O PRÍNCIPE ADORMECIDO

POMONA

28 de janeiro de 2014.

A Hércules e a Analgopakin ancoraram a uma milha do asteróide cinzento.

–O computador delimitou o local da emissão – disse o navegador.

–Talvez uma de suas naves com problemas... – disse Aldo, sempre pescando.

–Não temos naves neste setor – disse Nahuátl – deve ser de fora ou... Antiga.

–Razoável – disse Boris – Seu robô é da mesma opinião.

–Jacques, reúna os pilotos e prepare meu avião. Aldo para Báez! Abra um canal para a Analgopakin!

–Canal aberto, senhor.

–Aldo para Rojo! Prepare-se a descer e começar o trabalho.

–A caminho, senhor. Robôs e tripulantes estão preparados para desembarcar as máquinas robotizadas de produção.

Algumas eclusas na nave raniana poderiam engolir a Hércules inteira. Delas saíram astronautas de serviço em espaço-motos e as naves capturadas aos kholems, repletas de material para montar unidades de processamento de minério; extração de oxigênio, hidrogênio e material radiativo se o houvesse.

Mais de duzentos tripulantes voando com impulsores, desceram com máquinas, aparelhagem de suporte de vida e outros elementos desconhecidos para os terrestres.

Horas depois os aviões sobrevoaram o acampamento onde os ranianos trabalhavam sem parar.

As naves disco faziam viagens com carga de ida e volta. Havia pouca luz, mas os terrestres estavam adaptados a estar longe do Sol.

A base foi iluminada com holofotes de luz mortiça. Aldo lembrou do Ponto de Apoio. Fizeram o pente fino e acharam uma nave maior do que a Analgopakin; partida em dois, meio enterrada na rocha e cheia de buracos.

Nas telas via-se metal espalhado. Nahuátl ficou na Hércules monitorando e ao ver a nave, disse:

–Sem dúvida, capitão. Uma nave de transporte militar do império raniano, muito antiga. Já vi algumas por aí, na minha jornada.

–Deve haver alguém nela, pois continua transmitindo.

–Impossível. A rocha solidificou-se há milhares de ciclos depois de fundida pelo impacto. O sinal é automático e deve funcionar com energia cósmica.

–Energia cósmica? – Aldo pensou naqueles olhos alienígenas que viram tantas coisas em distantes estrelas das quais nunca ele ouviu falar – Entrarei, Nahuátl.

–Procure achar o... Como se diz no seu idioma? Diário de bordo?

*******.

Os aviões pousaram. Aldo e Jacques pularam na quase inexistente gravitação.

–Ives e Adolphe, fiquem onde estão, por precaução.

Entraram onde a nave estava partida e acharam o corredor de popa. O sinal era forte. Tiveram dificuldade com o ângulo de inclinação.

–Primeiro a popa. O sinal vem daqui. É uma nave de dobra, isso me interessa.

–Esta deve ser a eclusa interior.

–Vamos – disse Aldo, entrando primeiro.

Fechou e abriu a segunda, que tinha janela, mas nada viram, pela obscuridade e o pó acumulado em milhares de anos.

Um vento repentino do ar milenar preso, quase os fez sair voando. Iluminando-se com as luzes das armaduras caminharam por entre painéis e aparelhos ligados a cabos grossos como pernas humanas.

–O sinal é forte aqui – disse Jacques, olhando seu pentacorder.

Subiram uma escada de caracol inclinada, com dificuldade, e percorreram um corredor, até uma porta com janela redonda, iluminada com luz mortiça.

–Luz, após tanto tempo?

–Deve ser a tal “energia cósmica” que Nahuátl mencionou – disse Aldo.

–O sinal está arrebentando os ponteiros aqui, capitão.

–Vamos entrar. Esta porta deve abrir-se de algum jeito, Jacques.

–Há uma tranca padrão marciana – disse Jacques, girando a maçaneta em “Y”.

A porta abriu-se e não houve mudança de pressão.

–Claro – disse Aldo, entrando – era óbvio que devia haver ar aqui dentro...

Viram painéis de comando em nada parecidos com algo que tivessem visto antes. Deslizaram devagar na quase inexistente gravidade, até um painel onde uma figura estava sentada numa poeirenta poltrona de exótico aspecto, debruçada sobre o painel, com os braços em posição de descanso, apoiando a cabeça dormida.

–O maquinista, capitão! – disse Jacques, aproximando-se devagar da figura que parecia ter adormecido no meio de uma leitura...

–Um raniano autêntico!

*******.

Ives e Adolphe pararam. Ives elevou-se trezentos metros para transmitir à Hércules, ancorada ao outro lado da rocha. Tinha visão da superfície e viu:

–Adolphe! Há uma pirâmide. Pegue a imagem.

–Peguei. Blocos de pedra encaixados como construções incaicas e as pirâmides de Cidônia, Mon ami. Restaram três quartos dela.

Von Kruger, que ouviu o diálogo em francês, estava feito uma brasa, enquanto voava, mais do que corria, à ponte de comando.

–Himmel! Tenho que descer lá de imediato, Herr Komandant!

–Está bem, mas tenha cuidado – disse Boris.

–Cuidado? Aí nessa rocha pelada? Ach! Quê ridículo!

–Boris para Greg Paz! Pegue um espaço-moto e leve o professor lá embaixo.

Nesse meio tempo, Ives deixara o avião suspenso em automático e pulara com a mochila de vôo em direção à pirâmide.

–Ives! Volte aqui!

–Calma Adolphe. Só vou dar uma olhada!

–Merde! – foi a pitoresca resposta do seu amigo.

*******.

O maquinista da nave naufragada estava de bruços no painel.

–Ouça, Mon ami, acorde! – Jacques pôs a mão no ombro do raniano e o ser caiu lentamente ao chão inclinado, mostrando a face.

Era um esqueleto humanoide que se desintegrou numa nuvem de pó, sobrando um uniforme espacial vazio no chão.

–Há milhares de anos, ficou dormido para nunca mais acordar – disse Aldo, quando conseguiu recompor-se da macabra surpresa – talvez tenha se suicidado.

–Ou terá morrido de fome, capitão. Aqui há ar suficiente. Coitado colega!

–Vejamos o que há na sala do reator, Jacques.

–O urânio transformou-se em chumbo, capitão. O pentacorder não acusa nada.

–O sinal enfraqueceu aqui. Devemos retornar á sala anterior.

Descobriram salas onde havia recipientes que poderiam ter contido comida.

–O coitado passou muito tempo aqui dentro...

"Re-re, sol-sol-sol. Mi-mi-mi-mi."

Agora se escutava claramente, vindo de um armário fechado. Jacques puxou a pistola e quebrou a fechadura com uma coronhada.

"La", sustenido.

–Aqui está ele.

*******.

–Há pouca gravitação – disse Greg dirigindo o espaço-moto – o planeta parece cortado à faca. Pode sentar-se na borda com os pés pendurados na eternidade.

Passaram pelo avião de Ives, de cabine aberta com os sistemas em automático, e pousaram perto de Adolphe, que de pé numa asa esperava por eles, reconhecendo a figura gorda do professor e a magra silhueta de Greg, fazendo profundo contraste.

–Ives está na pirâmide. O capitão e Jacques estão na nave.

–Vamos entrar – disse von Kruger – E depois vamos até à pirâmide...

–Atenção, lá embaixo! – A voz de Boris se fez ouvir nos capacetes de todos.

–Prossiga, comandante.

–O sinal parou.

*******.

Jacques abriu o armário; Nahuátl Ang viu o transmissor na sua tela.

–Encontraram – disse o raniano – é o que eu pensava.

–Aqui está a máquina fabulosa que tem funcionado por milhares de anos sem parar – disse o francês – E sem ninguém que respondesse sua chamada.

–Respondemos, sim – disse Aldo – tarde demais.

–Como se pára isto, capitão Nahuátl?

–Puxe para abaixo a segunda chave preta.

–Pare o sinal, Jacques. Não há razão para que continue funcionando.

–Claro – Jacques ainda estava abalado pelo encontro com o último tripulante.

O francês desligou a máquina e o sinal parou.

–Vamos embora daqui, Jacques.

–Esperem! – disse Nahuátl – Ao lado há uma unidade de registro.

–O quê é isso?

–É um registro de diário pessoal. Esse pequeno disco com três pontas. Deve ser o diário, como vocês o chamam. Na Analgopakin temos unidades de leitura. Peça ao meu pessoal para trazer uma e saberemos o que aconteceu com essa nave.

No momento em que von Kruger e seus acompanhantes dispunham-se a entrar na nave, a porta abriu-se com violência, expulsando uma pequena porção de ar, junto com Aldo e Jacques, que controlaram sua queda com as mochilas impulsoras.

–Calma, gente, está tudo bem.

–Ach! O quê encontrou, Herr Kapitan?

–O diário e um defunto, entre outras coisas, professor. Jacques e Greg! Vejam a proa e peçam apoio... E que alguém leve este aparelho para Nahuátl Ang.

–Benítez e Bino vão apoiar vocês; Kowalsky vai buscar o diário – disse Boris.

–Então, Herr Kapitan, se não se opõe, vou explorar a pirâmide.

–Pirâmide...? Quê pirâmide?

*******.

Enquanto Jacques e Greg esperavam apoio, Aldo e o professor, acompanhados de Adolphe voaram a encontrar-se com Ives, passando por cima da nave raniana, que como um macabro esqueleto na penumbra, ainda escondia muitos segredos.

A pirâmide era maior que a de Keóps. Chamaram Ives, mas sem resposta. Logo acharam a entrada, negra e ameaçadora. Nahuátl disse:

–Se seu piloto entrou, não há como se comunicar. As pedras são cortadas de um minério metálico isolante. Nem sensores nem ondas de rádio a penetram.

Adolphe entrou na edificação construída por alienígenas que já não existiam, donos de um império há muito esquecido.

Aldo tentou comunicar-se sem resultado. Nahuátl estava certo, estavam isolados.

A pirâmide absorvia ondas de rádio, embora dentro podiam comunicar-se entre eles à curta distância.

Caminharam dez minutos e depararam-se com uma bifurcação. Um túnel perdia-se na escuridão e outro descia até uma porta de pedra trabalhada com inscrições em raniano antigo que não tentaram ler.

–Precisamos abrir, Herr Kapitan. Talvez alguma alavanca, uma mola.

–Nada – disse Adolphe iluminando a porta por todos os ângulos.

–Afastem-se – disse Aldo, puxando a pistola marciana.

–Nein! – gritou von Kruger, saturando os fones – Não destrua nada, Herr

Kapitan! Já encontraremos alguma forma de abri-la.

De imediato puxou a faca padrão e enfiou-a nas fendas maiores.

–Não acho que Ives passou por aqui, Monsieur le Professeur – disse Adolphe.

O vácuo não permitia ouvir sons, apenas as respirações agitadas nos fones. O professor transpirava de emoção, com perigo de embaçar o visor do capacete.

–Aqui! – gritou.

A pedra girou sobre si mesma. Aldo colocou sua faca para calçá-la. Adolphe entrou e ficaram deslumbrados pelo que viram à luz das lanternas...

–Se não soubesse onde estou, diria estou no Egito – disse o professor.

–Consegue ler isso, professor? – disse Aldo.

–Ja, Herr Kapitan! – von Kruger estava ao borde do colapso – Isto é demôtico egípcio! O quê digo? Estou louco! Devo estar louco! Mein Gott! Egípcio, marciano, raniano, hieróglifos ranianos! Estou louco! Ach...!

Com as mãos no capacete, von Kruger girou sobre si mesmo e caiu lentamente ao solo de pedra, desmaiado.

–Mon Dieu! Le Professeur desmaiou! – disse Adolphe aproximando-se.

Aldo comprovou a mochila do cientista.

–Está vivo, mas muito agitado.

–A emoção foi demais para ele.

–Tinha que acontecer. Não pára de trabalhar desde a batalha com os ranianos.

–Vou levá-lo de volta, capitão.

–Pode levá-lo sozinho a bordo, Adolphe?

–Posso. Não pesa nada. O quê vai fazer, capitão?

–Seguir em frente, procurando nosso camarada.

O francês retirou-se com o professor e Aldo iluminou outras portas.

Ao abrir a primeira, entrou numa câmara, na qual havia uma grande caixa de pedra, de forma retangular, que na Terra pesaria umas vinte toneladas.

Sem dificuldade pela gravitação quase nula, levantou a tampa com uma mão e com a outra enfocou a lanterna...

O que viu, o deixou pasmado.

*******.

Von Kruger foi levado à enfermaria, aos cuidados da doutora Lídia. Adolphe voltou à pirâmide. Kowalsky trouxe o diário.

–Trouxe este equipamento que o capitão Jacques disse ser o diário da nave.

–E onde está ele? – perguntou Boris.

–Inspecionando a proa com o pessoal de apoio, senhor.

–Você entrou? O quê havia?

–Muita destruição; senhor. Cadáveres petrificados; equipamento, contêineres de carga, maquinaria bizarra; muitos tonéis, cheios e vazios...

–Cheios de que?

–Não sei, senhor. Adverti ao pessoal que não mexessem em nada.

–Fez bem. Uma imprudência e explodimos este asteróide. O quê mais viu?

–Muito metal; senhor. Caixas de alimento, tanques com água congelada e uma caixa grande com 39 objetos que me pareceram unidades de energia ou urânio feito chumbo pelos séculos, mas não era chumbo, segundo o pentacorder.

–O quê acha que era, Kowalsky? Munição? Bombas?

–Para bombas eram pequenos; talvez munição... Na verdade pareciam ovos.

–Ovos?

–Sim, senhor, ovos de avestruz negros e duros. Na caixa havia compartimentos para 40. Um deles foi usado. Deixei tudo como estava. O pessoal está lá, filmando.

–Certo. Fique a bordo, de prontidão.

*******.

Quando Adolphe entrou, Aldo deixara a tampa de lado e examinava a caixa.

–Estou aqui, Mon capitaine.

–Observe, Adolphe. Parece um sarcófago egípcio, mas com uma diferença.

–Parece de plástico ou coisa que o pareça...

–Pois é. Tem uma janela transparente. Olhe bem e me diga o que acha.

–Mon Dieu! Tem uma múmia aí dentro!

–Não é uma múmia. Veja o gelo dentro. Há uma tubulação complicada que une a caixa a uma máquina lá embaixo, ainda mais complicada. O quê acha?

–Isto é uma câmara fria. E está funcionando. Há um ser vivo aí dentro!

*******.

Jacques Cartier não se resignava a ficar inativo. Resolveu voar com a mochila impulsora até a pirâmide truncada. Ao descer perto da entrada, ouviu nos fones:

–Ives para quem estiver na escuta.

–Prossiga Ives, aqui Jacques. Onde está?

–Na borda da rocha, onde foi cortada... Por quê não responderam?

–Fique onde está, estou indo.

Jacques estremeceu. Seu amigo estava sentado com as pernas penduradas no nada... Embaixo das solas das suas botas; brilhava Betelgeuse, a estrela vermelha Alfa Orion, a pavorosos 651,8 anos luz de distância...

–Boris para Ives e Jacques. Reúnam-se com Adolphe e o capitão na pirâmide.

Retornaram até a Câmara das Inscrições e viram luzes. Ouviram Adolphe:

–Isto é uma câmara fria. E está funcionando. Há um ser vivo aí dentro!

*******.

Pomona, 30 de janeiro de 2014.

08:00 AM, hora de Ares Vallis.

O sargento Piero Gatti, o Mudo; entrou no camarote de von Kruger com o desjejum.

Tinha 33 anos. Formado em nutrição aprendeu a cozinhar num submarino da marinha italiana antes que fosse desativado pela Nova Ordem Mundial. Gostava da profissão e queria ter um restaurante.

A desgraça mundialista acabou com seu sonho; a nefasta Nova Ordem Mundial não gostava de militares inteligentes.

Em 2010 fugiu à Líbia, nação fora da lei, de onde embarcou para Antártida, a nação pirata. Hoje é o mais feliz tripulante da melhor nave de todas, que considera seu lar.

Inge Stefansson, sentada junto ao beliche, atendia o professor e conversava em alemão para animá-lo. O Mudo deixou a bandeja e retirou-se em silêncio.

Inge beliscou um brioche recém feito e bebeu um gole de café delicioso. Aldo e Jacques entraram no camarote. Quando von Kruger os viu, suspirou lamuriento:

–Ach! Mein Gott!

–Sente alguma dor, professor?

–Ja, Fraulein.

–Onde? – perguntou Inge, alarmada.

–Na dignidade. É a primeira vez que tenho um colapso. Ach!

–O senhor tem trabalhado muito nestes dias com o robô e tudo o mais...

Von Kruger dirigiu-se ao capitão em perfeito espanhol:

–Tenho que voltar, Herr Kapitan. Há muito que fazer lá embaixo!

–Concordo. Antes você precisa recuperar-se...

–Nunca tive tanta emoção junta num dia só e meus nervos me traíram...

–Foi o que a doutora Lídia disse.

–Mas agora estou descansado e posso trabalhar...

–Sabemos disso. Mandei montar uma bolha-laboratório com alojamento para você lá embaixo. Os homens já levaram o que possa vir a precisar.

–Quando estiver preparado levá-lo-ei lá embaixo – disse Jacques.

–Outra coisa, professor – disse Aldo – Nahuátl Ang irá com você. Isis ficará a bordo para traduzir o diário.

–Terminarei meu café e estarei a postos em uma hora, Herr Kapitan.

*******.

A Hércules ancorou a duas centenas de metros da rocha, com um cabo de energia e comunicações ligado na pirâmide, onde von Kruger ocupava-se de decifrar a escrita antiga com ajuda de Nahuátl e seu computador de mão.

Enquanto isso, na bolha iglu, a doutora examinava dois objetos redondos que Greg Paz e Benítez trouxeram. A caixa ficou fora da bolha devido ao seu tamanho.

–Dois deles serão suficientes, camaradas.

–De acordo, doutora. Podemos ir?

–Sim. Obrigada.

Quando saíram da bolha, Benítez pegou um dos objetos da caixa e disse:

–Vamos levar um destes à engenharia para mostrar aos rapazes.

–Não sei não...

–Quê mal pode haver nisso, Greg?

–E se for uma bomba?

–O pentacorder acusaria.

–Mas não identifica de quê estão feitos!

–Deve ser comida petrificada.

–Pode ter vírus...

–O scanner da eclusa mata tudo.

–Mata sim.

De modo que levaram o OVO como souvenir para dentro da Hércules,

*******.

Continua em: INCIDENTE NO ASTEROIDE

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O conto O PRÍNCIPE ADORMECIDO - forma parte integrante da saga inédita Mundos Paralelos ® – Fase I - Volume II, Capítulo 11; Páginas 28 a 34, e cujo inicio pode ser encontrado no Blog Sarracênico - Ficção Científica e Relacionados:

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O volume 1 da saga pode ser comprado em:

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Gabriel Solís
Enviado por Gabriel Solís em 06/11/2016
Reeditado em 06/11/2016
Código do texto: T5815327
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