Super Heróis Parte 13 Ela

No QG estava monitorando o planeta. Já conseguia fazer isso. Não monitorava só a cidade de Matriz, estava conseguindo me dar bem com o tele porte, então onde houvesse uma anomalia podia com precisão cirúrgica estar lá em fração de segundos.

Na minha frente tinha um holograma de todo o planeta isso não mais com os meus poderes, mas com o maquinário tecnológico que veio para mim do futuro. Deixei no modo alerta e fui para a perfeita réplica da biblioteca de Alexandria atualizada que consegui montar alí para meu deleite e evolução nas horas vagas. Com uma única olhada conseguia compreender e assimilar o texto que estivesse lendo e fazer isto me dava um prazer imensurável, mas isso não passa de um robe, pois o artefato que está em mim me conecta aos satélites me dando acesso a internet e a qualquer informação digital. Além desta réplica há também todos os pensadores antiguidade e os da atualidade para um debate sobre as situações atuais sempre que eu quiser. Essas simulações me deixam a frente de qualquer pensador vivo complementando o saber por estar linkado a todos os satélites em órbita no momento. Além destes poderes eletrônicos têm também os poderes de origem biológica e natural como domínio sobre raios, fogo, água, ar, terra, magnetismo.

Nas horas vagas vou para a academia da fortaleza onde tem um simulador de artes marciais com qualquer mestre que eu mentalizar, por causa das aulas destes mestres aperfeiçoei e muito minhas práticas em batalhas. Nestes lugares, tanto na biblioteca quanto na sala de treinamento e luta o tempo passa na proporção de um ano lá dentro para um dia fora.

Quando saí da biblioteca fui para a sala de observação e monitoramento. Peguei o vinho, enchi uma taça e sentei na poltrona frontal ao holograma e tive uma elevação de sentidos. Foi então que a vi novamente. Ela estava estonteante, trajava um vestido longo. Não estava com espartilho, mas até parecia... ela não precisa. Sua formosura maravilhosa me desconcertava e desconsertava também...

Ela pegou a taça da minha mão e me beijou com a mesma intensidade daquele vinho, daí nos afastamos para tomar um ar, estávamos ofegantes... quando de súbito vi seu pé vindo na direção do meu rosto, rapidamente coloquei os braços em forma de um “X” bloqueando seu golpe, ela riu... entendi o joguinho que ela me impôs... não lembro como sabia que era um jogo e que tipo de jogo era, talvez ela faça muito isso com o meu eu do futuro.

Quando ela viu em mim aquele meu sorriso sarcástico percebeu também de cara que eu ganharia o jogo e logo correu para longe de mim. Estávamos agora numa floresta e ela fugia de mim. Fui para o alto e observei sua fuga, verifiquei as probabilidades de seus movimentos. Quando ela estava a um micro segundo para executar um novo movimento eu já tinha certeza do que ela ia fazer, foi assim que previ seu próximo passo e me tele transportei bem diante dela e lhe dei uma sequência de golpes concentrando toda força aos pontos de costura de seu vestido. Rapidamente lhe tirei as mangas e a parte longa de baixo, ficando agora do tamanho de um vestido normal, curtinho...

Ela riu, mas não me deixou terminar me deu um gancho de esquerda, consegui me defender, mas com sua mão direita acertou-me o queixo subindo. Seu soco me impulsionou para longe na direção das árvores, ficaram todas quebradas. Balancei a cabeça e me recompus imediatamente e ela vinha em minha direção, fui em direção a ela e na velocidade da luz golpeei com minha mão em forma de lança, o restante dos pontos da costura do seu traje. Ela não tendo tempo para se defender apenas riu, um riso meigo, no canto dos lábios, pois já sabia o que ia ocorrer.

Sua roupa tinha se desintegrado com os fechos de raios da minha visão de calor. Então abracei-a e sua pele estava quente... levei-a para a lua... e nos esquecemos de tudo. Alí estava ela... em chamas... literalmente... nada lhe cobria o corpo... sua pele nua... sua alma nua... e ria... riso meigo... que me faz do homem mais poderoso do universo o mais apaixonado... esquecemo-nos de tudo novamente e neste esquecer de tudo fizemos novas crateras na lua.

Acordei em Zion... nos aposentos reais do Império. Encostada numa das colunas do quarto ela me observava... seus olhos acariciavam-me numa contemplação extasiante. Seus cabelos curtos nos ombros, lisos, rosto arredondado um pouco ovalado, esta é uma de suas personificações que mais gosto. Sentei-me na cama devagar, as imagens ao redor de mim foram se desfazendo e de volta, estava eu na sala de monitoramento no subterrâneo da fortaleza, com uma taça de vinho na mão ainda cheia e um bipe enorme no holograma, um ataque terrorista no Rio de Janeiro aos turistas que vão admirar o Cristo Redentor. Levantei-me e fui ao trabalho... me tele transportei...

José Wilker da Silva
Enviado por José Wilker da Silva em 31/01/2014
Código do texto: T4672478
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