ninguém costumava gastar dinheiro com esse tipo de coisa.

Luzes quase que totalmente apagadas e uma rua para atravessar. Esta era mais do que definitivamente uma situação que Gui nunca se imaginaria passando. Neste momento lembrou que não havia deixado nada para seus pais, eles podiam achar que ia passar um fim de semana na grade, o que com certeza aconteceria se ele voltasse ao colégio. Mas lembrou que mesmo desligando seu GPS no braço assim que saiu de casa, ainda tinha seu numero de ligação disponível, com ou sem sinal ele saberia se estivesse sendo procurado. Mas seus pais não costumavam retornar cedo do trabalho.

Alem do mais, quando adultos usavam óculos de finanças eles não enxergavam mais nada, não era possível. Gui já tinha vista alguns tropeçando, derrubando coisas e esbarrando em outras pessoas repetidas vezes enquanto estavam usando os óculos.

Mas agora era seu momento de prestar atenção, não podia se perder das duas a noite no meio da fronteira de sua cidade. não sabia aonde as luzes acendiam no dia seguinte ou quem estaria buscando por ele e já tinha ido longe demais, agora precisava ir até o fim.

sonhadora insone
Enviado por sonhadora insone em 03/08/2012
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