Super Heróis Parte 4 "Presente e Futuro"

Lembro-me que estava sonhando e foi assustador o sonho que tive... Cara estava sangrando muito. Não sei como se deu isso. Só lembro-me de estar lutando com um cara que tinha poderes mentais e que conseguiu entrar em minha mente. Já tinha tido a ideia de criar vários Firewalls em minha mente justamente por este receio. O sangue estava no meu nariz e escorria por todo o meu corpo, era muito sangue aquilo tudo. Nunca vi tanto sangue daquele jeito. Eu tinha apanhado tanto que estava todo dolorido.

Ele tinha me deixado inconsciente e estava me espancando com toda a fúria que podia sentir. Seu nome, Graxus. Era meio metálico, ciborgue, tinha o que chamava de rosto todo deformado deixando à mostra partes do seu metal facial. Não tinha importância para ele a estética uma vez que se tratava de algo que já tinha um propósito definido e todas as outras coisas não lhe causavam nenhuma reação. Destruir-me era seu propósito e estava conseguindo quando então, minha consciência fazia um monólogo que parecia mais com um diálogo, pois não conversava consigo mesma e sim com outra consciência que existia ou existe em mim.

Foi quando ela me deu um solavanco, me sacudiu com força como quem estivesse brigando comigo e explodi-me dentro dela, ou dentro de mim... não me lembro mais ao certo se em mim ou nela... só sei que recobrei a consciência na hora em que ia levar um soco no rosto... vi tudo, passo a passo como numa cena em que se estar para editar... vi um sorriso de satisfação em seu rosto, maléfico, sarcástico... sorriso metálico... disse comigo mesmo “impossível”... levantei minha mão direita e peguei seu soco a trinta centímetro do meu rosto e espremi-o como quem espreme bucha de lavar louças, ele agonizou e ajoelhou-se ante mim, seu sorriso não existia mais, sarcástico? Não mais... maléfico? Nem tanto mais... metálico? Ainda sim... fuzilei-o com uma rajada de raios que saiam dos meus olhos e vi só seu esqueleto sem nada que o cobrisse. Parti-o ao meio, peguei as duas partes e voei saindo da atmosfera indo em direção ao sol... joguei-o lá... de onde ele não voltará mais... se existisse alguém com a capacidade de me dominar não sendo humano seria destruído sem misericórdia...

Laninha já estava desesperada sem saber o que fazer para estacar o sangue em mim... tinha poderes incríveis e estava prestes a mim ver sangrar até a morte. Nunca tinha me visto numa situação daquela. Sempre me vira como o bom e forte homem que era. Seu pai a alertara sobre esse episódio e mesmo assim ela não soube como se haver com isso por pensar verdadeiramente que seria meu fim. Me via alí tão frágil em comparação ao seu pai que o medo apoderou-se dela e tudo que existia iria acabar por não mais existir uma vez que eu sou a raiz de toda a existência próspera e bem aventurada do seu tempo. Layne estava fora, mas acabara de chegar agora por pressentir algo de ruim acontecendo comigo. Vi seus olhos marejando quando olhando para mim estendeu suas delicadas mãos sobre mim e fez o sangue estancar por si mesmo... poder de curar e restaurar tanto os outros quanto a si mesma...

Tive uma elevação, tinha perdido muito sangue, por mim mesmo iria ser curado, mas ela acelerou o processo. Laninha me viu adormecer ficou ainda mais preocupada com isso, mas foi acalmada por sua irmã que disse que eu apenas dormia... nunca mais tinha dormido desde que adquiri estes poderes. Foi como relembrar de momentos maravilhosos. Sonhei de novo. Mas não tive pesadelo algum. Foi uma coisa maravilhosa este sonho...

Estava sentado num grande trono de marfim coberto com ouro puro. Em seu encosto na parte superior tinha uma águia esculpida em ouro puro. Nos dois braços, havia em cada um, um dentes de sabre esculpido também em marfim formando uma só peça com o grande trono e eram também banhados em ouro puro, o mais puro em todo império galáctico... "não se enganem, o ouro ainda é mais valioso nos outros lugares do que no planeta terra". Sob este trono existia doze degraus que representavam meus filhos por serem eles a base do meu reino guiando-o através da justiça e verdade onde a vida de todo e qualquer ser orgânico está em ênfase reinando sobre esta justiça e verdade das quais esta mesma vida comunga, justiça e verdade onde há liberdade... eram minha base de existência, meu alicerce, pois eu vivia para eles e eles para mim e nós para o povo do nosso reino, assim funcionava nossa família...

O primeiro degrau representava o meu primogênito, alí estava toda a força do meu império, o filho da minha mocidade “se bem que quando eu e sua mãe ficamos grávidos eu não era tão moço assim”, a força da minha juventude. O último degrau representava minha caçula e assim como este degrau estava mais próximo do trono assim eu a mantinha, sempre perto de mim. A filha da minha velhice, se bem que assim como meu primeiro filho não veio quando era tão jovem eu não parecia tão velho quando o meu bebezinho apareceu em minha vida para deixa-la mais brilhante... todos os doze tinham uma atividade em particular no reino que só eles podiam exercer... de cada lado dos degraus abaixo, havia um leão do mesmo material do trono. O leão da esquerda estava calmo e tranquilo e representava isso para o reino, paz, calmaria e prosperidade. O leão da direita estava ativo, preparado para o ataque a possíveis investidas de inimigos se houvesse alguém capaz de nos desafiar em todo o universo passava para o povo do império a ideia de proteção e segurança que provinha do trono e daquele que nele estava sentado.

A águia no topo do encosto deste trono representava a justiça e a verdade nos olhos dAquele que tudo vê a distâncias infinitas, a nobreza que há no reino e a altura que tem sua sabedoria... os dois tigres representava a opulência que havia neste tão maravilhoso império.

A minha frente tinha o vulto de uma pessoa, uma mulher... eclipsada pela luz dos três sois que vinha de fora da sala do trono, estava ela numa das vistas que há em direção para o nascente, era de manhã... “o planeta era a sede do reino e seu nome era Sapiência por causa do amor que tínhamos pelo Conhecimento e pela Sabedoria”...

Eu a via, e era como uma deusa, suas curvas tinha mais beleza do que a própria beleza em si mesma... sua pele refletia a luz do sol... seus cabelos iam até abaixo da cintura e eram cachados do meio para o final dos fios. Usava um tecido mole... dormimos alí... naquela sala... não via seu rosto mas sabia em mim que era por esta mulher que morreria feliz, que um dia salvei-a da morte e que perdidamente apaixonei-me por ela quando pela primeira vez a vi... por ela daria não só a metade do meu império... sentia isso como se já tivesse vivido essa experiência... e contemplava-a consternadamente, solvia todo aquele momento com ávida paixão... estava descendo os degraus e aproximando-me dela... eu a amava perdidamente... a dez passos dela ela vira-se para mim e sorrir...

José Wilker da Silva
Enviado por José Wilker da Silva em 07/09/2012
Reeditado em 26/08/2013
Código do texto: T3869452
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