33 HORAS
 

 

 

ANO ZERO: SAIDA DO CAPITÃO THOMAS TYLER DA FROTA TERRENA APOS A BATALHA DO PLANETA SET E SEU FERIMENTO NO QUADRIL DIREITO, PASSOU A COMANDAR A ZONA DE TREINAMENTO DE CADETES DOIS EM SATURNO, VIVENDO FELIZ COM AS DUAS FILHAS E A MULHER GRAVIDA, ESTE É O SEU RELATO ENTREGUE AO COMANDO TERRENO.

 

 

Quando o meu pai me entregou, isso poi a trinta anos eu tinha quinze, nada foi tão devastador, tinha o sonho de ser outra coisa não um militar, minha mãe ficou de longe não teve coragem de se aproximar, era uma mulher pequena de olhos,mas consegui ver as lagrimas, para mim seria uma vida de escravidão, luta e sofrimentos até me tornar um sargento piloto, se não morresse antes, todos tinham que se expor a um treinamento limite, a terra precisava de seus homens.

Os chineses eram maioria e governavam a terra e toda a galaxia, a tecnologia da viagem de Dobra espacial e o teletrasporte uniram o planeta, a única coisa que precisava ser vencida era a morte, quando as naves terrenas chegaram a Andromeda, e o coronel David, comandante da frota de vinte mil naves desceu na capital Berna do planeta Mir, não imaginou que aqueles seres eterios e bonitos fosse humanos.

A tecnologia de andromeda era superior a terra, controlavam todo o universo pos andromeda com um exercito de telepatas e naves esfericas, seu governo principal era em Mir, o senado dos sete filosofos, consideravam-se seres superiores.

Quando os terrestres descobriram a Ziny, um aminoácido que prolongava a vida por mil ou dois mil anos, David foi presentenado com um porção, voltou a terra e disse ao Presidente Krause que a iguaria só existia nos corpos do andronianos, ou era sintetizada por sabios andronianos.

O presidente Xun, ordenou a nave de andromeda que viera junto com o comandante David que lhe desse a iguaria ou teriam uma guerra, foi o que aconteceu, para um povo ateu e que se consideravam deusesm aquilo foi um insulto.

A guerra começou e foi desigual, principalemte com os telepatas, centenas de chineses, morreram, até que uma nova ordem social foi proposta, os andronianos, seres dificeis, amantes da razão e pela primeira vez combatemos seres que não cultivavam divindade alguma, a derrota foi total, porem o novo governo terrenobuscou a pior saida.Ao sul Andromeda travava mais duas guerras a procura do Zyne, uma com a raça de parasitas Lars, que se alimentava de materia proteica viva, conhecida como Vampiros do espaço, e os esquisitos Lamurianos, raça de duplos, com dois planetas , um masculino e outro feminino, os Lamurianos nasciam como aranhas de uma rainha, viviam quinhentos anos, sua tecnologia era inferior a andromida, mas a terra se juntou a eles e tornou a querra muito pesada para andromeda o que resultou em um tratado de paz, e o Zyne foi fornecido ao rei negro dos Lars, as rainhas Lamurianas e ao politicos da terra, assim tinham paz, em um equilibrio tenue.

O problema foi que após a guerra um virus deixava os terrenos cada vez mais doentes, atingia o terreno em 24 horas, a contaminçao era por contato, depois apagava as memorias inteligencia e por ultimo deixava as pessoas violentas, foi por isso que o presidente Holandes decretou morte sumária aos contaminados.

Os lars, imune a doença compravam contaminados para alimentarem a sua frota, então a terra passou a vender os contaminados para serem utilizados pelos Lars como alimento, tirando assim das famílias uma morte digna.

Ferido em uma dessas batalhas com os Lars, seres que abomino e que o exercito de adromeda mantem o mais longe possível, voltei para a terra.

Antes quero contar porque fui ferido.

A minha nave de querra era semi automatica, como sempre tecnologia lamuriana, depois do tratado de ajuda, dois Lamurianos controlavam ela de terra Jonen e Metabor, ambos duplos de lamurianos em Lamuria o planeta masculino, eles pilotavam uma nave disco e eu comandava o ataque dos caças contr as oito naves Lars.

Os Larsm homnes de dois metros de altura, que moravam em um planeta de ferro eram metade droides, metade humanos, a parte racional era comandanda pela parte organica, que se decompunha rapidamente se na o droi de não recebece materia proteica em dois dias estava morto, Lars eram vorases, destruiam todas as materias organicas, mas humanos e lamurianos eram prferidos a animais menores principalmente as crianças.

O planeta oito tinha umacolonia de seres humanos, poucos, mas os Lars não deixavam passar nada, a colonia foi para o planeta depois do começo da querra, eram religiosos, Lars tinham detectado crianças, pelo menos doze crianças.

-Capitão tyler, está pronto o tranporte.

Me disse Nira, a telepata, disidente dos sabios andronianos e crente do Deus androniano Polon, era proibido em andromeda cultuar deuses.

-Vamos descer, Nira, Ker,Dalton, só, pegamos aquelas crianças transportanmos para a nave e seguimos para Lamuria, só isso, nada de herismo – disse para aquelas pessoas, mas nenhuma voltaria e eu seria salvo por um cachoro, seu nome Box.

Um planeta incrivel, inabitado pois estava na zona permitida para Lars, a família que era crente tinha assumido o risco, estavmos armado com pistolas de alto poder de destruição, raios de luz concentrados criados por lamurianos dez vezes mais potentes que os leisers da terra, florestas e rios, mar, tudo que uma pessoa sonhou.

Ker um negro da frota terrena umasa uma arma de impacto com explosivos e dispersador magnetico, única que poderia durrubar um Lar de uma única vez.

-Nada aqui capitão – disse, mas podia sentir o perigo, se aquelas crianças fossem encontradas seria um banquete e tanto para os Lars.

Andamos um pouco até a segunda cachoeira, quando vimos todos de joelhos rezando, tirei minha arma e pedi para Nira e Dalton, outro dicidente Androniano fazer o circulo magnetico para oteletrasporte, em silencio, sem alarde, aquele povo era doido, alguns deles eu teria que atirar para levar embora.

-Proto – disse dalton, mas foi a ultima coisa que disse – uma flecha explosiva dos Lar arrebentou a sua cabeça, e um Lars gigante desceu e colocou dalton inteiro na caixa de comida, Ker disparou a arma magnetica contra ele, mas outros dois Lars apareceram, Nira foi sefura por um deles, mas eu consegui acionar o cmapo magnetico e o teletrasporte, salvamos as crianças , mas ficamos para trás para enfrentar o Lars, eu fui atirado pelo teletrasporte em outro setor do planeta, alguma coisa interferiu no meu trasporte, cai em um local desconhecido.

Fiquei dias procurando por um caminho no meio da selva, não havia nada, dificuldade para comer, até que encontrei ele, um bigle, pequeno e de tres cores, fechado dentro de uma caixa, eu estava ferido no quadril, tinha dificuldade de andar, foi Box, nome que eu dei para o cachorro que achou a saida,

Com a nave da família de missinários encontrei o caminho de volta e trousse o cão, ele é meu e de minhas filhas e minha mulher gravida de um menino, espero não ter o ue fazer o que o meu pai fez, acho que não vou obdecer, a pena para isso é o banimento.

Entrego hoje o meu cargo, vou para academia e imploro não entregar o meu filho que vai nascer ao governo, fui condecorado com muitas medalhas na guerra contra os Lars, mas o único premio que quero e cuidar e conviver com meu filho até ele se tornar homem, não tive essa chance com meu pai, agora quero essa chance com meu filho, implo as autoridade, sei que não há excessões.

O mundo sem verdadeiras decisões para o bem fica chato e monotono, convivi com diversas culturas, os pedantes e encrenqueiros adronianos com o seu amor pela rão e a grande vantagem racional, sua filosofia, os Lamurianos com a vida coletiva, o pensamento com um duplo, por ultimo a vida predadora dos Lars.

Por isso eu imploro pela minha vida, que deixem eu ter uma vida de pas e prosperidade em Saturno, sem guerras.

 

Comandante primeira classe Thomas Tyler.

 

 

 

 

 

 

 

PROLOGO DE 33 HORAS

 

Thomas Tyler nasceu na terra em tempos difíceis, seu pai foi um fuzileiro naval do exercito Terreno comandado pelos chineses, sua mãe trabalhava em um laboratório de armas químicas em Nasser, capital do novo império, depois que os Adronianos chegaram, a terra virou um campo de batalha e foi necessário um ditador, o Frances Piter Krause, ele ordenou que toda criança do sexo masculino fosse entregue ao exercito e foi o que o pai de Thomas fez. O menino subiu os degraus da força terrena, mas nunca mais viu nenhum parente vivo, chegou ao comando das forças especiais terrenas até ser ferido em combate e voltar para terra como comandante do parque de treinamento Dois, Kreuse morreu e o seu sucessor um Holandês selou a paz com andrômeda, uma doença acometeu os terrenos causadas por uma arma química, sem o antidoto centenas de pessoas morriam, com o recuo do exercito androniano, Tyler foi chamado para comandar a espaçonave que viajaria até andrômeda para buscar a cura, casado com filhos duas meninas e um menino, com uma boa vida em saturno, Tyler resistiu, mas a lei de entregar o seu filho para as forças armadas continuava e talvez a viagem fosse uma forma de convencer as autoridades do contrario, por isso deixou a mulher e os filhos e embarcou na viagem que mudaria a sua vida.

                                                               ***


O capitão Thomas abriu os olhos e viu que ainda estava escuro, provavelmente eles ainda estavam no espaço, isso poderia não ser bom, alguma coisa poderia ter acontecido com a nave ou ela poderia ter sido infectada.
Thomas colocou a roupa, o oxigênio estava funcionando muito bem.
A nave, uma Qrion de terceira geração normalmente carregava suprimentos médicos. Não precisava de piloto ou tripulação, pois era completamente automática, ele estava ali apenas para garantir que em caso de emergência a nave tivesse um comando, assim como o resto da pequena tripulação.
Os outros estavam acordando.
Havia mais cinco tripulantes: Thara, especialista médica, Neil, engenheiro eletrônico e um dos programadores de bordo, Paula, uma navegadora, especialista em outras formas de vida, Fred especialista em línguas e Hater, biólogo e zoólogo, cientista premiado.
-Aconteceu alguma coisa – perguntou Thara, ainda vestindo a roupa, com o corpo nu exposto despertou o desejo de Thomas, mas ele sabia que Thara não daria uma chance, nem mesmo para Thomas com a sua figura de galã, mesmo por que Thomas sentia falta da esposa e da filha.
O capitão era alto, rosto fino e olhos claros, tinha mais de um metro e noventa e a pele morena.





Thara era uma hermafrodita, vinha de um povo quase extinto das profundezas de Andrômeda.
Uma figura sublime, porém sem sentimento por outras pessoas, os hermafroditas tinham um senso de ética e moral, consideravam os humanos seres inferiores.
-Alguma coisa bateu na nave, não consegui tirar o relatório integral – disse Thomas – parece que os escudos atenuaram a batida, porem a nave ficou danificada.
-Neil – disse Paulo – pode dá um jeito?
O japonês estava vomitando em um saco plástico, ele sofria com a hibernação, tinha dores de cabeça, mas estava sem dinheiro e a viagem pagava bem, não tinha dinheiro para viver na terra, com seus hábitos, mulheres e drogas, preferiu aceitar a viagem longa para Andrômeda, mesmo que seu médico proibiu a hibernação, em uma consulta falou com Neil, mais duas e ele estaria morto.
-Coloquei os dados no computador central – disse Neil – é alguma coisa sobre alimentos, temos 33 horas de alimentos que podemos consumir juntos, depois os suprimentos dariam apenas para dois de nós, a moral da coisa é que apenas dois de nós chegarão ao destino, os outros vão morrer pelo caminho.
-Todos entendem a importância dessa missão – disse Thomas, eles balançaram a cabeça afirmativamente.
Paula olhou para Thomas, eles sabiam que Thara com seu metabolismo diferenciado poderia consumir duas vezes mais alimentos.
Thara se adiantou aos dois e disse.
-Já estudei a situação – disse olhando para o mapa na tela – Apolo 4, um planeta a trinta horas daqui. Podemos mudar o curso e chegar até ele, depois pedir socorro.
-Sabe que esses planetas são desertos – disse Neil, a maioria deles é completamente árido, seria um suicídio coletivo. – Neil tossiu e completou – sabe que transportamos um suprimento médico fundamental para a terra, uma cura que só existe em Andrômeda.
Thomas concordou com a cabeça.
-Niel tem razão, a federação desconhece planetas habitados nesta área – e olhando para a Hermafrodita disse – temos que completar a missão, a vida de centenas de pessoas depende disso.
Thara retirou a sua pistola e apontou para Thomas.
- O que é isso Thara? – disse Thomas. – Somos amigos, você tem um código de honra a respeitar – os hermafroditas eram conhecidos pela honra, à razão tinha se desenvolvido mais naqueles seres, essa era a chance de aprender com seres tão evoluídos.
O problema é que na espécie humana, espécie onde a razão era apenas uma casca, as emoções, a vontade e o medo falam mais forte.
-Desculpe Thomas, sou incapaz de matar, pois meu desenvolvimento mental não permite, mas poderei deixar vocês bem machucados, nas próximas 33 horas ficarei no comando.
Fred, o último a acordar, sentiu uma náusea tremenda enquanto estava tentando ficar de pé, caiu novamente, não havia ninguém esperando.
Por que a nave havia acordado ele e por que o Hater continuava hibernando? Perguntas que a mente confusa de Fred não conseguia responder.
Pegou o traje e vestiu, estava com fome e sede, era a sua primeira vez na hibernação. Quando terminou de vestir todo o traje militar viu a criatura, o mesmo monstro com quatro chifres que via quando criança, negro com dentes gigantes, o horror perseguiu Fred.
Fred pegou a faca de caça que seu pai lhe dera e a arma automática, mas a criatura não se movia, apontou a arma, uma estranha sensação tomou o corpo de Fred e ele desmaiou.
Thara apontou a arma para Thomas, o capitão estava amarrado na cadeira.
-Você está grávida? Um hermafrodita só agiria assim se estivesse grávida – disse Thomas – sabe que é contra o regulamento, não pode ser fecundada na viagem.
-Vocês humanos... gravidez? – disse Thara olhando para o relógio. – Meu povo sofre uma passagem para a nova criatura, quando ela nasce sinto muita alegria. Diferente dos humanos que sente amor por outro ser, sentimos amor pelos nossos filhos, nossa gestação é programada, temos apenas um ou dois filhos por toda a vida, amamos a nossa descendência, cuidamos dela, respeitamos o instinto animal.
-Quantos de vocês restaram, acho que quando o assunto é prole, são tão irracionais quanto os humanos, não é? – perguntou Thomas com sarcasmo.
-Poucos. – disse –Meu povo preferiu o aniquilamento, o desgosto e o cultivo de uma religião ética levou o meu povo a redução da população.
-Você pode agir corretamente, me solte, ajudo a salvar o seu filho – disse Thomas – vamos morrer nesse planeta, acredite todos, aqui podemos salvar dois tripulante e um planeta inteiro.
-Você quer que eu acredite que dois humanos, depois de uma decisão do grupo, vão sobreviver, matando os outros, que tipo de selvageria é essa?
Thomas mostrou a mão amarrada.
-Pode me desamarrar. Gostaria de ir ao banheiro.
-Não capitão – disse Thara e completou – como dizem vocês humanos, é uma questão de preservação, melhor não confiar em um humano. Desculpe, deveria obedecer, você é o capitão eu sou apenas uma médica, mas o que está em jogo é muito maior.

Fred viu os dois monstros parados, depois viu que conversavam, atirou com uma pistola automática, a bala o atingiu, primeiro na cabeça e o segundo no tórax, mas o terceiro monstro que estava de pé atirou em Fred, as balas atingiram na cabeça, ao lado do nariz, com uma precisão cirúrgica.

Thara viu Paula ser baleada, depois Neil, Fred estava louco, Thara já leu sobre a loucura que algumas pessoas desenvolvem logo depois da hibernação, teve que matá-lo.
Ela mesma tinha alterado o seu metabolismo nas últimas horas, sentia uma tontura, suas pernas não estava sustentando o corpo, tinha que se esforçar muito para não demonstrar para Thomas.
Thomas olhou para Thara e Niel ferido, a bala atravessou o tórax.
O engenheiro japonês Neil Kioio, estava ferido mortalmente, perdeu muito sangue.
Thara, uma médica infectologista, especialista em doenças infecciosas em Andrômeda, responsável pela carga que a nave carregava, não tinha como salvar Neil.
-Fred teve uma alucinação, sem o engenheiro podemos ter dificuldade para descer no planeta. – disse Thara - a navegadora foi morta, o pouso da nave não pode ser feito eletronicamente, a nave só tem programado um pouso na terra.
Thomas fez novamente um gesto pedindo que desamarrasse.
-Não posso – disse Thara.
-Somos só nos dois – disse Thomas, olhando para Neil gravemente ferido.
-Somos três – disse Thara – colocando a mão na barriga.
-O seu filho pode não contar muito em questão de alimento, podemos ariscar? – disse Thomas, olhando para a hermafrodita. Ela colocou o curativo no peito de Neil e segurou a cabeça dele – deseja alguma coisa Neil?
-Água – disse Neil.
-Ele perdeu sangue Está em choque volêmico – disse Thomas – não temos recurso para tratá-lo, não conseguirá descer no planeta, reconsidere.

VINTE HORAS
O calor na nave estava insuportável, o fedor dos corpos era tão grande que ficou impossível respirar, Thara estava sentada na mesa do comando, deu a Thomas um saco plástico para que ele fizesse suas necessidade fisiológicas.
Thomas entregou para Thara o saco.
O fedor só aumentava dentro da cabine.
Fora não havia oxigênio, os dois já não se falavam mais, havia duas horas que Neil havia morrido, as chances de Thara pousar a nave era cada vez menor.
-Você não vai conseguir pousar a nave – disse Thomas – ela precisa de duas pessoas para pousar, vai ter que me desamarrar.
-Na hora apropriada eu penso nisso.

TRINTA HORAS DEPOIS
Thara havia tomado uma coloração azul de pele.
-Alguma coisa errada está acontecendo com você? – perguntou Thomas e completou - você é médica Thara, sabe o que essa nave carrega! A chance de cura para as pessoas infectadas na terra. Ela tem que chegar ao seu destino, milhares de pessoas podem morrer só esse ano se não chegarmos ao destino no prazo determinado.
-Quem se interessa por isso? Quando os humanos vão parar de se iludir, todas as soluções são individuais, assim como os milhares de humanos não se preocupadam comigo e meu filho, não me importo com elas – disse Thara, depois tossiu uma gosma verde.
-Você está doente?
-Meu metabolismo está mudando, sofro um pouco quando vou ter filho, porém agora sei que estou doente, não era para a hibernação ter esse efeito tão devastador, alguém pode ter envenenado o conteúdo alimentar. Hater ainda está hibernando, por quê? Alguma coisa não está certa e acho que Hater sabe o que é.
-Está tendo alucinação – disse Thomas – sabe que não pode acordar Hater, só a nave pode fazer isso, pois se fizer irá matá-lo.
-Não vou matar ninguém, a não ser se for necessário – a médica hermafrodita estremeceu e quase caiu, vomitou, seu rosto belo estava pálido e com grandes olheiras.
-Posso cuidar de você Thara, me deixe ajudar, você me conhece, sou um homem de palavra.
-Vocês humanos são mentirosos – disse Thara e olhou para Thomas, o capitão não tinha alteração física, havia suportado todo o percurso muito bem.
-Muito bem – disse Thara – quero a sua palavra de honra, conheço a dez anos Thomas sua mulher e filho, quero que cuide de meu filho.
-Concedo a minha palavra de honra, cuidarei de você e dele.
PALAVRAS AO VENTO

Thara soltou Thomas e caiu, Thomas segurou a arma da hermafrodita e atirou na nuca da médica, depois disparou mais dois tiros no peito e finalizou com mais dois no abdômen.
-Honra merda nenhuma! Quem fala de honra apontando uma arma? – Thomas puxou o cadáver do hermafrodita para junto dos outros.
Agora teria que acertar o curso para a terra.

VÊNUS
Thomas desceu e encontrou Gringo, e Tiber, os dois traficantes traziam uma mala com dinheiro e sorriam.
-Você não se sente culpado capitão Thomas? – perguntou Gringo.
-Afinal isso tornará a cura muito cara – completou Tiger, alisando a barba.
-Aprendi uma coisa nessa viagem, as soluções são individuais, já tenho uma nova identidade, minha família me espera em um planeta remoto em Andrômeda, com condições de vida semelhante a da terra no período medieval, porém é muito caro morar lá, já perdi um de meus filhos para o governo e suas instituições militares, quero viver o resto da minha vida feliz e em paz, como um João ninguém.
-E a consciência? – perguntou Tiber.
-Um produto da mídia fracassada, consciência boa só a dos outros, o Estado e a justiça têm consciência?- disse Thomas.
-O cara que está na hibernação? – perguntou Gringo.
-Vai acordar lá sozinho, os outros foram todos mortos e queimados, inclusive eu, no incinerador, cuidei para replicar o DNA, os fragmentos que acharem lá no incinerador, a polícia judicial é muito preguiçosa, logo me esquecerão, que o diga vocês criminosos.
Tiber e Gringo balançaram a cabeça afirmativamente.
-Está certo – disse Tiber, nunca foi tão facil comprar um policial, sem trocadilhos – deu uma gargalhada e continuou – seu pequeno circo aponta para Harter.
-Isso, bem madames, preciso ir – Thomas pegou o dinheiro e partiu, nunca mais foi visto.

 

JJ DE SOUZA
Enviado por JJ DE SOUZA em 02/12/2012
Reeditado em 07/10/2015
Código do texto: T4016444
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